domingo, outubro 12, 2014

VAMOS FALAR DE SEXO!


... aproxima-te mais!
Mais perto!
Perto!
Tão perto
Que tuas palavras saiam de meus lábios...
(Rudolf Peyer)


POR QUE NÃO FALAR DE SEXO? – Ora, ora! Já fomos longe demais com os mitos e tabus que transitam sobre a dimensão sexual. Vamos quebrar todas as barreiras, afinal já dizia Simone de Beauvoir: “A mulher só se torna mulher sob o olhar de um homem; o homem  só se torna homem sob o olhar de uma mulher. O que isto expressa é exatamente a reciprocidade em que um se descobre por meio do outro”. Então comecemos a falar do corpo: o templo da nossa alma. É preciso dar prazer ao corpo para sermos felizes.

O CORPO SOB AS MAIS DIVERSAS ÓTICAS – Já dizia o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano: “A igreja diz: o corpo é uma culpa. A ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. O corpo diz: eu sou uma festa” (Eduardo Galeano, Janela sobre o corpo).

AFINAL, O QUE É O ORGASMO? – O orgasmo é a fase denominada de reação orgásmica por Kaplan e de orgasmo por Master e Johnson, sendo objetivamente caracterizada pelo quadro miotônico das contrações musculares reflexas. Subjetivamente é marcada pela sensação de prazer sexual, perda da acuidade dos sentidos, sensação de desligamento do meio externo, e referida por Kinsey como “la douce mort”. No campo neurológico, domina o sistema simpático.  Segundo Ricardo e Mabel Cavalcanti, não é só um reflexo biológico caracterizado por fenômenos físicos bem definidos, tendo como componente psicológico a percepção prazerosa de um clímax que coincide com a fase máxima de incremento da tensão sexual. É também um fenômeno sociológico na medida em que pode ser influenciado por fatores socioculturais. O psicanalista Alexander Lowen (1910-2008), ao desenvolver sua psicoterapia mente-corporal, observou que: “A capacidade de vivenciar um orgasmo total é a marca da natureza apaixonada. É o resultado do acúmulo de um nível de excitação positivo e forte o sufiente para dominar o ego e permitir que a pessoa expresse livre e totalmente a paixão plena de seu amor. Num orgasmo como esse não há violência, retenção ou hesitação na entrega do self”.

A DANÇA DOS HORMÔNIOS – Em seu livro Erotismo, sexualidade, casamento e infidelidade: sexualidade conjugal e prevenção do HIV e da AIDS, a pós-doutorada e mestre em Psicologia Clínica, Ana Maria Fonseca Zampieri, traz pra gente a dança dos hormônios: “[...] Sintetizando, os atores hormonais desta dança sexual são: PEA a instigadora. Estrogênio: o caloroso e sedutor. Progesterona: a protetora e psicótica. Testosterona: a lutadora, a agressiva e a caçadora. LHRH: o diretor, o liberador do hormônio luteinizante, perfeitamente capaz de explorar a distribuição de todo esse elenco de atores hormonais. Prolactina: a governanta que desativa o impulso sexual inspirando maternidade e amamentação. Ocitocina: a concorrente subterrânea do contato sexual, a que envolve os casais. Vasopressina:: a que evita que a pessoa se desvie do parceiro e a direciona para a relação. DHEA: contribui para o impulso sexual de homens e mulheres de várias formas, aumentando a libido ao sensibilizar as zonas erógenas para o tato e promovendo odores sexuais positivos. Dopamina e serotonina: a primeira aumenta o impulso enquanto a segunda pisa no freio da busca sexual.  A testosterona aquece, solicita, leva ao desejo, a fantasias, ao sexo e ao orgasmo. O estrogênio favorece a receptividade ou pode esfriar o apetite sexual. A progesterona pode esfriar os adolescentes ou deixar mulheres irritadas e deprimidas pois tem poder de diminuir a sensação genital. Um esquenta, o outro é ambivalente e o outro esfria. São hormônios em suas varias danças para os encontros sexuais entre homens e mulheres”.

A SEXUALIDADE E A EDUCAÇÃO SEXUAL – “A sexualidade pode ser vista como constituída e constituinte de relações sociais; discuti-la, compreendê-la, recriá-la e re-significá-la, obriga-nos a transitar, não só na biologia, mas também na contribuição de estudos na áreas da história, da pedagogia, da psicologia, da antropologia, da sociologia, da moral, da evolução social, da política econômica, da literatura, da publicidade, da mídia. [...] Em se tratando da sexualidade e da Educação Sexual, torna-se imperiosa a busca de um referencial que possibilite analisar e teorizar o processo educativo através de uma teoria critica em termos de campo político cultural. Precisamos ver a educação, a pedagogia e o currículo como campos de luta e conflito simbólico, como arenas contestadas na busca da imposição de significados e de hegemonia cultural”. (Jurema Furlani, Mitos e tabus da sexualidade humana)


A SAÚDE SEXUAL DE ERIK ERIKSON – A saúde sexual é alcançada, segundo o psiquiatra Erik Erikson (1902-1994): “Quando o individuo é potencialmente capaz de alcançar a mutualidade do orgasmo genital e constituído para suportar um certo grau de frustração sem uma regressão patológica”.

A SAÚDE DE WILHELM REICH – Já dizia o médico e cientista natural Wilhelm Reich (1897-1957): “A saúde psíquica depende da potencia orgástica, isto é, do ponto até o qual o individuo pode entregar-se, e pode experimentar o clímax de excitação no ato sexual natural. As enfermidades psíquicas são o resultado de uma perturbação da capacidade natural de amar... e são a consequência do caos sexual da sociedade, que tem sujeitado o homem às condições dominantes de existência... tornando-o incapaz de agir independentemente”.



E vamos falar mais de sexo e sexualidade aqui.




terça-feira, setembro 23, 2014

A MULHER HERÓICA, DE ALLAN B. CHINEN


A MULHER HERÓICA – O livro A mulher heroica: relatos clássicos de mulheres que ousaram desafiar seus papeis, de Allan B. Chinen, aborda temas como a rainha e o assassino: opressão e autolibertação, a esposa guerreira: a retomada do poder, Maria Morevna: os limites do poder, os três ovinhos e poder da intuição, a esposa sábia: astúcia e coragem, a mulher sem mãos: cura e vida selvagem, a mulher que veio do ovo: ressurreição e natureza, as duas irmãs e libertação, Emme e o resgate do verdadeiro self, a mãe e o demônio: retonando das irmãs, a princesa Mayra e Blenio: resgatando o príncipe, entre outras interessantes narrações.


REFERÊNCIA
CHINEN, Allan. A mulher heroica: relatos clássicos de mulheres que ousaram desafiar seus papeis. São Paulo: Summus, 2001.


sexta-feira, setembro 19, 2014

MITOS E TABUS DA SEXUALIDADE HUMANA


MITOS E TABUS DA SEXUALIDADE HUMANA - O livro Mitos e tabus da sexualidade humana: subsídios ao trabalho em educação sexual, de Jumena Furiani, aborda temas como mitos sexuais do corpo perfeito, da diferença do prazer entre teorias, orgasmo, tamanho do pênis, sexo vaginal, estimulação clitoidiana, esterelidade, pílula anticoncepcional, preservativo, ginecomastia, atividade sexual, alcool, iniciação sexual, casamento, adultério, incesto, sexo na terceira idade, pratica sexual, sexo com animais, sexo anal, sexo oral, sexo grupal, lojas eróticas, masturbação, virgindade, menstruação, homessexualidade e bissexualidade. A autora conclui no seu estudo que “É preciso romper com os mecanismos opressores que legitimam mitos e tabus sexuais. É preciso, independentemente de qualquer vivência sexual, dizer não a toda e qualquer forma de preconceito, segregação ou exclusão social. É preciso posicionar-se claramente contra a contraditória hipocrisia social que dá mais valor às práticas sexuais hegemônicas do que o valor humano das qualidades e caráter pessoal. É preciso ter a coragem para tornar a escola e a universidade, locais de critica latente e de pensamentos de resistência, buscando através de uma educação sexual sistemática, a superação de estereótipos e de todas as formas de preconceito. É preciso vislumbrar a entrada de um terceiro milênio, com uma postura mais digna e corajosa de defesa dos direitos humanos e, portanto, politicamente engajada na busca de uma cidadania real, sexualmente plena e feliz”. 


REFERÊNCIA
FURIANI, Jumena. Mitos e tabus da sexualidade humana: subsídios ao trabalho em educação sexual. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.


quinta-feira, setembro 18, 2014

GINOFAGIA DA PUTONA



PUTONA

Luiz Alberto Machado


Começa bem cedo
A sua tentação
A lamber meu cambão
No maior dos chamegos

Abocanha sem medo
A língua em tição
A beijar meu vergão
Sem fazer arremedos

É meu pau seu folguedo
Sua degustação
Na maior felação
Em meu todo torpedo

Aumentando o enredo
É no meu mastro
Que ela faz o seu lastro 
Pra meu desassossego

Nela mais me aconchego
E não dá distração
A mostrar seu bundão
Pros meus apegos

E eu vou de arrego
Hasteando bandeira
Na maior meladeira
Esfregando seu rego

E me faz de seu nego
Com uma rebolada
E sua mão alada
A me amolegar

E mais quer se esfregar
Ai ai ai u-lá lá

Aí eu soçobro
E mais eu lhe cobro
Dobro a aposta
E se ela gosta
Arrosta na trela

Dou picada bem nela
Agarrado à titela
De gemer todo cio
Aí me aproprio
Eu enfio, ela blasona
Feito gostosa putona
P´reu só macular

Ela quer copular
E diz mais: - Castiga!
Na maior das mangingas
A me enfeitiçar

E me a faz empurrar
Contra a parede
E ela pronta, adrede
Aceita a vergasta
Ela nem se afasta
Se achega mais tanto
Até por enquanto
Me dar a cara à tapa

Ela não me escapa
Tô bem todo nela
Ô safada cadela
Na sua caçapa

A gente se engata
Maior sacudida
Até ser bem fodida
No maior randevu

Botei tudo em seu cu
No maior arregaço
Chega senti seu regaço
Gostoso e quentinho

E no seu escaninho
Enfiei o pau na rodeira
E ela mais que bundeira
Pediu mais, que gulosa!
Pra melhorar minha prosa
E gozar como em choque
Já me fez seu reboque
Na maior guloseima

E eu todo boleima
Gozei todo esturro
Enfiei mais casmurro
Até encher o seu pódice
Com todo meu códice
Dela sorrir satisfeita
Como quem fez a colheita
Com a maior cara de anjo
Que deu pro marmanjo
A maior safadeza

Ela não sai ilesa
Mas toda dadeira
Me deu a chaleira
Do bico apitar.

Ah, na maior cara lisa
Feliz boa fruta
Bem manhosa me avisa:
- Ei, eu sou sua puta!!!!!!

Veja mais Ginofagia.