segunda-feira, novembro 03, 2008
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Doirado, foto de Paulo Vieira.
O ALVO DO PÓDICE
Luiz Alberto Machado
A tua nudez esurina da vida afia as errâncias a rutilar como esmeralda cobiçada ao alcance da mão.
E linda nua vens impune à flor das águas da volúpia, com o torvelinho de todos os encantos, com os olhos de todas as querências, com a boca de todos os desejos, com o rosto enrubescido de todos os ardores da paixão.
E nua linda pose essa mais safada do teu olhar manhoso que recende o aroma exaltado de fêmea no vício desesperada, indômita e jacente a lamber os lábios da cor de romã, despertando a luxúria e motins nos meus beijos sedentos que invadem querelantes por todos os poderes sobre a tua posse.
Nua e linda, propositalmente sedutora ao me virar às costas, oferecendo a nuca com desleixe e te deixando render de bruços ao meu afago carinhoso.
E roço tua pele com a minha língua teimosa de prazer.
E preencho teus recantos com a minha gula faminta de sempre.
E percorro tua assimetria como quem tomado pela loucura que ambiciona todos os teus tesouros.
Vou adiante e nua e linda erradica a minha timidez a levar-me pelas fagulhas douradas da bola de fogo dos teus janeiros, onde eu inundo com esmero de carícias todos os teus desvãos e exploro com braçadas longas de afago todo o contorno de tua corcova azeitada.
Nua e linda, solícita e emborcada, és o alvo para o êmbulo intumescido rondando na garupa e abrasado de pelejar nos requebros ofegantes de tuas montanhas carnudas.
És inteiramente grácil entre gemidos e delícias a me deixar invadir o teu claustro globuloso, a me deliciar no sesso profuso dardejando firme na tua meiguice espalmada.
E escalo os íngremes aclives de tua popa generosa.
E atiço tuas fantasias mais iminentes.
E me esgueiro na furiosa tempestade da tua entrega para que eu possa saborear da vertigem das alturas, explodindo genioso até repousar sossegado no maciço gracioso de tua carne imantada em decúbito ventral.
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