domingo, novembro 30, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: S, de Antonio Louro.

CLOSE

Luiz Alberto Machado


Ela é linda no coração dos meus olhos onde em folia abre alas com toda permissão de passagem, invade destemida em sua quietude mansa até desalojar o meu íntimo para se ocupar com o meu próprio despejo.

Não satisfeita rouba a minha identidade e descarta a minha gana desmemoriada a ponto de desfiar o flerte só para a mudez da catarse na minha retina.

Ao se apossar revira tudo de ponta-cabeça na correnteza dos delírios sem opção de prumo, restando a certeza de quase mais nada.

E se faz ultrajante com seus olhos e lábios pedintes envolta no negrume da noite insone da minha solidão.

Invade a minha privacidade a dilapidar posses e devaneios, provocando o ermo em sua evasão de álibi inexorável que me faz espantado patético quando se dá refratária às minhas investidas, como se eu deparasse a intransponível quarta margem de rio a desdizer de sonho, loucura e erro.

Ao menos vem circunspecta mais vingativa desmanchando a cobiça de sua efígie emoldurada na idéia enquanto sou mãos carentes de seu afeto e insisto em tê-la mesmo que seja impressão nas águas apenas refletida no prazer de matar minha sede.

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sexta-feira, novembro 28, 2008

DERINHA ROCHA



DERINHA ROCHA
Hoje é o aniversário da Derinha Rocha.
Aqui eu não poderia passar em branco. Principalmente porque ela tem sido nos últimos 3 anos uma das parceiras mais presentes nas minhas páginas, além de ser a maravilha em forma de gente do meu coração.
Tenho que manifestar aqui, para ela, a minha gratidão.
Foi ela quem fez todos os clipes das minhas canções e poemas que estão no Youtube, MySpace, Vimeo e Videolog.
Foi ela quem fez todas as fotos da minha Home Page.
Foi ela quem tirou a maioria das fotos dos posts daqui, como os painéis para posts de todos os meus blogues e muito mais: fez um sonho lindo para encantar o meu coração e a minha vida.
Não poderia ser diferente, senão: muito obrigado, Derinha lovalinda. Obrigado por tudo.
Como presente, trago um poeminha:

UMA CANÇÃO PRO MEU AMOR

Luiz Alberto Machado

É quando a tarde é mansa que o meu desejo acende com a gula de querer além da conta toda a sua inexprimível sedução.

É quando vou esfaimado mergulhar no seu riso de sol vasto porque nasci destinado a amá-la completa e indecentemente.

É aí que me atiro mergulhando nos seus olhos de mar que me dão seu sexo fulgurante e desesperado que emerge do seu jeito nu e completamente minha clamando com o remexido de sua dança sensual onde sou suicida de suas montanhas mais que ambicionadas.

É quando me jogo e subo por suas pernas onde semeio minhas lambidas que rebenta na minha obscenidade inescrupulosa de retê-la toda para mim até repousar no seu ventre fuviando ao alcance da minha assanhada posse demoradeira sem regresso.

É quando me extasio na sua reluzente boca que me engole varada de astúcias e bebe do meu sobejo e brinda festiva até ficar lavada por meu sêmen para sufocá-la com a minha euforia.

É quando você se faz meu abrigo porque descobri sua concha que levo comigo e me faz esfaimado hóspede que deprava seus desejos ignorando o futuro, penetrando a sua solidão e mantendo o seu trote delicioso e interminável.

E se me fosse dado o poder de refazer tudo que já fiz, eu queria nunca ter que ir embora. Mesmo que fosse tarde, mesmo que fosse nunca, ou jamais.

E se me fosse dado o poder de sonhar de novo tudo o que sonhei, jamais queria acordar, mesmo que a vida me dissesse para não valer.

E se eu tivesse que vencer um dia o invencível, só queria vencer toda sua querência quando me dá o que é para mim de nunca acabar

Porque eu tenho a sua flor e não quero que ela seja cinza na minha mão.

Porque eu tenho o seu beijo tatuado na minha alma e não quero jamais que a solidão me ensine que tudo um dia basta.

Porque eu tenho a sua dor e sorri para que nascesse o sol sempre na nossa entrega.

Eu recolhi a sua lágrima e a gente rio caudaloso que se esvaia em desejos e desencontros.

Eu vivi o seu sonho e fui com seu desespero onde tudo é o que não tem pra onde ir e ficamos juntos porque eu sempre tive a sua pele na minha alma como se nunca fosse possível arrancá-la, levando a vida que pude ter para viver.

Porque na gente a dor não vai durar pra sempre pelo que foi ou jamais será só porque ontem soubemos nos alimentar do irrefreável prazer.

Porque o azul nos salva dos abismos. E eu enlouqueci me refugiando no seu mangue irremediavelmente delirante a me fazer percorrer por seu sangue os sonhos de cão sem dono que tenho tudo na sua triunfante teia de amor impossível.

Em nós nunca caberá o aceno do adeus porque estou perdido das lembranças a me enfincar incendiado no fogo eterno de seu ser que é meu e é todo de maravilhas.

Aos saltos meu coração implode tudo e rebenta nos seus seios para que eu seja as labaredas acesas ressaltando seus dotes para sempre a me dar todos os versos e a me entregar todos os poemas. E me faz seu amo a recolher toda minha poesia saindo de sua carne e eu como bicho morto de sede e de fome miseravelmente apaixonado.

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quinta-feira, novembro 27, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Perfect, de Paulo Almeida – Pasma

ÂNSIA DO PRAZER

Luiz Alberto Machado

Quando me projeto sobre a plataforma espalmada do teu corpo provocante com jeito de façanhosa adefagia, de amorável jácea devorante, de exuberante calim tisneira, da nudez ofertada para minha apoteose de ensandecido enamorado delineando a minha sede vulcânica pelo favo que escorre feito sopa da tua fonte minante no desvelo de minha realização ebrifestiva.

Ah é com isso que me faço exorbitante bardo e se agiganta minha tesão de amante excitado e dou provas da minha beligerante vontade de possuir-te sempre inteira até derramar minha vida esborrando meu desejo, esporrando minha loucura e entornando meu gozo para que sintas o benéfico da nossa agonia libidinosa, no teu extremo grito de se sentir dominada, explorada, uivando com o meu estertor penetrante para o teu itifalo adorado, saboreando meu gozo delirante e selando com a entrega o nosso amor.

II

Os teus olhos flagraram a apoteose da minha paixão arrebatada dependente de tuas carícias, viciado de teu corpo, excitado com a promessa do prazer total que toda emanação de ti me satisfaz.

Vieste nua e solícita e acariciaste meu corpo em brasa, envolvido na atração recíproca da entrega mútua.

E te acercaste do meu desejo indomável pronto para devorar-te com meu apetite insaciável de sangue quente e possessão irrefreável.

E suspiraste com minhas ânsias e gemidos suplicantes, dominando a loucura de querer-te sempre mais e inteira, cavalgando majestosa por todos os meus furores iminentes.

E me entregaste a oferenda do gozo máximo para tornar-me escravo da tua delícia, servo de teu sabor, refém da tua explosão mágica de prazer.

E dominaste minha alucinada exacerbação povoando minha vigília e todos os meus devaneios que porventura possa sonhar.

Ah eu te amo como quem se entrega voluntário à combustão do teu inflamável e delicioso amor.

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quarta-feira, novembro 26, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Eu e Tu, de Marta Ferreira.

PLETORA DOS ANTÍPODAS

Luiz Alberto Machado

A sua nudez se agiganta na minha afeição.

E eu recolho o seu corpo como quem persegue a salvação da vida.

E persigo escalando suas encostas íngremes e latejantes de carne firme, ilha perfumada nua em pêlo, arrepiada com toda a seiva transbordante com cheiro bom de enlouquecer.

E enlouqueço enquanto você se prolonga na alegria do meu coração que se apropria de toda sua esbelta deidade tentadora para deixá-la encurralada nas minhas carícias à queima roupa.

E vou desenfreado pilhando seu corpo que se precipita sobre o poderio do meu falo rijo que lambuza a generosidade do triângulo púbico até a celebração sinuosa da dança pélvica que me arregala os olhos de forma assustadora com seu embalar de felicidade por possuí-la suculenta e depravada.

E na nossa obscena empatia eu vou explorando as minas de ouro escondidas sob a língua sibilante da Britney cheia de imprecações, no regato dos seios que nutre nossa atração recíproca e nossos corpos mútuos, nos pontos de ebulição que acende a clareira de nossa vertigem despudorada, nas nádegas arrebitadas que bamboleia para o meu completo enlouquecimento, na sua guarita onde a minha vontade endurecida mergulha no abismo para que possa hibernar soterrado de prazer.

E na descoberta da delícia, vou investindo com lambidas ferozes cada fatia da deusa do meu panteão, minha suméria Nammu que pariu o céu e a terra no caos enquanto o meu sexo guerreiro golpeia e empurro com estocadas loucas cerrando os dentes, penetrando sua alma como um cavalo selvagem que atravessa o seu gemido gutural apertando meu membro no prazer crescente e inevitável, até transbordar todos os impulsos e peripécias do nosso bom bocado onde o bumerangue vence a parada de todo quilate de sua satisfação tantalizada.

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terça-feira, novembro 25, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Naked Lights I, de Nuno Belo.

PECADO

Luiz Alberto Machado

Lá vem ela deusa viva nua e linda, atiçando meus pecados mais libidinosos.

Vem completamente nua qual princesa atlântica pecaminosa com seus olhos sedutores de pôr-do-sol.

Vem das altitudes andinas dos desejos luxuriosos com a graça da ninfa tropical resplandecente, pesunhando meus castigos com a aranhola das ridentes manhãs.

Vem. E vem altiva musa nua pronta para o melhor pecado dos mortais.


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segunda-feira, novembro 24, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Volúptia, de Nuno Bernardo.

MOTO PERPÉTUO

Luiz Alberto Machado

É na cadência de tua ginga possante de refratária deusa que vou sirene alerta a errar afoito na poesia que se derrama da sinuosidade das ondas de mar de tuas ancas revolutas, delírios da vida, porto de amar.
Eu já não sei de nada e perco tudo no encalço do rabo-de-arraia que se alheia flores do campo, aroma perfeito que faz-de-conta no inferno da minha insônia, no meio do moinho desse carrossel que é suíngue da carne como oblação que arde relembrado desejo no Jardim do Éden da minha luxúria.

Ah sesso que me corrompe obcecado e que vou pronto para compor a harmonia de nossa melódica dança obscena, quando se mostra eivada de pecados de terra e céu virando minha cabeça num espetáculo fantástico que se faz afrodisíaco na minha idéia para o meu permanente estado de graça na primeira lua em torno da tua cintura ondulada de toda perversão gostosa de teu balanço formoso.

Ah culatra da serva de Afrodite que manda ver num passe de mágica o verdadeiro simulacro no golpe sutil do teu charme coroando o amor e as nossas delícias na mecânica da sedução demarcando o moto-perpétuo do prazer e sexo encarnado ao meu toque no menor movimento das coxas que cede terreno, desimpedida pro meu paroxismo prestes a derramar em profusão no terreno baldio da tua exacerbação.

Ah, minha Paulina, crédula matrona, sou teu mortal admirador acrimonioso disfarçado do deus Anúbis no nosso sagrado intercurso convoluto na captura desenfreada da convecção que se aventura tocha ardente transpondo limites pelo trajeto do teu insubmisso bordejar remexendo o quadril que estremece de desejo no frêmito do prazer.

Ah pódice de hetaira cheia de graça que triunfa por tantas demandas profusas na matéria-prima do esplendor de toda maravilha do corpo esbelto agitado em convulsão para que eu seja nuvem de chuva na tua terra desejada de alcatra indulgente cumulada dos excessos da corrente tempestuosa e perversa a me afogar na maior tentação de umbral onde o predador faz ajuste de contas para que a serpente hiberne voluntariosa na gostosura do teu esconderijo sacralizado.


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sexta-feira, novembro 21, 2008

SONIA DELSIN



Imagem; nothing to say... de Lili.

OS VERSOS VOLUPTUOSOS DE SONIA DELSIN

GULOSA

Se os olhos contam pra que mentir?
Pra que ocultar o que conta o olhar?
Gulosa de abraços.
De beijos.
De corpos que fazem laços.
Por que ignorar o que o corpo vive a cobrar?
Gulosa de amar.

SOU SUA

Eu não o quero de joelhos
implorando.
Ó não!
Mas o quero a meus pés
me adorando.
Me beijando.
Alisando minhas coxas.
Quero suas mãos nos meus quadris.
Meu corpo lhe chama.
Vem, me ama.
Sou sua, lhe quero.
Eu sei que também me quer.
Sou sua mulher.

GOSTO

Gosto de me sentar no seu colo
quando suas mãos deslizam
pelas minhas costas
e suas carícias me deixam louca.
Gosto de beijo na boca!
Gosto de carinhos ousados
Quando ficamos enroscados.
Somos tão apaixonados!
Não podemos viver separados.
Gosto de sua pele
se eletrizando
ao meu contato.
Gosto de seus olhos
nos meus
a dizer-me tudo.
Gosto de me sentir desejada.
Gosto de seu corpo quente.
Exigente!
Vivo, presente!
Gosto de seu jeito de ser.
Gosto de você se entregando,
me esperando...
aguardando meu maior prazer.

SONHO ERÓTICO

Sonhei com seu olhar sobre mim despindo-me.
Sonhei seus lábios procurando os meus.
Suas mãos nos meus cabelos.
Seus pêlos.
Nossos corpos nus...
o encontro de nossos corpos ávidos de amor.
Sonhei paixão de uma hora. Duas.
Sonhei possuir-te, ser possuída.
Entregar-me à sensualidade.
Entregar-me às luzes todas.
Cortinas azuis.
Abajur.
Frases de amor... procura... encontro.
Sua voz sussurrando meu nome... que delícia!
Só foi um sonho... uma quimera.
Lembrança de outra era.

TREMO

Ao ver-te eu tremo.
Sob teu corpo eu gemo.
De prazer.
Ah, de prazer!
Tu tens uma pele que se casa com a minha.
Eu que vivia tão sozinha.
Tens uma boca.
Uma boca tentadora.
Tens uns olhos que me queimam.
Tremo.
Tremo ao ver-te.
Sei que estaremos juntos.
Que sentirei todo teu corpo colado ao meu.
Sei quão bom será.
Sei que nos veremos de novo.
De novo e de novo.
Sei que me fazes tremer.
E que me matas de prazer.

TEU GOZO

Como é gostoso teu gozo!
A maneira como diz.
Ai, como sou feliz!
Teu gozo é meu gozo.
É minha alegria.
Quero esta festa todo dia.
Esta festa dos desejos.
Esta festa de nossos beijos.

SONIA DELSIN edita os blogs Poemas Gerais e Poemas Variados. Confira.

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segunda-feira, novembro 17, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Falling in love, de Angelica.

CHEGADA

Vieste na hora exata / Com ares de festa e luas de prata / Vieste com encantos, vieste / Com beijos silvestres colhidos pra mim / Vieste com a natureza / Com as mãos camponesas plantadas em mim / (...) Vieste me dando alento / Me olhando por dentro, velando por mim / Vieste de olhos fechados / Num dia marcado sagrado pra mim / Vieste com a cara e a coragem / Com malas, viagens, pra dentro de mim, meu amor” (Ivan Lins/Vitor Martins, Vieste).

Tens no olhar, morena, laços, ai! (...) sou fraco quando te vejo, teus olhos me roubam a vida!” (Cantiga de domínio popular recolhida por Tião Carvalho, Páginas serrano-catarinenses).

Luiz Alberto Machado

Ela vem nua e linda com os olhos que roubam a minha vida.

Nua e linda ela vem e veio como quem havia de alcançar a última esperança perdida.

E eu a tomei tão contida como quem chega de um fiapo de luz e se faz de bem acolhido com a querência de terra revolta no ventre pegando fogo, lábios tremendo de rogo, o sexo de fora e o olhar de desmaio, os desejos todos num balaio com relevos da carne de peitinhos empinados e nenhuma rédea no juízo.

E nua e linda chegou com gosto de saudade.

De lembrança de coisas guardadas e sentidas.

Chegou e ficou resolvida a morar pro resto da vida dentro de mim.

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segunda-feira, novembro 10, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Nice & Smooth, foto de Hugo Macedo.

CANTIGA (uma canção pro tobogã do amor)

“(...) Mas a noite é nua, e, nua na noite, palpitam teus mundos e os mundos da noite (...) brilha toda a tua lira abdominal. Teus seios exíguos – como na rijeza do tronco robusto dois frutos pequenos – brilham. Ah teus seios! Teus duros mamilos! Teu dorso! Teus flancos! Ah, tuas espáduas! (...) Baixo até o mais fundo de teu ser, lá onde me sorri tua alma, nua, nua, nua”. (Manuel Bandeira, Nu).


Luiz Alberto Machado


Esta canção vem de longe, muito longe lá onde amanhece o leste carregado da missão de Verne e do espetáculo de Wakeman.

Esta canção vem de longe para ser sua mulher que se insinua e que me refugia nua e me mata com essa graça que tem no clarão do riso de formosa princesa, a mais linda entre as lindas, com o fogo do beijo de divina beldade musa de todas as minhas canções.

Esta canção, falo em você pelo tobogã da vala eqüidistante entre Natal e Porto Alegre na atlântica ondulação maravilhosa do prazer: a vértebra que serpenteia como a luz para a noite e o sol para o dia.

Esta canção é toda festa no prólogo inflamado de segunda pra terça quando chego pidão que pede porque carece jogado pela lombada do Oiapoque ao Chuí do seu jeito de engatinhar nua ao meu redor.

Esta canção é só armadilha de terça pra quarta quando meu relho é pontaria exata no lombo de tigela boa da cauda do cometa onde vou desenhar a poesia do eterno coito presente em todas as ânsias, marcante em todas as expectativas.

Esta canção é só captura de quarta pra quinta quando o meu anzol fisga sua carne fresca e vou fundo sem cessar fogo para me lavar com nossa lama, escorrendo pela formosura do seu agoniado colo erguido quebrando tudo no peito com chamegos safados no incomparável remanso da sua inevitável sedução.

Esta canção é só luta corporal de quinta pra sexta quando na sua esfíngica tentação de devoradora devorada, se estraçalha com minha língua no seu fogareiro de divino manjar, jóia da mais alta valia entre as pernas, retrato falado do milagre e da maravilha.

Esta canção é só tempestade voluptuosa de sexta pra sábado do nosso devaneio hípico e eu alazão fogoso devasso comendo no centro incapaz de escapar e à maneira insensata principia e brilha maior reluzência porque é impossível poupar do veneno que inebria e eu sou todo embalado pelo cheiro e sabor do seu sexo.

Esta canção é só recomeço puxando prima e bordão de sábado pra domingo até que chegue nas nuvens capitulando às minhas investidas de segunda pra terça e chegando na quarta se fazendo manha porque quinta se abre em flor que me cabe inteiro na sexta e eu carrego no sábado de novo e peço bis no domingo, e pedimos bis um ao outro no dia seguinte, toda minha e todo seu até presentear todos os dias com os acordes finais pirotécnicos fatais do último movimento sinfônico do nosso dilúvio de prazer.

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domingo, novembro 09, 2008

SOLIDARIEDADE PARA AS MULHERES



Imagem: Linhas de uma alma invadida, foto de Daniel Oliveira.

HOMENS UNIDOS PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRAS AS MULHERES – Uma campanha para lá de importante. Assinei e convoco você a assinar. Acesse o site Homens pelo fim da violência contra as mulheres.

OBSERVATÓRIO DA MULHER - Criado com o objetivo de contribuir, resgatar e tornar visíveis as lutas das mulheres no Brasil, está no ar o portal web Observatório da Mulher. O portal se propõe a dar suporte e mais visibilidade aos direitos das mulheres, a democratização da comunicação e a veiculação de informações sob o ponto de vista feminino. Além de publicações e artigos que avaliam as políticas públicas sob a ótica de gênero, o portal mantém um espaço de denúncia de programas que fazem mau uso da mulher na mídia. Endereço do portal e outras informações:www.observatoriodamulher.org.br/.

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segunda-feira, novembro 03, 2008

CRÔNICA DE AMOR POR ELA



Imagem: Doirado, foto de Paulo Vieira.

O ALVO DO PÓDICE

Luiz Alberto Machado

A tua nudez esurina da vida afia as errâncias a rutilar como esmeralda cobiçada ao alcance da mão.

E linda nua vens impune à flor das águas da volúpia, com o torvelinho de todos os encantos, com os olhos de todas as querências, com a boca de todos os desejos, com o rosto enrubescido de todos os ardores da paixão.

E nua linda pose essa mais safada do teu olhar manhoso que recende o aroma exaltado de fêmea no vício desesperada, indômita e jacente a lamber os lábios da cor de romã, despertando a luxúria e motins nos meus beijos sedentos que invadem querelantes por todos os poderes sobre a tua posse.

Nua e linda, propositalmente sedutora ao me virar às costas, oferecendo a nuca com desleixe e te deixando render de bruços ao meu afago carinhoso.

E roço tua pele com a minha língua teimosa de prazer.

E preencho teus recantos com a minha gula faminta de sempre.

E percorro tua assimetria como quem tomado pela loucura que ambiciona todos os teus tesouros.

Vou adiante e nua e linda erradica a minha timidez a levar-me pelas fagulhas douradas da bola de fogo dos teus janeiros, onde eu inundo com esmero de carícias todos os teus desvãos e exploro com braçadas longas de afago todo o contorno de tua corcova azeitada.

Nua e linda, solícita e emborcada, és o alvo para o êmbulo intumescido rondando na garupa e abrasado de pelejar nos requebros ofegantes de tuas montanhas carnudas.

És inteiramente grácil entre gemidos e delícias a me deixar invadir o teu claustro globuloso, a me deliciar no sesso profuso dardejando firme na tua meiguice espalmada.

E escalo os íngremes aclives de tua popa generosa.

E atiço tuas fantasias mais iminentes.

E me esgueiro na furiosa tempestade da tua entrega para que eu possa saborear da vertigem das alturas, explodindo genioso até repousar sossegado no maciço gracioso de tua carne imantada em decúbito ventral.

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domingo, novembro 02, 2008

REGINA RODRIGUES



Imagem: Debbi #1, de Bernardo Coelho

OS VERSOS SEDUTORES DE REGINA RODRIGUES

YONI

Eu tenho uma vagina que te acolhe,
tenho uma vagina que te conforta,
exatamente do seu tamanho...
Adoro quando você faz hummmmm ,
também amo quando você revira os olhos.
Eu tenho uma vagina que nutre,
Que te sustenta , aperta e segura ...
Meu lindo tigre,
Nesta posição posso falar em seu ouvido,
Tô molhada..
Tô feliz..
Eu tenho uma vagina secreta,
Guardada especialmente para você,
Uma yoni, uma concha , um lugar misterioso.
Tome um banho e me espere ,
Estou chegando.

ME DIZ

Diz para mim...
diz para mim, que descobriu que me quer !
Que tem um chocolate em seu bolso ,
pronto para vir para minha boca,
porém antes coloque na sua ....só para eu sentir seu gosto .
Derrete , derrete, mela, mela,
ai que delicia , você é uma delicia.
Meu lindo tigre..
Vou te dar o melhor sexo , e o maior amor...
Será que tem coração para sustentar?
Prepare-se ... estou chegando em sua vida...
De mansinho, devagarzinho ,
só para você não se assustar.
Fica excitado á noite ? Sou eu , te tocando..
Tem acessos de raiva ? Sou eu , dizendo que estou com outro,
só para te provocar ...com raiva você , transa melhor...
Se sente sozinho ? Sou eu te abandonando , para você sentir saudades .
Meu lindo tigre , vem rosnar essa noite pra mim.
Estou no cio.
Diz pra mim ...
diz que descobriu que me quer,
já comprei os chocolates , só falta colocar no lugar certo.
Tem ideia de onde ?

O QUE O AMOR ME FAZ

O amor faz abrir-me toda ,
desabrochar em flor,
balançar o rabo como uma sereia e
querer mais.
Quando percebi , a boca se abriu,
a libido subiu e
fiquei molhada .
Só porque pensei em você ...
Como posso pensar assim ?
Despertar assim?
Ter me apaixonado assim?
O amor é raro meus caros.
Quando contido nele um grande desejo.
Deixe –me abrir sua calça e
usar minha boca para te fazer feliz,
chame de sua menina ,
enquanto ama meu corpo de mulher.
Com a ponta dos dedos , passo em sua boca linda,
Dar-te-ei um beijo eterno algum dia...
Chéri , que saudade...
O amor é raro meus caros.
Quando contido nele um grande desejo.
Beije meu corpo inteiro hoje,
é noite de lua cheia , época que estou mais excitada,
depois sorria para mim,
adoro seu sorriso.
O amor é raro meus caros .
Quando contido nele um grande desejo.
Um sentimento nobre , convém ter capacidade e
poder para sustentar.

SENSAÇÕES

Quero sentir você , aqui.
Quero sentir você mais perto...
mais quente.
penetre , assim devagar ..... agora forte ,
penetre assim , é perfeito.
Agora a língua , põe para fora, um buquet de sensações !
Experiências nunca sentidas , pois nunca tive coragem.
Mas com você tudo é perfeito !
Deixe que eu me vire, para você penetrar.
Penetre por trás e me agarre pela cintura,
assim,
veja como sou perfeita para você..seu animal.
E , você é perfeito para mim...
ops ....desculpe a lingua não resisti...também desculpe o dedo preciso experimentar.
Que boca linda, penetre um pouco mais.
Preciso te sentir..você é perfeito para mim ...já estou sentindo... só um pouco mais.
Não quero que acabe..
ah! acabou ...já estou com saudades.

REGINA RODRIGUES – a poeta, psicoterapeuta, estudiosa em cristais, professora de yoga e meditação e coordenadora de grupos terapêuticos, Regina Rodrigues, atualmente está voltada para cursos e palestras direcionados para conscientização e realização. Iniciada em cura com cristais na Ilha do sol (lago titicaca) Bolívia, formação acadêmica em cristais com a prof. Angélica lysanti (Brasil), discípula do método de Antonio Ducan, Katrina Raphaell(EUA). Especialista em cura energética iniciada por Rowland Anton Barkley, (Brasil) atualmente seguidora do método de cura energética da curadora Catherine.

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sábado, novembro 01, 2008

ROCHESTER



Imagem: The Deliverance of Arsinoe, c.1560, do pintor do Maneirismo italiano Jacopo Tintoretto (ca. 1518-1594).

A CARNALIDADE DOS POEMAS LIGEIROS DE JOHN WILMOT, O CONDE ROCHESTER

QUARTETO

Quando despeço-me do rei a jeito,
A língua em sua boca e a mão no rabo,
Portsmouth que feche a cona de despeito,
E Mazarino que me beije o rabo

Quando o rei da Inglaterra em mim se aninha
E a minha cona com seu pau labuta,
Um peido mando para Nelly, essa putinha;
Dane-se Mazarino, a grande puta!

UMA PUTA

Ela era de tal modo uma puta,
Que antes mesmo de nascer
Virou sua boceta, diminuta,
Para a ambas o pai foder.

Era uma puta precoce e consumada:
Deu no ventre da mãe uma guinada
Tal que juntou cona a cona e, maravilha,
O pai fodeu conjuntas mãe e filha

JOHN WILMOT – O CONDE ROCHESTER (1647-1680), segundo José Paulo Paes, celebrizou-se como um dos mais dissolutos cortesãos de Carlos II e deixou um bom numero de poemas ligeiros, de uma carnalidade sem rebuços. Além disso ele assumiu perante a espiritualidade a missão de divulgar e solidificar a doutrina espírita, revelando ao mundo material as leis que regem o universo, elucidando e desmistificando, assim, os mistérios da então nascente doutrina.

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