quarta-feira, novembro 26, 2008
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Eu e Tu, de Marta Ferreira.
PLETORA DOS ANTÍPODAS
Luiz Alberto Machado
A sua nudez se agiganta na minha afeição.
E eu recolho o seu corpo como quem persegue a salvação da vida.
E persigo escalando suas encostas íngremes e latejantes de carne firme, ilha perfumada nua em pêlo, arrepiada com toda a seiva transbordante com cheiro bom de enlouquecer.
E enlouqueço enquanto você se prolonga na alegria do meu coração que se apropria de toda sua esbelta deidade tentadora para deixá-la encurralada nas minhas carícias à queima roupa.
E vou desenfreado pilhando seu corpo que se precipita sobre o poderio do meu falo rijo que lambuza a generosidade do triângulo púbico até a celebração sinuosa da dança pélvica que me arregala os olhos de forma assustadora com seu embalar de felicidade por possuí-la suculenta e depravada.
E na nossa obscena empatia eu vou explorando as minas de ouro escondidas sob a língua sibilante da Britney cheia de imprecações, no regato dos seios que nutre nossa atração recíproca e nossos corpos mútuos, nos pontos de ebulição que acende a clareira de nossa vertigem despudorada, nas nádegas arrebitadas que bamboleia para o meu completo enlouquecimento, na sua guarita onde a minha vontade endurecida mergulha no abismo para que possa hibernar soterrado de prazer.
E na descoberta da delícia, vou investindo com lambidas ferozes cada fatia da deusa do meu panteão, minha suméria Nammu que pariu o céu e a terra no caos enquanto o meu sexo guerreiro golpeia e empurro com estocadas loucas cerrando os dentes, penetrando sua alma como um cavalo selvagem que atravessa o seu gemido gutural apertando meu membro no prazer crescente e inevitável, até transbordar todos os impulsos e peripécias do nosso bom bocado onde o bumerangue vence a parada de todo quilate de sua satisfação tantalizada.
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