domingo, maio 29, 2011

MIRITA NANDI



Imagem: Na mesinha, Ricardo Bhering.

ANIVERSÁRIO DELE


Mirita Nandi


Naquela tarde de quase 10 anos atrás, os seus olhos me renderam, vendida pros seus caprichos, escrava dos seus quereres.

Como eu me perdi de minha própria vontade, não tive dúvidas: levantei a saia, arranquei a calcinha e lhe presenteei. Era aniversário dele.

Com os olhos mais agradecidos ele beijou carinhosamente a minha peça íntima e me tomou nos braços com seus lábios carentes de milênios e se apoderou de mim da minha reluzir feliz da vida.

Nunca fui tão beijada.

Sem fôlego me afastei e ele arrancou minha blusa como quem fugava da prisão condenada de sempre. E abocanhou meus seios como uma dádiva conseguida. E sugou meu umbigo como quem buscava segredos. E lambeu minhas entranhas como quem se apossava da minha vida.

Eu me dei toda pra ele. Tremi e gozei. E mais ele cavoucava o meu íntimo descobrindo todos os meus quadrantes, meridianos, trópicos e subterrâneos. Arrepiou meu alçapão, meus desvãos e fendas. Vasculhou meu corpo até me revirar entregue a todas as suas investidas. E mais tremi, mais gozei por todos os limites da galáxia.

Sem vacilo nem descanso, retomou de tudo e não deu trégua com os látegos de sua língua na minha mais infinita interioridade. Fui toda descoberta, tomada, levada, surrupiada, vilipendiada, até perder minha própria identidade que agora era totalmente sua, inteiramente nua, prazerosamente rua para ele explorar. Espalmada e pronta, fui revirada, seviciada e gozada como quem teve o sobejo do seu sêmen aguada por toda minha carne.

Como um rei vitorioso, ele esfregou seu pênis nos meus pés, pernas, coxas, seios, face, lábios e ventre.

Deixou-me lambuzada de sua água deliciosa que me aguçou a sede e não me contive adunca e necessitada, para devolver-lhe as lambidas que precisava dar para saborear sua carne, seu sexo e seu gozo. Senti-lhe espremer com as linguadas que eu dava em toda sua superfície corporal, a ponto de perceber seu sexo cada vez mais grosso, duro, pronto para me transfigurar enlouquecida de prazer. E mais castiguei sua carne oferecendo-lhe toda constelação estelar do céu da minha boca, até ele ejacular em profusão ronronando como quem esborrava para encher minha boca, garganta, estomago e espaços anímicos, preenchendo meu corpo da vitalidade mais surpreendente. Não me fiz de rogada e deixei-o estendido exangue, satisfeito, extasiado. Até que se fez dormir e eu me apropriando dos seus sonhos. Guardei para mim todos os sabores e líquidos dele. Estava premiada e ele presenteado. Deitei do lado e sonhei tudo aquilo de novo por um tempo indeterminado e pela dimensão do universo.

Enquanto eu navegava na imaginação mais gostosa que um ser humano pudesse ter, ele se aprumou em mim, recuperado e firme, enfiou-me o sexo rijo ventre adentro, indo e vindo, estocadas fortes, eu me deliciando sentindo sua respiração nas minhas faces. Que delícia de possessão a dele, rompendo minhas fortalezas, enchendo a minha volúpia e me tomando inteira de afago nos seios, força bruta entre as coxas servas para lhe servir do que quiser, até me revirar de bruços e mirando firme, penetrou-me sem reservas, agarrado aos meus ombros e impando na minha nuca dada, eu toda rasgada e a me condoer com sua fúria de guerreiro invencível, me dando por vencida até sentir-lhe o gozo quente lavar minha fraqueza de fundura alcançada.

Quedei aliviada quando ele se arrancou de mim e me prometeu novas investidas para deixar-me completamente perdida por seu jugo de meu senhor.

Veja mais no blog da Mirita Nandi.

Confira mais:
Show Tataritaritatá no Palco Aberto ,
Comemorando 5 anos do Tataritaritatá e suas mais de 170 mil visitas ,
a temporada 2011 do Nitolino no Teatro ,
ARTE CIDADÃ ,
PROJETO CORDEL NA ESCOLA ,
TCC ONLINE CURSO
TODO DIA É DIA DA MULHER,
MINHAS ENTREVISTAS

segunda-feira, maio 23, 2011

DIANA BALIS



Imagem: Strong Woman, foto de Marlon Santos Delai

A ALMA SAFADA DE DIANA BALIS

SORVER - TE!

Vem sorvete!
Exposta
Entre dentes,
As gotas,
Aquecendo-me,
Umedecendo o paladar.
Lambendo-te,
Em partes
Suaves.
Derrama-me no rosto
Sensual
Gosto!
Seduzido sentido.
Cai doce
Sorver-te
Na boca
Molhada!
Ingerindo-te,
Fluxo
Amor.

ALMA SAFADA

Dormi de camisola,
E acordei pelada!
Vivo só!
Será que tenho,
Alma Safada?

III

De que adianta brigar?
Enquanto durmo,
Minha alma safada, feliz da vida, marca encontros com você!

V

Seminua bate a porta
Na manhã calada e rompida
O sol invade a alma safada.

VI

Alma safada
Insone ou dormente
Só pensa no amor!

VII

Alma safada como consegue?
Amanheci com a calcinha puxada, qual córrego entre duas montanhas.
Em vez de sair a passear, hoje trouxe o amor para fazer sexo comigo!

A PORTA RECHEIA LOUCURAS

A porta recheia loucuras
A blusa sem alça recai na sua testa
A saia diminuta abocanha a boca sedenta
O corpo treme e a sombra se esvai
Colares despencam peças
Nos íntimos vapores,
Chove na fria madrugada
O tempo revela o amor
No entre braço vem o forte desejo
O alaúde na tarde,
Sente a menção honrosa
Revejo ensaios e navego ilhas
Prevejo a paixão descabida
Vem alimentar a alma com as loucuras
A porta recheia a vida,
Só aventuras.

AMOR E SEXO

O amor aponta o desejo
A marca no gosto da boca apertada
Derrete os lábios e anseios
Na cobiça, abaixo da blusa
Apitam os sinos do castelo
No encantamento da torre de marfim que se eleva
O caminho tortuoso excita a morada e abre-se
Amor e sexo escorrem no córrego da paixão
É turbulência no debate do rio
E esbanjam a vontade de mar
A estreita passagem dá sentido à espera
O tamanho é apetite guardado
O amor é completude no gozo dos astros
Navegam juntos agora as estrelas do céu.

BEIJOS

Beijos, carícias, sedução,
Aguçam o doce céu de sua boca.
Molhados, os fluidos confundem-se.
Em calmas maresias de envolventes ternuras,
Vejo-te aquecendo-me mais ardente.
Sou sua. Inteira, entregue e seduzida.
Repleta rua do seu gozo.

CORPO QUENTE CHAMA

Abraço-te e te seguro macho
Apenas ergo-te na intenção do olhar.
Te pego descalço, subo por tuas pernas
Pelos entrededos, enrolo-me aos teus cabelos,
O desejo já se mostra, somos protuberâncias.
A imagem é rósea, os lábios carnudos.
Lampejos de energias fluindo, indo e vindo.
Esfrego-me,gemo, sou sorrisos.
Apenas serei suave, entregue e sedenta.
Saberia apenas ter-me? Sem indagar-me?
Corpo quente apalpado entre as rochas cindidas chama.
O lago agora borbulha... Serão felizes maresias.
O amor por você soterrado, vulcaniza.

DELÍCIA

A ponta da sedução
Quebra ondas no meu mar
O rosto abafa e gritando
Almeja terra, água e ar
Beija-me ardente
Sorrindo eu respondo
Amo, amo, e o engano?
Delícia é doce a jorrar.

DESEJO

Inteiro!
Ao seu peito,
Agarrar-me!
No seu corpo,
Subir e descer.
Cavalgar!
Gemer,
Estremecer e
Suar!
Aguar...
Nua e
Sua!

II

Apalpe-me e alcance-me
Lança-me entre laços
A boca carnuda ao compasso
Dança encalço
Aos lábios enfrente-me,
Mulher é passo
Aberta e espreita vida
Aguarei ao sedento sentir
Tremendo, gemo. Agarre-me duro
Caindo suavemente ao canal
A imagem é o desejo carnal.

O JOGO DA SEDUÇÃO

Ela o encontrou no almoço informal.
Seu desejo era lúcido.
Ele negava o afeto, num passado de medo.
As lembranças ficaram para trás?
O tempo amarelou o desejo entre os dois?
Tudo era sensualidade: os olhares, o toque, o beijo.
Os sentimentos dela não se perderam no tempo.
O momento deveria ser de sedução.
Ele escolhe a comida japonesa cálida, porem, era intencional.
Ele não poderia agüentar mais um golpe do destino.
Há emoção brotando. Ela de novo em seus braços?
Diferente dos sonhos da adolescente apaixonada que partia,
Ela imaginava o encontro amoroso com alegria.
Ele pensava num jeito de fazê-la esquecer.
Ela o queria lembrando de tudo!
Sua comida quente eram os frutos do mar,
E muitos morangos com calda de chocolate na sobremesa.
Ela levantou-se ao toalete seduzindo-o
Ele observa-a tímido e desejoso,
Ela voltou e entregou-lhe um pacote,
Ele não poderia abri-lo naquele momento!
Eles se despediram.
O seu corpo encostado aos seios dela ofegante.
Grande sensação, as lembranças dos corpos colados,
Coxas e abraços na sensualidade, o desejo vingado no beijo.
Ela abanou os braços na despedida silenciosa.
Ele entrou no carro e sentiu o pacote macio e leve.
Sensual, ela estava de vestido curto,
Ele agora a desejava.
Lembrou-se, quem era ela?
A sua nua mulher,
Presenteou-o com a calcinha.

DIANA BALIS – A escritora, psicóloga e professora de teatro e musicalização infantil, Diana Balis, é diretora do Grupo Conto & Cena, publica seu trabalho literário no Recanto das Letras e edita o blog Diana Balis.

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