sábado, setembro 18, 2010

MARTA RODRIGUEZ



Imagem: Venus despir para o banho, 1866-1867, do pintor e escultor português e do Romantismo Vitoriano, Lord Frederic Leighton (1830-1896)

A EXPRESSÃO SENSUAL DOS VERSOS DE MARTA RODRIGUEZ

BEIJE-ME

Venha me beijar, meu doce louco amor
As portas do meu coração estão abertas
Não precisa bater, é só entrar
Espero-te em noites estreladas
Vestindo o mais fino e delicado cetim
Espero-te em todas as madrugadas
Degustando o meu melhor licor
Em cada gota sinto o sabor da tua boca
Apreciando a beleza da noite
Convido as estrelas a brindarem comigo o amor
Sozinha não consigo dormir
Nua, rolo na cama vazia
Na madrugada o meu corpo queima
Em chamas começo a imaginar loucuras
Surpreendo-me sussurrando o teu nome
Em caricias imploro o teu corpo
Venha meu amor, entre logo de uma vez
Abre logo esta porta, destranque o teu coração
Quero fazer amor contigo esta noite
Venha ensinar-me as delicias do amor
Apague logo esse fogo que queima minha alma
Refresque este corpo solitário que arde em paixão
Beije-me a boca, sufoque-me com o teu amor
Quero sentir o teu calor outra vez
Sentir o teu corpo sobre o meu
No céu dos meus desejos ardentes
Contigo vou para onde quiseres
Faço amor contigo como quiseres
Sob os raios de sol, no solo
Sob a luz das estrelas, no mar, no ar
Mas ama-me
Ama-me de qualquer jeito
Deixe-me sonhar contigo rolando comigo na cama
Na grama nas águas da chuva pela última vez
Ainda sinto o teu cheiro
Acostumei-me com ele não tem mais jeito
Venha deixar-me louca com o teu jeito gostoso de fazer amor...

A VIAGEM DOS PRAZERES

Quando estou com você...
Uma viagem alucinante acontece,
E no labirinto dos prazeres
Da nossa intimidade, tudo favorece...

O céu se abre, e o meu ser,
Nuvens de prazer entorpecem.
O meu corpo em chamas, o seu enaltece
Sob caricias, e beijos que enlouquecem...

Em um segundo, tudo se cala,
E os sussurros, por nós dois falam.
O meu coração dispara ansioso,
Louco por viajar, em você mais um pouco...

Quando estou com você...
O milagre dos deuses acontece...
O céu resplandece e a mim,
O seu gozo, um atrás do outro, os céus oferecem...

Viajo no sabor dos seus sabores,
Ao sentir na boca, o gosto gostoso do seu gosto,
Macio e doce, como se fosse
O mais gostoso dos doces...

Nesta viagem levito ao som dos gritos,
Ao sentir o nosso corpo deliciosamente
Explodir incansavelmente em atrito
Numa viagem dos prazeres, intimo e infinito..

SOB A TENDA DO AMOR

Sob a tenda do amor
continuo a vagar a procura de seus lábios
que em sonho me beijou deixando-me apenas
o gosto suculento da sua saliva provocando-me
um desejo libidinoso.
Em madrugadas escuras,
encontro-me nua sobre o leito acetinado acariciando-me
entorpecida entrego-me ao delírio arrebatador.
Seus firmes e macios dedos acariciam-me
entre as coxas quentes e úmidas pelo suor.
De corpos molhados agora colados,
sinto-te firme nesse vai e vem gostoso.
Nossos gemidos e sussurros misturam-se
no mais delicioso cântico de amor.
Sem limitações perdemos a decência
e nos entregamos de corpo e alma
seguindo por um labirinto de desejos
ardentes como brasa, tornado-nos ígneos.
Em tuas mãos sinto-me primitiva
cavalgo desenfreada sedenta de amor
chegando ao orgasmo num grito ecoante

RITOS DO PRAZER

Esta noite
quero um amor atrevidocontínuo,
despudorado...

...ao sabor do pecado
e a muito vinho regado...

Que se inicie o ritual
na terra sagrada
do monte de Vênus,
ungindo cada um de meus pelos
com teus lábios febris
num beijo molhado.

Que venha o fogo a arder
ao ofertar-me o pescoço a lamber...
no meu subir e descer de língua
e a saliva a ungir todo o teu corpo,
levar-te-ei ao extremo desespero,
fazendo de ti, por mim,
ainda mais louco...desejoso.

Um louco depravado
aprisionado no meu inferno feminino
para que de forma envolvente,
o meu ventre quente,
ti, adentre possuído,

para que me ponhas fervente
a gemer,
tremer em gozos latentes
a cada arrebatamento teu
e, nas raias de nossas loucuras
quero os teus gritos em silêncio
implorando em teu corpo,

o meu,
nu,
contigo a ferver em travessuras
de fazer céus e infernos estremecerem...

quero-te prisioneiro
do eco das tuas próprias lamúrias
e num misto de loucura e prazer
quero-te de joelhos, preso,
em correntes de desejos
atendendo os caprichos
de minha luxuria,

onde os fetiches providenciais
serão a tua penitência
para que venhas à mim, enfim,
fielmente,
todas as noites subseqüentes, morrer...

...de prazer

DEDOS EM MOVIMENTOS

Adoro os maledetos, são assanhados
Delicados e audaciosos,
São charmosos de unhas pintadas
Bem afiadas, às vezes curtas ou longas...

Não importa,
O importante é que provocam um ardor gostoso
Quando maliciosamente riscam-me a pele
Esquentando-me o corpo, ruborizando-me a face
Provocando-me uma intensa sensação de prazer...

Com toda sensualidade vêem deslizando suavemente
Por todo o meu corpo produzindo arrepios,
Sugerindo um clima de puro erotismo
Encontram-se na boca entreaberta
De alguém que anseia por um beijo ardente...

Lábios queimando em desejos
Exalam o aroma de um hálito ofegante,
Vindo de encontro aos meus,
Chupa-me a língua como quem chupa um sorvete quente
Até sugar toda a saliva, antes mesmo que aumente..

MASTURBAÇÃO À ÓLEO

O belo inebria
E alimenta fantasias.
Tudo o que é belo
É da natureza, é magia!

Uma flor se abrindo
À luz do sol vespertino
Ao passo em que ela, em mulher,
O seu corpo vai descobrindo...

Em sutis tocares de mãos,
Olhos fechados e, entregue a sensação,
A vulva, ela toca, com a mesma sutileza
Que se toca uma fruta deliciosamente madura,
Que à menor fricção, os dedos, molha...

...E, o doce e suculento suco escorre...
Por entre os lábios, macios e sedentos.
Ah...! O vermelho ouro do pincel
Desnudando o delineado corpo nu...

O clima romântico
O vinho na taça, a flor sobre a cama...
A figura feminina descobrindo-se
Em deliciosa masturbação
Nos riscares à óleo, na tela do artista.

MARTA RODRIGUEZ – A poeta de Mogi das Cruzes. São Paulo, Marta Rodriguez, é autora do livro, “Coração – O Baú das recordações”, editado por Corpos Editora Portugal. É co-autora de diversas edições do Caderno Literário, editado por Pragmatha, e dos livros “Reflexões para Bem Viver” (Grupo Editorial Scortecci), da antologia: “Desde Todo el Silencio” Editado pelo Editorial Los Punõs de las Palomas Argentina. Ela escreve para Caderno Literário (Pragmatha) e em outras publicações como o Jornal de Tocantins Notícias. É membro de Poetas Del Mundo (Chile), de Los Punõs de Las Palomas (Argentina) e da Red Mundial de Escritores en Español (Remes). Ela também edita o blog Um Amor de Poesia e reúne vários dos seus trabalhos literários no Recanto das Letras.

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sábado, setembro 11, 2010

VERA SALBEGO



Imagem: Ninfa, da série Mitos & Mitologias, Pintura digital raster / GIMP tamanho 42 x 60 cm. 07 de maio de 2010, de João Werner.

AS MUITAS FACES DO AMOR DE VERA SALBEGO

AMOR REAL

No interior do Rio Grande do Sul, precisamente em Alegrete havia duas adolescentes, que começavam a frequentar a casa uma da outra, pois se conheciam desde a Escola Primária.
Luiza e Bia passeavam juntas, e como moravam no interior não tinha muitas opção de passeios, então iam aos parques, e cinemas. As duas gostavam de estar juntas .
Os dias iam passando, e a vida também. Luiza tinha uma cachorrinha, e gostava muito dela. Iam ao parque e caminhavam pelas largas avenidas daquele belo lugar. Conversavam muito sobre vários assuntos e percebiam a afinidade que tinham uma com a outra.( aqui ficou uma dúvida: Luiza ia ao parque com a cachorrinha e conversava com ela? Ou a amiga estava junto com a cachorrinha e a luiza?) Passados os dias, aparece um rapaz loiro, de olhos claros querendo namorar Luiza .
Luiza ainda não tinha decidido ter namorado e foi levando Paulo até onde pode. Até que um dia chegando em sua casa vê que alguém esta falando com seus pais. Era Paulo! Estava pedindo permissão para namorar com ela. Luiza ficou quieta, pensativa, e percebendo, que esta entrando num beco sem saída,embora não soubesse porque se sentia dessa maneira.
Os dias vão passando, e Paulo começa a frequentar sua casa. Suas longas conversas com Bia vão ficando raras.
Percebe que não gosta das caricias de Paulo, mas não tem coragem de falar para ele. Paulo cada dia mais apaixonado, não percebe a frieza da namorada.Luiza. Confusa com suas idéias, fica quieta pensando em sua vida, e percebe que nos seus pensamentos sempre vem a imagem de sua amiga Bia.
Bia estranha a ausência de sua amiga e fica caminhando sozinha pelas ruas de Alegrete. Certo dia vai a um rodeio, e encontra Luiza e Paulo. Vai ao seu encontro, cumprimenta os dois, e ficam ali conversando. Percebe que Luiza não para de olhar para ela profundamente e nota que fica corada com essa situação.
Bia envolve-se com seus eventos na escola, e percebe que sente a falta de sua amiga, que hoje já não fica depois do horário para ajudar nas tarefas da aula.
Meses se passaram, e as duas só se viam na escola. Não mais saiam.
Paulo entusiasmado com a beleza de Luiza a pede em casamento, e vai até sua casa. Lá chegando Luiza o recebe com o mesmo sorriso. Ele cheio de amor pede Luiza em casamento querendo marcar para breve o enlace matrimonial. Cada dia que passa Luiza sente uma tristeza enorme, que invade sua alma.
Reflete sobre o pedido de casamento, e nota que não esta feliz com essa situação, pois não deixa de pensar em Bia. Resolve ir a casa de Bia.
Vai rápido e chegando lá encontra Bia dormindo. Fica admirando aquele corpo maravilhoso, aqueles cabelos longos e sedosos, e um carinho todo especial começa a vir a tona. Sente no ar o perfume de sua amiga, que inebria seus sentidos. Fica ali contemplando-a. Quando Bia acorda, vê sua amiga ali perto, com uma cara de felicidade.
Sorri para sua amiga, e pergunta: “o que tu esta fazendo por aqui, sua desaparecida”. Luiza não responde, pega sua amiga, e lhe dá um beijo demorado sentindo que é correspondida. Ficam ali abraçadas, fazendo carinhos uma na outra sem se dizerem nada.
As horas passam, e não percebem, pois estão tão felizes, que parecem ouvir violinos em sua volta.
Luiza então, desvenda o mistério que até ali estava, pois pensava muito em sua amiga. Só não sabia que estava dentro do seu coração um carinho todo especial por Bia. As duas ficam conversando sobre o assunto. Luiza está feliz com sua amiga, ainda mais que Bia corresponde ao seu amor.
Bia confessa que já gostava de Luiza, mas não tinha coragem de confessar esse amor por ela, ainda mais que a outra estava namorando, então procurou ficar quietinha, na dela sofrendo calada.
Luiza então diz que vai contar à Paulo, que não ama ele, pois esta apaixonada por sua amiga.
Volta para sua casa, e o encontra falando com seus pais. Respira fundo, e diz à Paulo, que quer lhe falar.
Os dois vãos para a varanda, e Luiza conta o ocorrido. Paulo, agora triste com a situação comenta que tinha notado a frieza de sua namorada. Se despedem e ele parte triste, não retornando mais a sua casa.
À noite chega,e seus pais querem saber o que houve com eles. Luiza então encara seus pais, e diz a verdade: estou apaixonada por Bia, e ela também me ama. Estamos felizes.
Seus pais a olham e dizem: filha não é fácil este sentimento que estás sentindo por sua amiga. Mas se tu é feliz nós te apoiamos. Porque te amamos, e será sempre a nossa menina.
Os três se abraçam felizes.
Luiza corre, e liga para Bia contando sobre o que havia acontecido, e que contou também para sua família.
Marcam um encontro ao Luar.
Chegando lá as duas se abraçam e se beijam livremente selando assim o amor das duas.

AMOR DIFERENTE

Esta é mais uma história que irei relatar sobre um amor diferente.
Eram duas amigas, que participavam de viagens, festas da universidade, e queriam apenas aproveitar aqueles momentos divinos da juventude.
Passeavam por entre as praças da cidade, gostavam de fazer longas caminhadas, e sabiam fazer das pequenas coisas, um mar de rosas.
Naqueles tempos a juventude sabia o que queria. Reivindicavam seus direitos.
Os anos passaram. E as duas continuavam felizes, pelos caminhos da vida, sem entender aquele querer diferente.
A vida tomou rumos diferentes, e cada uma seguiu sua caminhada. Uma seguiu o rumo das Letras, e tornou-se uma escritora que dividia seus dias entre livros, saraus poéticos, e muita leitura, e a outra foi levada pelo tempo.
Os anos continuavam passando, e esquecida ficou aquela amizade tão querida.
Outras pessoas foram acontecendo nas vidas, e entrelaçando os caminhos das duas. Longos vinte e dois anos passaram, e hoje, elas foram colocadas uma frente a outra, com seus destinos já traçados.
Bebel tem uma filha, pois se casou logo depois de terem se separado e hoje divorciada revê a amiga da juventude e encanta-se com seu carinho. ( Bebel casou-se e teve uma filha. Hoje está separada. E logo depois do seu divórcio, reencontra a amiga de juventude, e encanta-se, com seu carinho.) Daquele momento em diante elas procuram viver seu apelo emocional, e entregam-se a paixão.A filha de Bebel, nada sabe daquela relação homo-afetiva de sua mãe.
Elas procuram saciar o desejo sem frescura alguma, e entregam-se totalmente ao amor.
Seus olhos buscam-se cheio de excitação, e deixam a vida uni-las nesse caminho sem volta.
No silêncio das madrugadas deixam exalar a paixão vinda dos seus corações.
Nas manhãs geladas, do inverno gaúcho, amanhecem sobre os edredons, saciadas desse amor.
Nádia encanta-se com o amor, e carinho de Bebel, e resolvem morar juntas. Só que ainda precisa contar à filha sobre sua relação.
Os dias vão passando, e Bebel ainda não tem coragem de abrir-se com sua filha, sobre o amor por sua amiga.
Até que um dia, sua filha pergunta sobre sua amiga:
- Mãe... posso perguntar sobre a Nádia?
- Claro filha!
- Bem... mãe ... sinto que a Nádia é uma amiga especial para você.
Gosto muito dela, e sei que ela só te faz bem.
Bebel fica sem saída, e volta-se para a filha e diz:
- Filha... me desculpe não ter falado antes, mas a Nádia é mais do que uma amiga. Tenho uma relação de amor com ela, e eu estava com medo de te contar.
- Puxa mãe!! Pensei que tínhamos uma relação legal. Eu aceito esse amor de vocês. Acho muito lindo esse carinho, que vocês duas têm uma pela outra. Convida ela para vir morar conosco quero dividir esse amor.
As duas abraçaram-se, chorando de emoção, pois a mãe percebe, que soube criar sua filha.
Bebel sai de casa, e vai para o apartamento de Nádia, e fala que sua filha já está sabendo de tudo, e aprova sua relação.
Nádia surpreende-se, e fica muito emocionada. Bebel então a convida para ir morar com elas.
- Claro que aceito esse convite é a coisa que mais eu queria, poder levantar ao teu lado desvendar teus mistérios nas noites de luar.
Naquela noite parece que o mundo conspirou para aquela união, e ouve-se ao longe, uma doce melodia.
Hoje as duas amigas vivem seu amor compartilhando esse doce querer, com sua filha, que hoje tem duas mães carinhosas, que só sabem Amar!
Assim termina essa doce história, AMOR DIFERENTE. Que mostra ao mundo, essa relação de amor, que existe, e deve ser respeitada. Temos que acabar com o preconceito, que ainda insiste em acontecer.
DEIXE O PRECONCEITO DE LADO, VAMOS RESPEITAR AS PESSOAS!

NÓS DUAS E O MAR!

Quarta-feira. Dia frio. Chegamos a Capão da Canoa, para visitarmos o mar, e os amigos que lá moravam.
Na beira do mar, foi o primeiro local que descemos para vermos a beleza da praia e as ondas. Ficamos um bom tempo por lá olhando, e descansando da longa viagem. Sisi ainda cansada, quis esticar aquelas pernas lindas, então foi caminhando pela areia úmida. Eu fiquei observando aquela beleza morena, se dirigindo para o mar.
As ondas vinham para perto dela, e molhavam seus pés. E lá ficou vários minutos brincando, e me chamando, para eu ir brincar também.
Resolvi encarar a água, e fui direto pra ela. Ao me aproximar Sisi atirou um pouco de água para cima de mim, gostei da brincadeira e fiz o mesmo. Caímos na brincadeira, e nossas camisetas ficaram molhadas e transparentes. Avisto aqueles seios deliciosos, que aparecem ..fico olhando aquelas curvas, que me provocam. Vou em direção a Sisi abraçando-a e beijando-a com toda emoção daquele momento.
E nos amamos ali mesmo, naquela areia úmida, apenas com o mar como nossa testemunha.
Saímos de lá toda suja, e fomos para nosso hotel, chegando lá os funcionários ficaram perplexos conosco. Sujas de areia e molhadas. Falamos que o carro havia estragado na beira da praia, e tivemos que empurrar. Fomos para nossa suíte e tomamos um banho quente e pedimos algo para comer, já que ficaríamos por lá mesmo. Nosso lanche chegou, comemos, e ficamos na cama, no colo uma da outra. Adormecemos.
Pela manhã ao acordar vimos, que tinha sol, e saímos para tomar nosso café. Pegamos bolo,frios,sanduíches e alguns canapés e tomamos suco e saímos para passear. Resolvemos caminhar no centro de Capão para visitarmos algumas lojas que estavam abertas naquela época do ano. Já tínhamos marcado de almoçar na casa de uma amiga, que morava no centro. Mas tínhamos que fazer hora para irmos para lá. A cada instante nossos olhares se encontravam e sorríamos de felicidade uma para a outra.
Afinal chega a hora do almoço, e vamos para a casa das amigas, que também são casais como a gente. Na frente da casa tem um jardim com coqueiros lindos e que enfeitam a casa. A porta abre, e Vivian sorri ao nos receber avisando, que Flavia já vem. Entramos, nos abraçamos. e nos dirigimos para a linda sala de estar, de frente para o mar.
A casa é aconchegante, com sala ampla, e piscina no pátio de frente para o mar, nossas amigas agora aposentadas moram em Capão. Abandonaram a metrópole pela calma do mar, pois Flavia é pintora, e lá ela encontra inspiração para pintar suas telas, que são conhecidas no mundo todo.
Flavia adentra a sala sorrindo e diz brincando com suas amigas: “danadas por que não quiseram ser nossas hospedes?.”
Então Letícia fala: “- Amigas... não queremos tirar o sossego de vocês, e gostamos de não ter horário para nada, já que estamos de férias.”
Tudo bem, mas que bom que estão aqui, agora conosco. Estou fazendo um churrasco de cordeiro, pois sei que Sisi gosta.
Oba, amo cordeiro.
Ficamos ali conversando, e ouvindo música, enquanto Flávia estava na churrasqueira do lado de fora na área.
Vão tomando drinques, acompanhados por petiscos trazidos pela empregada, enquanto o churrasco não fica pronto.
Trocam informações sobre Cultura, Economia e outros assuntos.
Flavia volta para a sala, e chama as amigas para almoçarem.
Deixam as taças na mesinha da sala, e vão para a sala de jantar , que já está arrumada.
Ao fundo uma música para acompanhar tão sofisticado almoço, e companhias.
O almoço está perfeito! Tudo muito bom e, a sobremesa dos deuses.
Almoçamos , saímos da sala e fomos para a sala de jogos onde foi servido o café. Ficamos por ali algumas horas batendo papo e rindo da própria vida.
O dia passou, e chega à hora de irmos embora. Nos despedimos de nossas amigas e saímos.
Letícia dirigia, e Sisi ia conversando e pegando alguns CDs para escutarem enquanto o carro deslizava mansamente pelas ruas daquela cidade encantadora.
No hotel sobem para sua suíte e pegam seus maios e vão para a piscina térmica, e notam que não tem ninguém, pois nesta época os hotéis são completamente vazios.
Procuram nadar e ficam ali por um bom tempo se beijando, se acariciando dentro d’água
Saem dali , voltam para o quarto e vão juntas para o chuveiro.
Letícia contempla sua amiga desnuda a sua frente, e a beija todinha levando-a a loucura, que solta gemidos de prazer, que igualmente ela também corresponde. A cama esta arrumada e as duas caem por cima dela e se amam lindamente.
Depois do amor, corpo cansado adormecem juntinhas.
Pela manhã Letícia pede café no quarto, e que venha com uma rosa vermelha.
Assim chegando o café ela acorda sua bela amiga, e a convida para tomar o lanche matinal juntas.
“ - Bom dia, meu amor. Quero dizer que és a pessoa mais importante em minha vida e contigo quero viver para sempre.”
Sisi responde:
- Bom dia, minha querida amiga. Eu também te amo e amarei para sempre.
Tomaram o café e foram fotografar os pássaros, que naquela época aparecem por ali.
Fotografaram, e entre um beijo e outro foram deixando o tempo passar.
O dia estava fresquinho e as duas com Jens e coletes caminhavam pela areia de mãos dadas como se nada na vida fosse proibido para elas.
Passaram suas férias tirando fotos, visitando amigos, e curtindo o aroma e o sabor do mar com suas delicias da culinária.
Chega o dia de ir embora, e suas amigas vão ao hotel para se despedirem e Flavia lhes entrega uma tela de Capão para elas.
Ficam fascinadas por aquela paisagem.
Agradecem e se despedem dizendo, que nas próximas férias voltarão para Capão da Canoa.
Assim, termina nossa história, de duas mulheres que sabem viver e amar, apesar de muitas pessoas discriminarem essa forma de amar.
“Toda maneira de Amor vale a pena”.

REENCONTRO DE NÓS DUAS

Meados de 2008, inverno na rodoviária de minha cidade natal. Encontro minha amiga que há muitos anos não via.( Meados de 2008. Inverno. Encontro na rodoviária, de minha cidade Natal, uma amiga, que não via a muitos anos.) Ela toda sorrisos, e meu coração batendo mais forte pela proximidade. Desci do ônibus, e fui ao seu encontro cheia de alegria, mas ao mesmo tempo nervosa. Abraços foram trocados, e percebi a ansiedade que nós duas estávamos. ( Percebi nossa ansiedade, enquanto trocávamos abraços.). Fomos para o estacionamento, e percebi que tínhamos o mesmo carro. (mas) Minha amiga, muito falante me contagiava com aquela fala mansa, com uma voz meiga.
Chegamos em sua casa e, ao fechar a porta, ela veio em minha direção e, me deu um suave beijo, que correspondi com paixão. Senti que ali eu ficaria, pois começou a nascer um sentimento todo especial por esta amiga. Passamos os dias juntas, trocando delícias de carinhos. Nunca imaginei sentir, todo esse sentimento por essa amiga do Rondon. Fui correspondida por inteiro. Ela confessou ter ido em minha casa, no passado se declarar pra mim, mas lá encontrou outra pessoa, com quem eu estava na época. Falei que eu também havia sentido algo,mas não comentei, porque pensei, que ela jamais seria de mulher. Esse era o meu grande segredo! E ela também escondia ,todos os seus pensamentos.
Ficamos falando por várias horas e, notei que o tempo passava e, a gente não percebia, tal era nosso encantamento. Daquele dia em diante não nos separamos mais. Passamos o verão juntas. Nosso amor, nosso fascínio é muito forte! Gosto dela, como se fosse a primeira pessoa em minha vida!
No mês de agosto, ela esteve na minha cidade e, aproveitamos para viajar e, curtir todo o tempo juntas. Hoje estamos separadas, mas será por pouco tempo. Nosso amor é maior, e temos todo o tempo do mundo, para viver esse sentimento!
Amo essa amiga, por sua meiguice, simplicidade e honestidade. Adoro ouví-la, pois a cada dia, que passa, ela tem muitos assuntos para contar.
Nossos olhares se encontram, e vivemos nosso amor a cada dia que passa.
Queremos viver esse sonho de amor com toda intensidade, pois ele nasceu em 1980, e hoje o sonho se realizou.


VERA LUCIA MARTINS SALBEGO – A professora e poeta gaucha Vera Salbego é formada em Letras pela PUC e pós-graduada em Psicopedagogia pelas Faculdade de Amparo – SP. PE autora de vários livros e tem participações em diversas antologias nacionais e internacionais, participando do Clube de Poetas Uruguaianenses, da Associação Gaúcha de Escritores e Membro Efetivo da Academia e Sala de Poetas e Escritores Virtuais, Poetas Del Mundo, Revista Paralelo 30 e tem diversos trabalhos publicados no Recanto das Letras. Em dezembro de 2006 foi agraciada em Porto Alegre com o Diploma Destaque Cultural pelo Jornal Revolução Cultural do Escritor Benedito Saldanha. Também edita o blog Vera Salbego.


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sábado, agosto 07, 2010

UM MOTE



UM MOTE: TODO HOMEM QUE MALTRATA A MULHER NÃO MERECE JAMAIS QUALQUER PERDÃO

Gentamiga,
Fui convocado por uma distinta amiga a glosar o seguinte mote:


Todo homem que maltrata a mulher
Não merece jamais qualquer perdão



E vou glosar. Será meu novo cordel. Quem mais se habilita?

Beijabrações



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terça-feira, julho 27, 2010

A SERPENTE DE NELSON RODRIGUES




Imagem: The Family, 1917, do pintor do Expressionismo austríaco Egon Schiele (1890-1918)

A SERPENTE DE NELSON RODRIGUES


[...]

Décio – Não me provoque, Ligia!

Lígia – Acho gozadíssima sua insolência. Não se esqueça que nós estamos casados há um ano e que você.

Décio – Pára!

Ligia – Me procurou só três vezes. Ou não é?

Décio – Continua e espera o resto.

Ligia – Tres vezes você tentou o ato, o famoso ato. Sem consegui, ou minto?

(Décio avança para a mulher. Segura Ligia pelo pulso)

Décio – Cala essa boca.

Ligia (com esgar de choro) – Não, não!

Décio – Você não me conhece! Quietinha! Você me viu chorando a minha impotência. Mas eu sou também o homem que mata. Queres morrer? Agora?

(Décio esbofeteia)

Ligia (com voz estrangulada) – Não!

Décio – Olha pra mim, anda, olha!

(Pausa. Ligia olha)

Décio – Diz agora que és puta. Diz, que eu quero ouvir.

Ligia (lenta) – Sou uma prostituta.

Décio (trincando as palavras) – Eu não disse prostituta. Eu quero puta.

Ligia (soluçando) – Vou dizer. Sou uma puta.

(Décio solta)

Décio – Agora olha para mim e presta atenção. Se você fizer um comentário sobre a nossa intimidade sexual, seja com quem for. Teu pai, essa cretina da Guida, uma amiga, ou coisa que o valha, venho aqui e te dou seis tiros. E quando estiveres no chão, morta, ainda te piso a cara e ninguém reconhecerá a cara que eu pisei.

(Décio a esbofeteia. Ligia cai de joelhos com um fundo soluço. Décio apanha a mala).

Décio (num gesto largo) – Vai-te pra puta que te pariu!

(Décio sai).

FONTE:
RODRIGUES, Nelson. A serpente. In: Teatro completo de Nelson Rodrigues. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

NELSON RODRIGUES: TEATRO COMPLETO – TRAGÉDIAS CARIOCAS II – Volume reunindo a obra de Nelson Rodrigues com diversos textos, entre eles, Toda nudez será castigada, A serpente, Otto Lara Resende ou Bonitinha mas ordinárias, O beijo no asfalto, Por que Otto Lara Resende, A cirandinha de Nelson por Ziembinski, Concepção geral do espetáculo de José Antonio Teodoro, Peça de Nelson no TBC de Décio de Almeida Prado, Toda Nudez será castigada de José Lino Grunewald, Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária de Hélio Pellegrini, O adeus de Nelson de Francisco Pedro de Coutto, Nelson nunca foi um intelectual de Paulo Francis, O coração imenso de um individualista de Oswaldo Peralva, Nelson de Carlos Heitor Cony, Caminhos e descaminhos de Tristão de Athayde, Toda Nudez será castigada de Adriano Garib, Sobre a Tragédia de Antonio Guedes, A serpente de Antonio Abujamra, O beijo no asfalto de Giano Ratto, A obra e o beijo no asfalto de Helio Pellegrino e O beijo no asfalto de Walmir Ayala.

NELSON RODRIGUES – O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Falcão Rodrigues nasceu em Recife (1912-1980) e escreveu dezessete peças teatrais. Sua edição completa abrange quatro volumes, divididos segundo critérios do crítico Sábato Magaldi, que agrupou as obras de acordo com suas características, dividindo-as em três grupos: Peças psicológicas, Peças míticas e Tragédias cariocas.

Confira mais:
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segunda-feira, julho 26, 2010

HELEIETH I. B. SAFFIOTI: O PODER DO MACHO




Imagem: Venus, Mars and Cupid , 1633, do pintor do Barro Italiano Guercino (Giovanni Francesco Barbieri - 1591-1666).

HELEIETH I. B. SAFFIOTI: O PODER DO MACHO

“Presume-se que, originalmente, o homem tenha dominado a mulher pela força física. [...] Rigorosamente, portanto, a menor força física da mulher em relação ao homem não deveria ser motivo de discriminação. [...] A força desta ideologia da inferioridade da mulher é tão grande que até as mulheres que trabalham na enxada, apresentando maior produtividade que os homens, admitem sua fraqueza. Estão de tal maneira imbuídas desta idéia de sua inferioridade, que se assumem como seres inferiores aos homens”.

“Do ponto de vista biológico, o organismo feminino é muito mais diferenciado que o masculino, estando já provada sua maior resistência. Tanto assim é que as mulheres, estatisticamente falando, vivem mais que os homens”.

“Do exposto pode-se facilmente concluir que a inferioridade feminina é exclusivamente social”.

“[...] Ter na companheira uma serviçal, sempre disposta a preparar-lhe as refeições, a lavar-lhe e passar-lhe as roupas, a buscar-lhe os chinelos, impede a troca, a reciprocidade. E é exatamente no dar e receber simultâneos que reside o prazer. As relações homem-mulher, na medida em que estão permeadas pelo poder do macho, negam enfaticamente o prazer. Esta negação do prazer, embora atinja mais profundamente a mulher, não deixa de afetar o homem. É necessário atentar para este fenômeno se, de fato, se deseja mudar a sociedade em uma direção que inclua melhores condições de realização tanto de homens quanto de mulheres”.

“[...] A mulher encarna ou a figura da dona-de-casa, fazendo publicidade de produtos de limpeza, alimentos, adornos, ou a figura da mulher objeto sexual, anunciando perfumes, roupas e jóias destinados a excitar os homens. Em qualquer dos casos – o da dona-de-casa e o da mulher objeto sexual – a mulher está obedecendo aos padrões estabelecidos pela sociedade brasileira. Ela pode ser a esposa legal, a namorada oficial, ou pode ser a outra, aquela que proporciona prazer ao homem, mas a quem é negado o direito de ser a mãe dos filhos deste homem [...] a mulher é sempre escolhida, não escolhe”.

“[...] a mulher é, muito mais que o homem, socializada para encarnar o papel de vítima. Este componente masoquista da educação feminina castra, pela base, as possibilidade de a mulher sentir prazer”

“Quando a maioria dos homens, que sofrem a dominação da minoria poderosa, descobrir que seus privilégios significam também limitações, constrangimentos, falta de liberdade, estará pronta a perceber como sociais os processos que lhe pareciam naturais. Tendo compreendido o processo social de construção da mulher e do negro enquanto categorias sociais discriminadas, a pessoa estará apta a desmistificar, a desmascarar a naturalização da inferioridade daqueles contingentes humanos. Se as discriminações são construções sociais, não fazem parte intrínseca da mulher e do negro. Se foram socialmente construídas, podem ser, também, socialmente destruídas, com vistas à instauração da verdadeira democracia. E esta constitui uma tarefa sobretudo de jovens, ainda que os mais velhos possam colaborar”.

FONTE:
SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

HELEIETH SAFFIOTI – A professora, pesquisadora, Heleieth Saffioti é formada em Ciencias Sociais e Direito. É professora aposentada da UNESP e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Foi das primeiras feministas brasileiras a publicar livros e artigos sobre a condição das mulheres e seu nome é em si uma referência para a história do feminismo brasileiro.

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sábado, julho 24, 2010

MULHERES: O GÊNERO NOS UNE, A CLASSE NOS DIVIDE




Imagem: The Little Fur (Helen Fourment), c.1638, do pintor do Barroco Flamengo Peter Paul Rubens (1577-1640)

MULHERES: O GÊNERO NOS UNE, A CLASSE NOS DIVIDE

Cecilia Toledo

“[...] A mulher nasce e é educada para ser oprimida, para saber o seu lugar no mundo, que é sempre, em qualquer âmbito, um lugar subalterno. É configurada para aceitar essa condição como se fosse algo natural e, ainda por cima, com um sorriso nos lábios, contido, claro. Essa idéia, que a imensa maioria das mulheres introjeta sem qualquer tipo de questionamento, assenta-se na função maternal da mulher para justificar uma desigualdade entre os sexos e uma posição degradante que elas vêm suportando, com maior ou menor intensidade, desde o surgimento de formas mais ou menos estruturais de explorações entre os seres humanos. Desde os pensadores clássicos até as concepções vigentes hoje, é praticamente unanime a concepção de que a natureza das mulheres (sua suposta emotividade e falta de racionalismo; sua suposta dependência biológica da maternidade; sua suposta fragilidade) as torna imprestáveis para a vida pública. Por isso a história da mulher é uma histórica de aprisionamento na esfera domestica e tudo o que se relaciona a ela está praticamente excluído dos conceitos e categorias políticas gerais. Cada uma à sua maneira, todas as instituições sociais reproduzem essa idéia. A escola, a religião, o Estado, a maioria dos partidos políticos e, sobretudo, a mídia. Mesmo quando tratam de convencer de que isso são águas passadas, de que hoje as mulheres estão emancipadas, contribuem para difundir a ideologia dominante”.

“[...] conforme o capitalismo avança, a condição da mulher se agrava, e aquelas que conseguem vencer são cada vez em número mais reduzido diante das milhares e milhares que vivem uma situação degradante, marginalizadas do processo produtivo da sociedade, oprimidas pelo medo, pela miséria e pela violência, sobretudo nos países pobres da Ásia, da África, da America Latina e nos países islâmico”

“[...] As grandes lutas femininas não alcançaram seu objetivo. Conquistaram apenas reformas, que tampouco são perenes. Essa é uma verdade dura, mas temos de encará-la. A situação da mulher não vem dando mostras de melhorias, mas de agravamento em ritmo acelerado, apesar de toda a modernidade e das altas tecnologias”.

“A origem da opressão da mulher está, portanto, ligada às transformações ocorridas nas relações humanas desde as primeiras sociedades que se conhece. As descobertas antropológicas permitem afirmar que a mulher não nasceu oprimida, mas passou a sê-lo devido a inúmeros fatores, dentre os quais os decisivos foram as relações econômicas, que depois determinaram toda a supreestrutura ideológica de sustentação dessa opressão: as crenças, os valores, os costumes, a cultura em gral. Em especial, a opressão da mulher está vinculada à existência da propriedade privada dos meios de produção e apenas poderá ser superada com uma mudança total na infra-estrutura das sociedades assentadas nesse tipo de relação”.

FONTE:
TOLEDO, Cecília. Mulheres: o gênero nos une, a classe nos divide. São Paulo: Sundermann, 2008.

CECILIA TOLEDO é jornalista e membro da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU (Brasil). Escreve para a revista Marxismo Vivo e há anos dedica-se a estudar e a militar sobre as causas das mulheres, sempre a partir de uma ótica socialista.

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sexta-feira, julho 23, 2010

ENGELS




Imagem: Study of Leda and the Swan , 1504, do pintor, escultor e arquiteto da Alta Renascença italiana, Leonardo da Vinci (1452-1519).


A MULHER DE ENGELS

“[...] O que é para mulher um crime com graves conseqüências legais e sociais, é considerado pelo homem como uma honra, ou, ainda pior, como uma leve mácula moral que se carrega com prazer”.

“[...] A reversão do direito materno foi a grande derrota histórica do sexo feminino. O homem passou a governar também na casa, a mulher foi degradada, escravizada, tornou-se escrava do prazer do homem, e um simples instrumento de reprodução. Essa condição humilhante para a mulher, tal qual como aparece, notadamente, entre os gregos dos tempos heróicos, e mais ainda dos tempos clássicos, foi gradualmente camuflada e dissimulada, e também, em certos lugares, revestida de formas mais amenas, mas não foi absolutamente suprimida”.

“[...] nos tempos heróicos, encontramos a mulher já humilhada pela predominância do homem e pela concorrência dos escravos”.

“[...] O heterismo é uma instituição social como outra qualquer; mantém a antiga liberdade sexual com lucro para os homens. Não apenas tolerado como fato, mas praticado comumente, sobretudo pelas classes dirigentes, é condenado por palavras. Mas, na realidade, essa condenação não atinge de nenhuma maneira os homens que nela tomam parte, mas apenas as mulheres: a estas, despreza-se e repudia-se para proclamar assim uma vez mais, como lei fundamental da sociedade, a supremacia absoluta do homem sobre o sexo feminino”.

(Friedrich Engels)

FONTE:
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1995.

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terça-feira, julho 20, 2010

SALETE MARIA



O CASO 'ELIZA SAMUDIO E O MACHISMO TOTAL


Salete Maria


O caso Eliza Samudio
Que tem chocado o Brasil
Emerge como prelúdio
De um grande desafio:
Exortar nossa Justiça
Pra deixar de ser omissa
Ante o machismo tão vil!

Trata-se de um momento
De grande reflexão
Pois não basta só lamento
Ou alguma oração
É hora de provocar
Propondo um outro olhar
Sobre processo e ação

Saiu na televisão
Rádio, internet e jornal
Notícia em primeira mão
Toda manchete é igual:
Ex-amante de goleiro
(Aquele cheio de dinheiro!)
Sumiu sem deixar sinal

Muita especulação
- discurso de autoridade-
Uns dizem que é armação
Outros dizem que é verdade
Polícia e delegacia
Justiça e promotoria:
Fogueira de vaidades!

Mei-mundo de advogados
Investigação global
Cada um no seu quadrado
Falando em todo canal
Subjacente a tudo
Um peixe muito graúdo:
Androcentrismo total!

A mídia fala em Bruno
Eliza e gravidez
Flamengo, orgia e fumo
-esta é a bola da vez!-
Tem muito 'especialista'
Em busca de alguma pista
Pra ser o herói do mês

E a história se repetindo
Mudando apenas o nome
Outra mulher sucumbindo
Sob ameaça dum homem
Uma vida abreviada
Cuja morte anunciada
A estatística consome

Assim é a violência
Lançada sobre a mulher
Ela pede providência
E cara faz o que quer
Mas a Justiça, que é lerda,
Machista, 'fazendo merda'
Vem com papo de Mané

E oito meses depois
Da 'denúncia' inicial
Que é o feijão com arroz
Do distinto tribunal
Nadica de nada existe
Mas autoridade insiste
Que isto, sim, é normal:

“A culpa é do Instituto
Que não mandou o exame”
- isto soa como insulto
e daqueles mais infame-
Não era caso de urgência?
-tenha santa paciência!-
Para que serve um ditame?

A moça buscou amparo
Na Justiça do país
Agiu correto, é claro
E esperou do juiz
O tal reconhecimento
Sobre o pai do seu rebento
Tendo a vida por um triz

Também fez comunicado
Ao campo policial
Dizendo que o namorado
Praticou crimes e tal
Buscou as vias legais
Enfrentou feras reais
Terá sido este o seu mal?

Mesmo com a delegacia
Dita especializada
E com toda a apologia
De uma Lei avançada
Faltou ter a ruptura
Com aquela velha cultura
De que a mulher é culpada

E o cumprimento legal
No caso, muito importante
Seria mais um arsenal
Para enfrentar o gigante
Mudar a mentalidade
De nossas autoridades
É fator preponderante

E para que isto ocorra
Entre outra alternativa
Antes que mais uma morra
E o caso fique à deriva
É preciso compreender
Que Justiça é pra fazer
Enquanto a mulher tá viva!

Sei que nada justifica
Que haja tanta demora
E enquanto o caso complica
A vítima 'já foi embora'
Sem medida protetiva!
Sequer prisão preventiva!
Quanta inoperância aflora!

Se o exame era necessário
À elucidação do crime
O Estado-perdulário
Neste campo fez regime
Ficando no empurra empurra
No velho: ''mulher é burra,
e joga no outro time”

Todo crime tem problemas
De toda diversidade
Assim como há esquemas
Também há dificuldades
Mas pra mim é evidente
Que o machismo presente
Premia a impunidade

Machismo compartilhado
Por gente de toda cor
Do goleiro ao empregado
Do primo ao executor
Autoridades também
Implicitamente têm
Um machismo inspirador

Cada 'doutor' se expressa
Centrado no garanhão
É o mote da conversa:
Fama, grana e traição
Ao se referir a ela
Falam da menina bela
Que fez filme de tesão

Falta a compreensão
Da questão relacional
Gênero, classe, profissão
Cor e status social
O processo é narrativa
Que emerge da saliva
Falocêntrica-legal

E ainda que alguns digam
“Oh, Eliza, coitadinha”
E suas doutrinas sigam
Desvendando pegadinhas
A escola dogmática
Do direito-matemática
Perpetua ladainhas

Processo judicial
Só serve para punir?
Havia tanto sinal...
Não dava pra prevenir?
E a tal ação civil?
Alimentos deferiu?
Para o bebê consumir?

É um momento de dor
Para a família dos dois
O caso é multifator
Não basta dar nome aos bois
A lógica policial
Cartesiana e formal
Festeja tudo depois

Por isso se faz urgente
Conjugar gênero e direito
Pois um trabalho decente
Que surta algum efeito
Não se limita a julgar
Mas também a estudar
O cerne do preconceito

Homens que matam mulheres
Em relações de poder
Isto tem se dado em série
Mas é preciso entender
Que subjaz ao evento
Um histórico comportamento
Que vai construindo o ser

A nossa sociedade
Apesar da evolução
Reproduz iniqüidade
E também muita opressão
Homem que bate em mulher
- E “ninguém mete a colher” –
Sempre foi uma 'lição'

Aprendida por goleiros
Delegados, professores
Motoristas, marceneiros
Pedreiros e promotores
Garçons e malabaristas
Médicos e taxistas
Juízes e adestradores

Por isto em nossos dias
De conquistas sociais
De novas filosofias
Direitos especiais
Não podemos aceitar
Justiça só pra apurar
Crimes tão excepcionais

Que a Justiça também
Sirva para (se) educar
Chega deste nhém-nhém-nhém
Deste eterno blá-blá-blá
A Lei Maria da Penha
Existe pra que não tenha
Tanta morte a lamentar!!!

SALETE MARIA – A cordelista, professora e advogada Salete Maria, reside entre Juazeiro do Norte-Ceará e Salvador-Bahia (Brasil). Atualmente, segundo ela própria, encontra-se em lugar incerto e não sabido, realizando pesquisas culturais e acadêmicas. Sua poesia é emancipatória e contra preconceitos. É membro-fundadora da Sociedade dos Cordelistas Mauditos(sic). É apologista do pluralismo cultural. Tem cordéis premiados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia-FUNCEB, recitados pela poetisa Deth Haak, musicados pela cantora Socorro Lira, citados pelo jornalista Arnaldo Jabor, inspirados pelo cineasta Vagner Almeida e referenciados por diversos pesquisadores e amantes da literatura popular e da cultura oral, deste e de outros países. Seu trabalho é utilizado em cursos, palestras, debates. Suas temáticas são múltiplas, com destaque para as questões marginais e periféricas. Sua ênfase é nos direitos humanos, sobretudo de mulheres e homossexuais. Transita entre diversas linguagens, opera com signos variados e apresenta uma rima inventiva, irônica, dramático-cômica e, sobretudo, política e intertextual. Salete Maria é, principalmente, cordelírica total. E edita o extraordinário blog Cordelirando.

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sexta-feira, julho 09, 2010

O QUE É VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



O QUE É VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Maria Amélia de Almeida Teles & Mônica de Melo

A falta de políticas públicas e de vontade política das autoridades e poderes constituídos para impulsionar e destinar recursos para a promoção da mulher e da equidade de gênero impede o desenvolvimento de respostas globais às demandas das mulheres.

A negligência e o descaso são responsáveis por ceifar vidas de mulheres e torná-las mutiladas física e moralmente.

É preciso criar políticas de incentivo para o desenvolvimento de estratégias de reconhecimento da natureza complexa da violência contra a mulher, imbricada com as questões sociais e étnicas/raciais, para alcançar uma abordagem integral do fenômeno na aplicação de medidas resolutivas.

O poder público não pode separar medidas de atenção das medidas de prevenção sob pena de tornar mais onerosos e menos eficientes os serviços públicos.

É preciso reconhecer as diferenças individuais de comportamento e as necessidades particulares de todas as pessoas envolvidas nas relações de violência. Devem-se garantir ações diferenciadas.

As intervenções nas situações de violência de gênero devem ser efetivas para deter o mais rápido possível a agressão e reduzir ao máximo a exposição das pessoas afetadas a novas situações violentas.

Há necessidade de adoção de medidas de discriminação positiva ou ações afirmativas para promover condições e oportunidades de igualdade para as mulheres, considerando a diversidade econômica, cultural, social, ética/racial, etária e de orientação sexual.

Cabe ao Estado e à sociedade exigir que os agressores assumam a responsabilidade de suas ações e não permitam a transferência da culpa para outras pessoas, inclusive a agredida, nem a continuidade do emprego da violência.

O Estado deve ser obrigado a adotar uma ação direta contra os agressores, vitimas e demais envolvidos, e garantir capacitação permanente dos profissionais que lidam com a atenção às vitimas e aos agressores. Caso contrário, o desgaste emocional e profissional dessas pessoas compromete o acolhimento, o atendimento e todo trabalho de reparação dos danos morais e materiais e de proteção, banalizando as iniciativas políticas e a própria violência de gênero.

Por fim, é preciso reverter a perversa incoerência de gastos com a prevenção, punição e a erradicação da violência contra a mulher, que se encontram muito abaixo do que representa para o PIB nacional, que é da ordem 10% de seu total, requer que sejam repensadas urgentemente, as previsões de gastos para o seu combate e erradicação.

Não cabe justificar a ausência de políticas e serviços públicos com a rotineira expressão de falta de verbas.

De qualquer forma, direta ou indiretamente, a violência de gênero onera a economia do pais e empobrece a mulher.

É necessária e urgente a mobilização dos diferentes setores da sociedade e de todo o aparato do Estado para deter, prevenir e erradicar a violência de gênero por meio de ações e medidas articuladas e coordenadas, de maneira que somem e multipliquem os esforços de todas as iniciativas
”.

FONTE:
TELES, Maria Amelia de Almeida; MELO, Monica. O que é violência contra a mulher. São Paulo: Brasiliense, 2001.

MARIA AMELIA DE ALMEIDA TELES – Foi presa política em São Paulo de 1972-73, é militante feminista desde 1975, trabalhou no jornal Brasil Mulher e na coordenação dos três congressos paulistas de mulher. Desde 1981 atua na entidade feminista União de Mulheres de São Paulo. É autora do livro Breve História do Feminismo no Brasil.

MÔNICA MELO – É procuradora do estado de São Paulo, professora mestre de Direito Constitucional da PUC/SP e diretora do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública. É autora do livro Mecanismos Constitucionais de Participação Popular: Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular.



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domingo, maio 30, 2010

OBRIGADO.




Meus amigos, minhas amigas
Quero agradecer a cada uma das pessoas que enviaram suas mensagens por mail, no Orkut, no Facebook, no MySpace, no YouTube, no Fórum do Guia de Poesia, na Comunidade Tataritaritatá e nas minhas diversas páginas na rede.

Quero, aqui, manifestar a minha eterna gratidão e afeto a cada um de vocês que, direta ou indiretamente, contribuem para a satisfação da vida.

Saibam que é muito bom poder contar com vocês na caminhada íngreme dos nossos dias e noites, na insônia dos nossos projetos que se realizam depois de tropeços e acertos, na contumácia do desejo por um mundo melhor e na ciência de que a presença do outro e o seu compartilhamento solidário é que nos integraliza e nos satisfaz enquanto ser humano.

Ainda quero dividir com vocês algumas das manifestações recebidas e que foram postadas no Fórum do meu Guia de Poesia: aqui, aqui e aqui.

A cada um de vocês o meu muito obrigado.

Beijabrações

Luiz Alberto Machado

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domingo, maio 02, 2010

O PRINCIPE DE MAQUIAVEL




Imagem: O Beijo da Esfinge, 1895, do pintor e escultor do Simbolismo/Expressionismo alemão, Franz von Stuck (1863-1928)


O PRINCIPE DE MAQUIAVEL


O príncipe ideal não corteja nem implora a Fortuna, mas ao abordá-la agarra-a virilmente e faz dela o que quer” (Maquiavel, O príncipe).


FONTE:
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1979.


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sexta-feira, fevereiro 19, 2010

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Arte de Derinha Rocha

08 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER
30 DE ABRIL – DIA NACIONAL DA MULHER

É PRA ELA (CRÔNICA DE AMOR POR ELA)

Música & letra de Luiz Alberto Machado

É pra ela que eu dedico a poesia
Da luz de todo dia e o meu cantar
É pra ela que a vida brilha tanto
E eu faço o meu canto pra lhe dar

Eis que ela altaneira, fez-se tal porto seguro
Deu de si a vida inteira com o seu ventre maduro
Para a vida premiar

É de dia a companheira, na sua missão mulher
Quando é noite é verdadeira, ser pro que der e vier
E tudo compartilhar

Seu perfil é doação na magia do esplendor
No seio a concepção da ternura e do amor

Aonde quer que eu vá, vem seu resplendor freqüente
Ela é luz resiliente para tudo superar

É pra ela que eu dedico a poesia
Da luz de todo dia e o meu cantar
É pra ela que a vida brilha tanto
E eu faço o meu canto pra lhe dar

Ela é meu dia
Ela é meu chão
Ela é alegria
No meu coração
Ela é folia
Ela é devoção
Ela é poesia
Na minha canção

É pra ela que eu dedico a poesia
Da luz de todo dia e o meu cantar
É pra ela que a vida brilha tanto
E eu faço o meu canto pra lhe dar



CRÔNICA DE AMOR POR ELA – Livro inédito de poemas, prosas poéticas e poemiudinhos (poemiuderóticos) e show poético-musical, reunindo poemas e canções de amor à mulher amada.

ALGUNS POEMAS & CANÇÕES DE AMOR POR ELA:

POR VOCÊ
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
OUTRA CRÔNICA DE AMOR POR ELA (vídeo)
QUANDO QUEM MANDA É O AMOR
VADE-MÉCUM
O CULTO DA ROSA
ELA NUA NA MANHÃ
CONVITE
O TRÂMITE DO DESEJO
BOLERO
CIRANDA
PAINEL DAS FÊMEAS
SOB O VÉU DA VIÚVA NEGRA
UMA VEZ NA GRUTA DO CÉU
CLOSE
ÂNSIA DO PRAZER
PLETORA DOS ANTÍPODAS
PECADO
MOTO PERPÉTUO
CHEGADA
CANTIGA
O ALVO DO PÓDICE
PERSEGUIÇÃO
A FÚRIA DO ARPÃO
ENCONTRO DO PICO VIGOROSO AO TERRAÇO DA JÓIA
O PÁSSARO VERMELHO NA PORTA DO CINÁBRIO
O TALO CORAL NA FENDA DOURADA
A NATA DO PRAZER
FULANA
REINADO
AS GARRAS DA FELINA
VOCÊ
MINHA
PUTA
PROFANAÇÃO
CAPTURA
MAÇÃ
ABDUÇÃO
NA ALCOVA DA MUSA
MERGULHO
CAPÉI
PAS DE DEUX
GALOPE DO AMOR DOIDO DE ALEGRIA
SUBMISSÃO
PAIXÃO NEFELIBATA
PUXAVANQUE
NO DOMINIO DA PAIXÃO
TRANSBORDANDO
PAIXÃO
II
III
MÃE DO OURO
AH, ESSE OLHAR
DELEITE
ÁRIA DA DANAÇÃO
MAPA DA MINA, A PANACÉIA
DESIDERATO
CONTENDA
FASCINIO
A LÍNGUA NO ÁTRIO DAS DELÍCIAS
SENDO
TUA LÍNGUA
A DELICIA DO BEIJO RELUZENTE
AH, ESSES LÁBIOS
BEIJO
A SEDUÇÃO DA SERPENTE
ALCOVA
II
POSSESSÃO INSANA
ENVOLTO
ALEGORIA DA LOUCURA
ELIXIR
PERFUME DE MULHER
CONFISSÃO
PARTILHA
JURAMENTO
EU TE AMO
AMAR VOCÊ
CANTARAU DE AMOR POR ELA – O SARAU DOS NAMORADOS
VERS&PROSA PARA A MENINA AZUL
AO REDOR DA PIRA ONDE QUEIMA O AMOR
II
III
ROL DA PAIXÃO
CANTARAU: CANÇÕES DE AMOR POR ELA

PRESENTE – Para presentear a mulher amada com o livro inédito (capa dura, edição de luxo e acompanhado do cd) ou para contratar para o show poético-musical, é só encomendar pelo fone 82.8845.4611 ou pelo sítio www.luizalbertomachado.com.br. O livro-cd só será vendido sob encomenda.

SERVIÇO: CRÔNICA DE AMOR POR ELA. Show poético-musical & livro-cd. Contatos: 82.8845-4611 ou pelo site www.luizalbertomachado.com.br.

Confira mais:
Poemas, canções & textos de Luiz Alberto Machado , a Folia Tataritaritatá no Tudo Global, clipes de Luiz Alberto Machado no YouTube , o Big Shit Bôbras e as previsões do Doro para 2010

E mais:
NITOLINO NO REINO ENCANTADO DE TODAS AS COISAS
EVENTOS COM PARTICIPAÇÕES DE LUIZ ALBERTO MACHADO
BRINCARTE KIT LIVROS-CDS e BRINCARTE KIT FESTA
FREVO PELA CIDADANIA NA ESCOLA
PALESTRA: CIDADANIA & MEIO AMBIENTE
CURSO: FAÇA SEU TCC SEM TRAUMAS
ARTIGOS & PESQUISA
e

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terça-feira, fevereiro 09, 2010

VERS&PROSA PARA A MENINA AZUL



Imagem: Arte de Derinha Rocha

VERS&PROSA PARA A MENINA AZUL – É um livro inédito onde reúno poemas, narrativas, poemiúdos & canções dedicados à menina azul.

QUANDO O AMOR É AZUL
PRIMEIRO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL
SEGUNDO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL
TERCEIRO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL
QUARTO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL
CANTIGA
NAQUELA NOITE TODAS AS NOITES
ESSA MENINA
CHEGADA
O SABOR DA PRINCESA QUE SE FAZ SERVA NA MANHÃ
SHAKESPEAREANA
SHAKESPEAREANA – OUTRA VEZ
SHAKESPEAREANA – A NOSSA FESTA
SHALESPEREANA – A GUERRA DO AMOR
SHALESPEREANA – A MÚTUA DIVIDA DO AMOR
SHALESPEREANA – TEIMOSIA
SHAKESPEREANA – CONTUMAZ
SHAKESPEREANA – APRONTAÇÃO
SHAKESPEREANA – SONSA
SHAKESPEREANA – RAPIDINHA
A VARANDA
GINOFAGIA – ESSA MENINA
GINOFAGIA: PARANÓIA
GINOFAFIA – FEBRE
GINOFAGIA – AMBIÇÃO
GINOFAGIA – CONSOLO
GINOFAGIA – ALVOROÇO
GINOFAGIA – TERRINA
GINOFAGIA – MINHA
GINOFAGIA – TEU NOME
GINOFAGIA - NA TABA DA VENTA
GINOFAGIA – RITUAL
GINOFAGIA – ABRAÇADOS
GINOFAGIA – PRESENTE
GINOFAGIA – DELA
GINOFAGIA – FESTA
GINOFAGIA – ESSA CARNE
GINOFAGIA – VIAGEM
GINOFAGIA - CONTAGEM REGRESSIVA
GINOFAGIA - CHEIRO DA FELICIDADE
GINOFAGIA – CRÔNICA DE AMOR
GINOFAGIA: BEIJU
GINOFAGIA: GULA VORAZ
GINOFAGIA: ESFÍNGICA
GINOFAGIA: MÚTUA COLHEITA
GINOFAGIA: PÁLIN!
GINOFAGIA – LÁ
GINOFAGIA – ELA
GINOFAGIA – CULTO
GINOFAGIA – LASCIVIA – I
GINOFAGIA – II
GINOFAGIA – III
GINOFAGIA – IV
GINOFAGIA – V
GINOFAGIA – RENDEIRA
GINOFAGIA – FLOR CAETÉ
GINOFAGIA – SONSA
GINOFAGIA _ POEMAS & CANÇÕES
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ELA
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AH, ESSES LÁBIOS...
CANGULA
TUA LÍNGUA
OS SEIOS DELA
MINISSAIA
CONTENDA
A VARANDA
TRAQUINAGEM
O REINO DA SURPRESA
ENTREGA TOTAL
TRANSBORDANDO
FESTA NO CÉU
USO & ABUSO
PUXAVANQUE
PROVOCAÇÃO
ENGATINHANDO NA NOITE AZUL
INCÊNDIO DAS PAIXÕES
DESPREVENIDA
DE TODO JEITO É BOM
MOLENGA
BEM NA HORA
A REFÉM
FESTA NO CÉU
USO & ABUSO
ENGATINHANDO NA NOITE AZUL
PROVOCAÇÃO
A PONTE
POMAR
INCÊNDIO DAS PAIXÕES
SUFOCO
DESPREVENIDA
BIZIGA
UMA CANÇÃO PRO MEU AMOR
O AMOR
ESSA MENINA
ERRÂNCIAS
BARREIRAS: UMA LOA PREVENDO O FIM
MONÓLOGO DO ROMEU – UMA CANÇÃO DA LEMBRANÇA DO GRANDE AMOR E DO ADEUS.
ADEUS, ISOLDA
ULTIMA CANÇÃO À FLOR DO ADEUS


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