sexta-feira, maio 16, 2008
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Venus and Adonis, c.1555, do pintor da Alta Renascença italiana, Tiziano (ca.1488-1576).
NO DOMÍNIO DA PAIXÃO
Luiz Alberto Machado
A sua imagem linda povoa o meu desejo de vê-la todo dia e a todo instante como se fosse uma adoração profunda no domínio da paixão e eu não poderia negar jamais da minha solidão atormentada que me persegue na noite adulta criando sonhos de tê-la inteira ao alcance dos meus sentidos ah! como sonho despudoramente louco capaz de verdadeiramente alcançá-la aos meus braços ah! como você é real... a sua imagem doce é mais que real na minha loucura onírica e me persegue pelos melhores caminhos dos devaneios em que eu possa flagrar-lhe linda pronta para que eu despeje os galanteios de um flerte mais que obsessivo e possa venerá-la sempre como uma deusa inatingível... isso porque a sua imagem sensual é alvissareira prometendo que um dia eu possa assenhorear-me do seu corpo, furtar os seus prazeres, tatuar o sol no seu sorriso, roubar seus cheiros mais íntimos e agridoces, fazer uma pilhagem de sua voluptuosa emanação que corrompe meus anseios para apossar-me indecente canibal de toda sua compleição medonhamente saborosa... eu juro, pegou-me de jeito e, por isso, atenda o meu apelo priapo e eu farei você tremer na base, gemer na rampa, chorar na vela porque me apoderarei de sua cintura a rebolar ardendo de desejo e nua enquanto me oferece o pescoço, os lábios, os seios, o sexo para fazer o que bem me convier até escrever com a minha língua os versos eróticos que me inflamam no seu corpo até uivar de gozo com as mordidas que darei na sua carne deliciosa chupando a sua gostosa boceta arreganhada se derretendo com trejeitos lindos de prazer na minha língua inquieta e deixarei sussurrar as mais deliciosas indecências depois das vinte e duas e trinta, enquanto sua mão buliçosa procura nos infernos do meu corpo o sabor do seu apetite até levar-me o sexo à boca para felar providente e hábil como a degustar do sorvete mais delicioso e eu crescendo rijo perante a mágica do seu contato reluzente e deixarei rosnar rolando no chão enquanto suas coxas se inflamam entre as minhas coxas fazendo de conta que nem querem, mas que se entrelaçam para as acrobacias de trepar dolosamente lambuzando a sua pele de mulher verdadeira de nascença e eu juro, farei um carinho que lhe acorrente até consumir suas energias pro sorriso do seu útero, enquanto aliso suas costas, aperto seus glúteos, apalpo seu sexo, fodendo sua alma enquanto você debruçada escreve um poema tórrido com nossas ânsias e u lhe comendo toda enquanto você deposita versos luxuriosos no papel em branco, enterrando o meu cajado no seu mais sedutor remelexo com seu sexo no meu na maneira louca de você a mim se entregar até deixá-la livre para pousar sentindo-se amada, gostosa, divina com a cara lisa e eu lhe direi loucamente embevecido que é impossível não amar você.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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