sexta-feira, julho 29, 2011

SELMA MENDES



A ARTE DE SELMA MENDES













SELMA MENDES – A artista plástica e arterapeuta Selma Mendes utiliza técnicas como o desenho sobre papel e acrílica sobre tela. Alguns símbolos são freqüentes em suas obras: A água, a mulher, flores, crianças, garças, pássaros, vegetais e amantes. As imagens surgem facilmente sem antes um esboço e tem como forte característica o traço leve, a sinuosidade e transparência; sempre com o foco para a alegria, beleza e ternura nos gestos, danças, rituais e fisionomias. Iniciou sua carreira aos 15 anos de idade ao aprender as técnicas do desenho artístico. Estudou técnicas variadas de pintura e escultura e teve fortes colaboradores para seu processo de aprendizagem. Desenvolveu-se como autodidata em seu próprio ateliê, seu grande laboratório de criatividade e de integração com todas as tecnicas apreendidas e a busca incessante da expressão espontânea em suas obras. Os anos de biodanza, principalmente biodanza em argila e praticas de meditação colaborou enormemente na sua desenvoltura e criatividade. Formou-se em arte-terapia. A partir de então, passou a estar mais entregue as mensagens do inconsciente através das imagens simbólicas; o que levou a artista a uma grande transformação na expressão e consciência de suas obras. Realizou várias exposições e vivências lúdicas de contos e cânticos indígenas com arte-terapia para crianças e adultos. Ministra oficinas de arte espontânea em grupos e faz atendimento individual de arte traspessoal e arte terapia. Por ter paralelamente trilhado o caminho de cantora, atualmente Selma Mendes integra a música com as exposições de artes plásticas. Sua arte está reunida no blog Selma Mendes e na comunidade Rede Cultura.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

quarta-feira, julho 20, 2011

O EROTISMO DA NATUREZA NOS MEGÁLITOS DE ORENS



O EROTISMO DA NATUREZA NOS MEGÁLITOS DE ORENS

As fadas dos contos e lendas ocidentais são frequentemente associadas a construções megalíticas, como o são a sítio naturais, colinas, cascatas, florestas, etc. (variantes dialetais: fados, fades, fadas, fadettes). [...] É Johanneau que, num memorial à Academia Céltica (1810), conta a lenda do dólmen: Os camponeses desse cantão acrdditavam ainda, e me disseram seriamente, que foram três moças que construíram esse castelo em uma noite (daí, provavelmente, seu nome de castelo, de casa ou de gruta das fadas), que se morreria durante o ano se ele fosse destruído, que se as pedras fossem retiradas elas retornariam durante a noite.

[...]

As fadas, no tempo em que viviam, honravam depois de sua morte os que viviam, feito, outrora, alguma coisa boa durante sua vida e construíam grutas indestrutíveis para colocar as cinzas, ao abrigo da malevolência e da destruição do tempo. Elas vinham, frequentemente, conversar com os mortos. E diz-se que sua influencia benfeitora espalhava na região um encanto indefinível, ao mesmo tempo que abundância e prosperidade... Desde muito tempo, as fadas, infelizmente, desapareceram, mas o monumento permaneceu. Nas noites, quando a brisa sopra ao lado de fora, ouvem-se, como que lamentações, na rocha-das-fadas, e diz-se que são os mortos que lá repousam, que chamam as fadas protetoras, e que seus lamentos se renovarão até que elas retornem. Há pouco tempo ainda, os jovens da região vinha à rocha-das-fadas para interrogar o destino. Nas noites de lua cheia, viam-se namorados contornar o dólmen, cada um num sentido, e contar as pedras. Se os números obtidos não fossem diferentes de mais ou de menos de dois, era um bom presságio: o casamento era para logo.

[...]

O mágico Merlin, escreve Fernand Niel, transportou a Dança-dos-Gigantes que compõem as pedras de Stonehenge, da Irlanda para a planície de Salisbury. Um fantasma tinha-se domiciliado num dólmen de Noordsleen (Paises-Baixos). Saindo de noite de seu esconderiho o fantasma errava no campo, entregava-se a apavorantes brincaderias na colina vizinha. A avó dos diabos passeava, um dia, levando sobre a cabeça a mesa do dólmen Há-Heun (Coréia) e embaixo dos braços, os suportes. Achando a carga pesada demais, a diaba quis repousar. Colocou no chão as lajes que mantinha embaixo dos braços, e estas ficaram em pé, enquanto que, sentando-se, a laje que carregava na cabeça, colocou-se naturalmente sobre os suportes.

[...]

É em Keloas, perto de Plouarzel, que se ergue o menir de Saint-Renan, o mais alto e, provavelmente, o mais notável de Finistère. [...] Os recém-casados, escreve em 1827, rendem-se devotadamente ao pé desse menir e, depois de se terem em parte despojado de suas vestimentas, a mulher de um lado, o esposo do outro, esfregam o ventre contra uma das saliências. O homem pretende, através dessa cerimônia ridícula, e a mulher pretende, assim, ter a vantagem de ser a dona absoluta da casa e governar inteiramente seu marido. [...] O menir de Moelan, que tem uma protuberância de um so lado, é objeto das mesmas praticas que o de Kerloas. [...] Os que conseguiam lançar uma moeda no cume do megálito eram assegurados de se casarem no mesmo ano. Perto de lá, o menor de Saint-Genit era objeto de práticas fálicas. [...] Até 1909 as jovens casadouras de Crozon vinham montar num menir tombado perto da gruta de Morgat. Essas práticas de escorregadelas com traseiro nu deviam ser freqüentes. [...] As jovens da região praticavam esse ritual sobre o menor de Locmariaquer na noite de primeiro de maio. Essas superstições eram, seguramente, muito mal vistas pela igreja que mandou suprimir, por isso, um certo número de megálitos. Foi o caso do menir de Saint Cado em Ploemel e do menir tombado de Kerbénes do qual Guánin nos diz que era da parte das mulheres e das jovens objeto de praticas tais, que foi destruído e serviu ao calçamento das estradas.Nos alinhamentos do Ménec, em Carnac, encontrava-se um menor chamado o navio que foi tombado e quebrado em 1815. Paul Sébilot, na sua obra Folklore de France, conta que esse megálito dava lugar a uma estranha dança ritual ainda praticada no fim do ultimo século. Nas noites de lua cheia, os casais vinham dançar completamente nus em torno do menir. O homem perseguia a mulher enquanto os pais dos esposos faziam a ronda vindo de um outro menir chamado muito corretamente a sentinela. A mulher, supondo-se curada de sua esterelidade, acabava por render-se ao marido.

[...]

Nesses lugares desenrolavam-se ritos pagãos, no decorrer da noite que precedia a festa do perdão local, no mês de agosto. Os homens banhavam-se inteiramente nus na fonte, pois acreditavam que sua água curava os reumatismos. Torneios de luta bretã ocorriam, interrompidos por danças e fortes libações. As mulheres deviam esperar o nascer do dia para irem banhar-se na água sagrada, de um modo um pouco menos frívolo que o dos homens.

[...]

Satã leva o baile a Saint-Briac-sur-Mer, em Ille-et-Vilaine. No cume do outeiro-Girault erguia-se um dólmen que hoje coroa o calvário de cruz-dos-marinheiros. Jovens, conta a lenda, vinham dançar em volta do megálito. O clero, considerando essas rondas como ocasiões de pecado, está na origem da lenda que diz que, uma noite, Satã veio misturar-se aos dançarinos. O diabo seduziu uma jovem pouco selvagem e levou-a com ele. Foi preciso a intervenção do padre armado com seu hissope para fazer Satã fugir sob o efeito da água benta. Mas o diabo agarrou-se desesperadamente pedras do dólmen e suas garras lá escavaram as cupulazinhas curiosas que lá se encontram ainda hoje. [...] Uma noite que, como de costume, rapaes e moças dançavam entre as pedras, Satã misturou-se ao baile. Ao primeiro canto do galo, a terra abriu-se. No meio dos gritos e das chamas, os dançarinos foram devorados pelo inferno... Bela alegoria para renunciar a dança como fonte de pecado e alimentadora do inferno. Na landa de Moulin, perto de Langon, em Ille-et-Vilaine, cerca de 30 menires têm o nome de demoiselles: parece que são moças que preferiram ir dançar na landa a ouvir a missa. Para puni-las, Deus petrificou-as. Dançava-se, aparentemente sem perigo, nas noite de São João em volta do dólmen de La Roque-Belan, em Guernesey. Não jovens pecadores, mas fadas em Chateau-la-Valiére, Indre-et-Loire, onde estas últimas vem dançar toda noite em volta do menir.

[...]

Alguns estudiosos de hoje, escreve Denis Roche, admitem que o menir simbilizava o duplo aspecto da sexualidae: ele teria sido macho, por sua ereção para o céu (relacionando-se com os mitos do fogo/raio/pedras de raio), e fêmea por estar afundado na terra (relacionando-se com a água, o que, por sinal, não é muito claro). Visto que alguns menires estariam encarregados mais particularmente de poderes masculinos, em dado momento de sua antropomorfização, poder-se-ia logicamente supor que as outras pedras teriam recebido uma grande concentração de encargos femininos. Aliás, alguns antropólogos admitem que certos menires com caneluras verticais – por oposição ao sulco bálano-prepucial do fato masculino – seriam falos femininos: assim como o raio de Goulien em Beuzec. Os estudiosos, conclui mais adiante o autor, diem que talvez deva-se considerar o falicismo apenas como um momento dentre todas as fases de evolução da pedra erguida primitiva, apenas um aspecto da antopomorfização ritual das forças elementares naturais (sol, raio, fecundidade, etc).

[...]

A mais celebre dessas figuras é a de Saint-Sernin em Aveyron. Esse ídolo feminino é esculpido sobre dois lados de uma laje de arenito vermelho de 1,20m de altura, 70 centimetros de largura e 20 centímetros de espessura. [...] O corpo deste ser sobrenatural é cintado por uma tanga. Os membros são faixas lisas, chapadas sobre o corpo e que findam em cinco espécies de franjas (os dedos dos pés e das mãos). [...] Cetamente trata-se da grande deusa neolítica associada aos ritos da fecindade, espécie de Deméter pré-histórica considerada como força nutritiva benfeitora da humanidade agrícola.



FONTE:
ORENS, Marc. A civilização dos megálitos. Rio de Janeiro: Ferni, 1977.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

domingo, julho 17, 2011

ROSERLEI



Imagem: Mulher nua de Jacob Gessner (1864-1930)


ROSERLEI


Luiz Alberto Machado


Roserlei, Roserlei, seria inspiração
Feito uma atração de lady ciboney
Que jamais capturei na minha prospecção.

Seria uma revelação que nunca desvelei
Que eu jamais medrei na horta do meu leirão.

Seria uma remissão que sempre amealhei
Seria a redenção para minha grei.

Seria veneração
Feito um prelúdio em dó sustenido menor pelos os dias que abalaram o mundo dos Sergeis
A me fazer maior dos reis a ditar leis na freguesia como cantam as fantasias da minha ostentação.

Nada, Bei de Tunes sempre fui, eu sei, é meu refrão.
E sem razão, assim teimei. Em vão errei no meio da cavilação.
Virei cristão sem eira que perdeu a devoção.
Sem oração, eu me pelei pela musa nas vias de Monterrey.
Ali pequei para não ter salvação.
E fiz canção como quem doura o seu teitei.
E fui teibei como quem goza na nissei a felação.
Como quinhão: uma Jennifer Hawkins nua nas ruas de Sidney.
Nem me roguei, joguei logo a confissão: sou falso frei, não tenho salvação.
Não parei não, há muito trepei noite alta na égua mulata e desmontei.
E acertei: nela fui o pônei maior que alazão.
Fui campeão nas orgias com meu Siboney na mão: para sansei!
Eu lhe dei e ela provou como quem gostou da refeição.
Não deu outra não: eu nada sei de quem nunca amou para John Gay.

Roserlei, Roserlei, seria uma paixão
Como a que dei menino pra professora do rincão. E que gozei,
Por muitas vezes lambuzei a mão. Desde então. Ih! Saquei, a minha perdição.

Roserlei, Roserlei, seria uma canção que eu jamais cantei.
Mas eis que homem feito pelo fogo de cancão,
Sou mais forte que o maior Sansão, para enaltecer: - ei, mulher linda!
Espere ainda, hoje sou só emanação.
É que a sua altaneira expressão me pegou, eu me toquei e então,
Você é mulher entrevinda na minha exaltação!


Veja mais Crônica de amor por ela.


E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

sábado, julho 16, 2011

SATYRICON DE PETRÔNIO



SATYRICON DE PETRÔNIO

[...] e enquanto discutíamos percebi entre duas tabelas de preços, e no meio de mulheres nuas, vários homens que se movimentavam furtivamente. Demasiado tarde, demasiado tarde realmente, compreendi a armadilha em que caíra: estava num prostíbulo.

[...] A digna proprietária desta casa, havia recebido, já, o preço de um quarto, e o velhor sátiro já me apalpava com mãos impudicas [...] Durante o relato de Ascilto, surgiu precisamente o tal velho, acompanhado de uma mulher: - Neste quarto – disse ele a Ascilto – o prazer te espera; cabe-te escolher o papel que desempenharas no combate. A jovem senhora, por seu turno, pedia-me também que a seguisse. A tentação nos venceu e, seguindo nossos guias, atravessamos várias salas, teatro lúbricos dos jogos da volúpia. A julga pelo furor dos combatentes, dir-se-ua que estavam embriados de satírio. Vendo nosso aspecto, eles repetiam posturas lascivas, para nos levar a imitá-los. De repente, um deles levantou as vestes até a cintura e, atirando-se sobre Ascilto, lançou-se sobre um leito próximo tentando violentá-lo.

[...] Asciltoingiu uma indignação que absolutamente não sentia, e, ameaçando-me com os braços, berrou ainda mais alto do que eu: - Ainda ousas falar, gladiador obsceno? Tu, covarde assassino de quem te hospeda, que só milagrosamente escapaste da morte na arena? Ousas falar, ladrão oturno, que, mesmo quando ainda não eras impoetnte, jamais possuíste uma mulher honesta! Tu que, num certo bosque, me usaste um dia como Ganimedes, para satisfazer tua lubricidade, do mesmo modo como hoje, aqui neste albergue, utilizas esse garoto!

[...] Era o amor que me fazia desejar tão ardentemente aquela separação. Há muito que eu tentava me livrar de tão importuna testemunha, para poder me dedicar sem reservas à minha paixão por Gitão. Ascilto, duramente atingido, saiu bruscamente, sem dizer uma palavra.

[...] Depois de havê-lo procurado em todos os quarteirões da cidade, voltei para casa e consolei-me nos braços de Gitão. Enlacei-o com os mais calorosos abraços. Minha felcidade, igual a meus desejos, era realmente digna de inveja. Prelidiavamos já novos prazeres, quando Ascilto, andando nas pontas dos pés, nos surpreendeu em meio ás mais ardentes caricias, e logo, enchendo nosso exíguo quarto com suas gargalhadas e aplausos, ergueu gravemente o lençou que nos cobria. – Ah! Ah! Mas que estais fazendo, homens de bem? Como? Metidos os dois sob a mesma coberta? Não satisfeito com seus sarcasmos, o miserável tirou seu cinto de couro e começou a espancar-me violentamente diendo com insolência: - Isto te ensinará, mais uma vê, a jamais romperes com Ascilto!

[...] Trifena era bela, agradou-me bastante e não se mostrou rebelde aos meus desígnios. Todavia, mal havíamos gozado os primeiros prazeres, quando Licas – alegando que eu lhe roubara a amante – exigiu que eu a substituísse junto a ele.

[...] Se Trifena se consumia por Gitão, este não lhe ficava atrás, e essa mutua paixão era um duplo tormento para mim. Enquanto isso, para me agradar, Licas inventava cada dia novos prazeres. Sua jovem esposa, a adorável Dóris, participando deles, embelezava-os, e seus encantos terminaram por me afastar Trifena de meu coração. Meus olhares confessaram a Dóris todo o meu amor, e os seus, ainda mais animados, prometaram-me uma doce recompensa. [...] – Usemos de astúcias: para possuíres Dóris, deixa que Licas te possua.

[...]

Amáveis impudicos, novos Ganimedes,
Cínicos audaciosos, voluptuosas Safos:
O prazer nos aproxima, amemos em liberdade,
Bebamos à volupia de todos os sentidos.

[...]

O homem nada mais é que um sopro
E a trama de seus anos é curta e frágil.
O tumulo segue nossos passos; cabe a nós,
Sabiamente, usar o prazer para embelezar,
O mais que pudermos, os nossos intantes.

[...] em minha casa, Baco é o pai da liberdae, pois acabo de libertá-lo.

[...]

As mulheres, as mulheres! Afinal, que são as mulheres? São verdadeiras aves de rapina. Fazer-lhe algum bem é o mesmo que atirar alguma coisa num poço. Uma antiga gratidão torna-se, para elas, uma prisão insuportável.

[...] Era essa mulher impudica que merecia ser lançada aos touros. Mas quando não se pode bater no asno, bate-se na albarda.

- Não há uma única mulher – declarou – por mais fiel que seja, que uma nova paixão não possa levar aos maiores excessos. Não é preciso, para provar o que eu digo, recorrer às antigas tragédias, citar nomes famosos nos séculos passados.

[...] O amor sobretudo, o impiedoso amor, jamais me poupou: amando ou sendo amado, sou sempre alvo de seus rigores.

SATYRICON DE PETRÔNIO – O escritor romano Petronius (Caius Petronius Árbiter 16 d.C. – 66 d.C ou Titus Petronius c. 27-66 d.C.) foi mestre em prosa e satirista notável, era um distinto freqüentador da corte de Nero e autor de um dos mais antigos romances, Satyricon. Essa obra foi escrita provavelmente por volta de 60 d.C, descrevendo as aventuras e desventuras do narrador, Encólpio, do seu amante Ascilto e do seu jovem servo Gitão. Trata-se de uma crítica aos costumes e à política da Roma antiga. A obra foi transformada em filme pelo cineasta italiano Federico Fellini



E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

sexta-feira, julho 08, 2011

OKSANA LOVOUSHKA

More wonderful than the lore of old men and the lore of books is the secret lore of ocean... © ® OKSANA

A ARTE SENSUAL DE OKSANA LOVOUSHKA

Life is like a rainbow. You need both the sun and the rain to make its colors appear. © ® OKSANA

© ® OKSANA

Dance © ® OKSANA (For All Males No, that is Not a self-portrait, lol)

Learn to... be what you are, and learn to resign with a good grace all that you are not...

Feel the calmness on a quiet sunny day... © ® OKSANA

As the moons fair image quaketh in the raging waves of ocean, whilst they, in the vault of heaven, move with silent peaceful motion...

My Life Is My Message... © ® OKSANA

OKSANA LOVOUSHKA – A artista visual russa Oksana Lovoushka reside no Caribe e reúne seu trabalho visual no MySpace e no YouTube.

My Life Is My Message... © ® OKSANA

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

quarta-feira, julho 06, 2011

LUCIAH LÓPEZ



Imagem: Nu sentado, de Eliseu Visconti

O ERÓTICO INTROIBO AD ALTARE DEI & OUTROS VERSOS SENSUAIS DE LUCIAH LÓPEZ

INTROIBO AD ALTARE DEI

Os meus seios de mar
Em suas mãos
Atlânticas.
Divino espelho,
Mulher de mar.

Algas marinhas
Onde seus dedos tocam.
Verde mar de areia,
No ventre líquido
Que escorre...

Seios de maresia
Flutuam em ondas.
Na sua boca,
Elástica língua
Sobre a perola.
Girando... girando... girando...

Pedaços de espuma
Sargaços convexos na escura gruta,
Alguidar do teu sêmen.

Espuma no vento.
Colisão da noite.
Verde mar azul
No gozo atlântico
Do seu líquido,
Gozo derramado...

LILYTH

Diante do teu olhar
Minha pele arrepiada
Transpira o desejo
E a vontade do teu corpo
No meu.
A minha boca úmida
Entreabre-se flor/cálice
Saciando a sede da tua boca
Enquanto em minhas costas
As tuas mãos, ah, as tuas mãos
Abrem sulcos na minha pele
Fazendo nascerem asas
Asas de um anjo decaído – Lilyth.
Faminta dos teus beijos
Deixo-me navegar
Nas ondas de calor
Que ardem as minhas carnes/vermelhas/sangue
Que te recebe a carne/desejo meu
Que me possui enquanto me alimento
Daquilo que me ofereces – o teu amor
Enquanto juntos, só meu.

AMAR NA MADRUGADA

E amava tanto quE se
perdeu
no vácuo de quem
respira
tranpira sUor de amor
frágil dor
em poesia.
Chuva à meia luz
menina de paixão
seduz
a lua escondida
encabulda, enamorada
sorri um beijo
de erva doce
promessa e ladainha
sonho
imorTal
na
nudEz

das coxas
mãos aflitas
luz
m
o
r
t
i
ç
a
horas quietas
neste

aceno do dia
que lamenta a distância
e a ousAdia
deste olhar lascivo
na madrugada
uM só
s
u
s
p
i
r
o
enquantO ama...

AMOR


Abre a tua mão e passeia sobre mim
com a tua existencia
até onde a loucura inicia.
Abre os poros da minha pele
fazendo arder a carne que te deseja.
Passeia sobre mim...
Passeia com teus cavalos de fogo
pisando os meus seios
abrindo feridas famintas
sangrentas...
Passeia sobre mim...
Passeia com teu olhar de anjo
e devora-me com tua boca
até minha alma abster-se
de toda luxuria e entregar-se
mansa ao teu prazer.
Passeia sobre mim...

CORPO NU

Do teu corpo nu, eu sou a sombra.
Quando se separa a pétala do cálice
Nesta dourada taça
Que me oferece
E no verniz das ceras que te revestem.
Do teu suor, eu sou o sal.
Que inexoravelmente arde tuas feridas
A meia noite enquanto te impregnas
Desta ardência nervosa que me atrevo a te entregar.
Do teu fôlego, eu sou o ar.
Que imperceptivelmente te alimenta
Enquanto executas pensamentos devassos.
Do teu sangue, eu sou a vida.
Que te escorre em fontes omnímodas
E alimenta a voracidade vermelha das minhas entranhas.
Dos teus sonhos, sou a alegoria.
Incógnita hibridez da tua lascívia
Para sempre inscrita na tua memória.

CORPOS NUS

Antes que o dia escorra
luzes
pelos nossos corpos nus,
possua-me!
Eleva-me no teu delírio,
gozo da tua alma
entrelaçada à minha.
Somos um só
neste êxtase de sons,
murmurios e gemidos
que adentram o silencio
da madrugada.
Navega na minha pele,
tão sua
enquanto meu, o teu corpo nu.
Arrebata minha lucidez
com teus beijos
na minha boca
trazendo à tona todo desejo
que te tenho.
Ama-me
antes que o dia acorde
e traga o sol
e o vento sopre acalmando
todo calor do meu corpo.
Ama-me.

ENTRE SANGUE E AMOR

As tuas mãos ardiam a minha pele
Enquanto a tua boca me passeava céu e inferno
Do meu corpo alucinado.
Norte e sul do minha existencia
Se rasgando no atrito irrestrito
Do teu corpo sobre o meu
Expondo a fêmea que te devora
E chora um prazer ilimitado
Meu corpo te pertence
Agora que teu beijo
Provou o sabor do meu sangue
Doce veludo na tua lingua tesa
Que incendeia e acalma
A fúria que te cavalga homem/centáuro
Que me possui entre o silencio e um grito rouco
De dor e prazer.

MALÍCIA

Vento de vendaval
Descobre a nudez do deserto
Faz passear os olhos que me olham
Na curva das minhas costas...
Escorrega as suas areias pelos meus labirintos
E desenhando um nome na minha pele nua
Crua de desejos e malícias
Acorda a fêmea que há em mim.
Açoita minhas coxas
Desça pelos meus seios sucumbindo amores
Em meus ouvidos
E calores nos meus infinitos gozos.
Vento de vendaval
Sopre o calor sobre mim
Vertendo o suor de cada poro
Sal para sua boca
Vida para seus sonhos.

MEIO DIA/MEIA NOITE

Dias brancos...
Passeia-me o sonho
Nestas pétalas desabrochadas
Ante o teu olhar de verdes estações
Nuances do meio dia/meia noite em teus braços
Hora de magia
Hora nossa...
O que olha agora, amor meu?
O que vê no espelho dos meus olhos?
É isso, uma flor que se abre
Aos teus carinhos?!
Ah, meu amor
Atiça-me o desejo
Na maciez da tua pele e o cheiro
Do teu desejo alucina...
Me solto e te acompanho
Enlouquecida te possuo
E te cavalgo
Feito amazona nua
Faminta do teu amor...
Cavalgo-te enquanto olhas o meu olhar
Enquanto me sacio cravando as unhas no teu peito
Vertendo o teu sangue
Que minha língua lambe
Fazendo adocicar minha boca
Cada vez mais ávida do prazer.
Tuas palavras em meus ouvidos
Pedindo-me, me fazendo cada vez mais alucinada
Nesta entrega sem pressa
Nesta magia onde nossos corpos
Fizeram-se um só
Somos e fomos além do universo
Num gozo abençoado
Numa explosão de puro amor
Só nós dois, amor, só nós dois.
Só nós dois...

O MEU DESEJO

Minhas mãos tremulas e suadas
Num desatino rasgam suas roupas
Expondo teu corpo, teu cheiro de homem,
Objeto do meu insano desejo...

E percorrem numa ânsia louca
Desvendando teus segredos,
Arrepiando ao leve toque os teus mamilos
Sedentos de meus lábios...

Tua pele quente se oferece às minhas carícias
Loucuras, doçuras, canduras, fantasias, desejo de amar.
E nesta fome do teu corpo, nesta sede da tua saliva
Afogo minhas fantasias refletindo-me em teu olhar...

Minhas mão te possuem. Te tocam
Conhecem e sentem o teu desejo de me amar
Enquanto me faço amada e amante
Saciando meu corpo
Nesta cavalgada sem tréguas...

Eu te possuo enfim...
Por um momento sou dona do teu prazer
Te sinto em mim e
Eu sou dona do teu corpo,
Dona do teu ser.
Dona...
Dona do teu amor...

E quando extenuada defaleço em seus braços
És meu dono, amor
Meu único dono...

VELUDO

O teu calor me persegue
serpente de fogo,
queimando minha pele
enquanto me despe de poudores/odores
Tuas mãos me desenham,
fêmea/mulher tua
agonia e êxtase
na pele nua/veludo.
Tua boca beija/beijos
escorregados
indecentes
molhados
florescendo
orvalhando meu corpo.
Teu sussuro entre/dentes
traz a loucura do gozo
iluminando os poros
acendendo meu olhar dentro do seu olhar
no momento em que a tua boca se aproxima
e beija a minha...

LUCIAH LÓPEZ – A escritora Maria Lúcia Lopez Ribeiro que adotou o pseudônimo de Luciah López edita o blog Palavras de Vidro, integra a Poetas Del Mundo e reúne seu trabalho literário no Recanto das Letras. Esta a nossa homenagem pela passagem no dia de hoje do seu aniversário. Parabens, poetamiga.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

sábado, julho 02, 2011

ZINE TATARITARITATÁ



ZINE TATARITARITATÁ – Já está circulando tanto o impresso como online (versão em arquivo pdf) a mais nova edição do Zine Tataritaritatá. Confira.







Os interessados em receber gratuitamente o zine impresso ou online (em arquivo pdf) é só enviar um mail para contato@luizalbertomachado.com.br com endereço de envio.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.