quinta-feira, junho 30, 2011

GILMARA JUNG



GILBELA, HOJE É O ANIVERSÁRIO DELA, NOSSA HOMENAGEM.


Luiz Alberto Machado


É ela a bela que no céu de flanela é cobiça pra mim. E no mar do sem fim, ela me espera pro meu naufrágio.

Ágil é ela em me provocar, a se desnudar sem mais pudor. E aberta em flor, deusa cunhã, espera de manhã na beira do mar.

Ela é de arrasar e vou de esperneio, exploro seus seios, o maior maná. É mais que pomar, é panacéia, ninho de colméia para me melar.



E abarcá-la com jeito e com devoção, cerceá-la bem-feito, os seus peitos, a paixão.



Ela é um avião, que seu pouso eu exploro. No jardim do seu colo quero me fartar.



Colher seus semeios e toda profusão. Vou recolher nos seus seios sabores de montão.



Pro meu condão, ela ajeita a calcinha, com toda gracinha pro meu refrão.



Vou pra ação e ela menina desata seus laços, eu faço e refaço pra sua vagina ser o meu regaço.



E passo adiante, galante é seu cóccix, meu alvo seu pódice que me faz um gigante.



É estonteante, ela me dá toda nua, pra que eu a possua, conquistador.



E com todo fervor, não deixo que ela espere, vou fera mais célere me apossar do que é dela.



É pra ela, meu presente em sufrágio e seu apanágio eu faço de meu. É seu aniversário, a festa é pra ela, minha paixão vira ágio, é festa que faço nela. E depois de farto, em deságio, ela tem meu sufrágio e nela em adágio tudo eu dou de fato de meu para ela.



GILMARA JUNG - A modelo gaúcha Gilmara Jung é acadêmica de direito e já foi fotografada para as revistas Playboy e Sexy, entre outras revistas, sites e portais. Ela edita o blog Gil Jung, reunindo seu trabalho no seu site Gil Jung e no MySpace. Confira.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

domingo, junho 26, 2011

CARLOS ZÉFIRO



ZÉFIRO* & O ROL DA PAIXÃO


Luiz Alberto Machado


Eita! Tive acesso aos Catecismos de Zéfiro, quando tarde da noite, eu já me despedia de um papo grupal informal, um amigo adulto do arruado me emprestou escondido dentro de um gibi de super-herói.



Estava eu por volta dos 10 anos de idade, um biltre menino entre os 99 milhões e 900 mil habitantes tricampeões mundiais do futebol, com toda a sacanagem de amolegar a pêia a qualquer momento, pronto para ser um ginófago maior que Sebastião Santiago de Dores de Indaía, virar capa do Pasquim com ar de Fittipaldi estraçalhando de volúpia a Jules Rimet de carne e osso que aparecesse nua na minha frente. Asseguro, eu não roubei a taça, eu só comi em noites de mãos vuque-vuque na peínha de sexo que eu idolatrava. E cantei com a bimba de fora “É canja. É canja. É canja. É canja de galinha. A nossa seleção botou na bunda da rainha!”.



Eram tempos difíceis de moralistas caras-de-pau, TFP, repressão braba, enquanto os Lampiôes de Esquina eram reprimidos e execrados às claras, mas usados e xamegados às escondidas por maiorais da Educação Moral e Cívica. Era desemprego, inflação, carestia, estado de emergência e a polícia baixando a lenha, enquanto Esquadrões da Morte eram idolatrados ao lado de soçaites do Sued. Todos os potentados abusivos davam jeito de deixar como está para ver como é que fica. E eu doido pelas tanguinhas exibidas como Serra Pelada, com mais firulas que Pelé, saltando mais que João do Pulo, catando moças, moçoilas, desgarradas, como se fossem as seqüestráveis embaixatrizes do Japão, Alemanhã e Suíça. Qualquer delas e me esgueirando a solfejar eu só quero mocotó da nega pro meu pau duro embalado pelo “Pra frente Brasil”, “Eu te amo, meu Brasil” e as chamadas de “Ame-o ou deixei-o”. Eu queria mesmo era me achegar nos pendores duma Tereza Batista Cansada de Guerra e nela virar o capitão Lamarca ou Marighela e socializar suas securas, seus desejos, suas minações orgásmicas para o bem de todos e felicidade geral da nação.



Enquanto eu jogava bola e me estrepava arrebentado, abrindo samboques do maior sangreiro nas canelas, arreava na cama para que a tia-prima voluptuosa cuidasse de mim. Quando ela me via naquele estado deplorável, ela me agasalhava com seus braços, deixando meu rosto colado no decote dos seus seios fartos. Ela era muito mais velha que eu, moçona feita, troncuda, carinheira, quartuda, beijoqueira, peituda e acendendo a libido já felliniana assanhada nos meus nervos de não poder ver saia, peitões e pernas torneadas que algo bulia embaixo do calção. Ela sacava minha concupiscência, dava trela. E eu não perdia tempo, não queria desgrudar dela nunca mais.



Foi com a tia-prima Bety, que fui iniciado pela primeira expedição no sexo. Enquanto eu buliçoso ousava tocar seu umbigo para alisar furtivamente sua xiranha, ela se fazia dormir, o que me dava de esgueirar para alisar suas pernas, beijar a calcinha que continha sua bocetona úmida e me enfronhar com cheiros e lambidas por seus ductos rijos e proeminentes noite adentro de nossos quartos. Toda santa noite eu xamegava com ela adormecida dissimuladamente. E no meio dessas traquinagens safadas, certa vez ousei expor o pingulim brabo para roçar entre seus lábios. Eu tremia de medo que ela refugasse. Qual não foi minha surpresa de vê-la lambendo a babada que a minha pica expelia melando seus lábios. Aí esfreguei o pau e percebi que ela abiu a boca pra facilitar minha empreitada, com a língua a tocar suavemente a minha glande expelindo prévios gozos que eu me esbaldei para ejacular inteiro no seu céu palatino. E não fosse minha mãe abruptamente flagrando tudo, eu me esgueraria muito mais naquela suculência gostosa de mulher.



Quando a Bety foi embora expulsa lá de casa, passei vários dias morrendo na punheta e sem conseguir superar sua ausência. Foi quando certa vez desmaiando por causa de uma injeção que saltou agulha na pele do meu braço, que descobri a vizinha que virou a minha Jules Rimet. Pense numa mulher reboculosa! Arre, égua aquela era boa de montar. Cuidava de mim como se eu fosse seu filho e eu me aproveitando todo saído. Cada vez que ela amolegava minha manha, mais eu dengava de ficar só no acorçôo das horas de prazer. Eu sonhava dormindo no rego dos seus peitos, agarrado nela e postado entre suas pernas. Eu sentia meu sexo duro dentro do calção, colado ao seu coberto pela saia. Acordava eu do sonho com a vizinha que me acarinhava afetuosamente e acendia todas as luminárias de Sampa com espoucar de champanhe, fogos de artifícios e tiros de pistola dentro de mim. Vixe, santa! Se ela notava, eu nem sabia, mas eu punhetava ao meu modo horas a fio aquele modo manso de cuidar de mim, agarrada comigo e com toda vitalidade de sua carne bulindo na minha alma. E isso eu já com um bigodinho ralo que eu mordia pelas beiradas da pré-adolescência embaixo da venta. Pentelhos intermitentes, nervos à flor da pele, tudo aceso, pronto para arrebentar o nó do laço frouxo do calção, quando o bico da pêia ameaçava se insinuar na pontinha dos cós, babando mais que a maravilha de ser surpreendido pelo exótico mais deleitável. Certo dia de tarde mormaçada, descobri embaixo da saia, a vagina nua mais apetitosa. Ali não tinha calcinha, nunca teve. Eu me fiz de inquieto e ela nem aí com meus dedos sapecando alisados por suas entranhas. Aí, botei o pênis pra fora e fui de mansinho enfiando na sua intimidade molhada, ajudado pelas escâncaras de suas coxas agora me prendendo o tronco. Uau! Todas as tardes ela me chamava na sua casa e muitas mais gozei dentro dela, na cama dela, até o dia que ela se mudou para casar com um capataz da usina de cana-de-açúcar.



Foi um rio que passou em minha vida. Aí apareceu Marluce numa noite escura atrás do muro do arruado da usina. Ela já com seus 19 anos, assanhada, vistosa, danada e gostosa. Primeiro foram uns sarros com beijos sufocados e apalpadelas. Depois a nudez completa embaixo de uma mangueira nos afastados da vila, com fodas desmedidas de arrepiar o sereno e a madrugada. Certa feita, a gente se arranchando no lugar habitual, quis lhe enrabar inesperadamente. Ela gritou e pulou fora arengando, ajuntando suas vestes e caindo fora para nunca mais. Eu fiquei só de “Bandeira branca, amor, não posso mais pela saudade que me invade, eu peço paz”.



Já com quase 13 anos, depois de muito zanzar à toa pelo baixo meretrício, catando puta para me amufanhar, encontrei uma sem-vergonha gostosuda que foi com a minha cara e topou se agarrar comigo no cajueiro atrás da igreja de São Sebastião. Quando chegamos lá, logo ela se acocorou e rezou forte apertando meu cacete por cima da bermuda. Depois, levantou a cabeça, arriou meu zíper e recolheu entre as suas mãos o meu cajado que foi profissionalmente beijado, lambido e abocanhado numa chupada de encher de estrelas toda a redondeza. Ela insistia buscando meu gozo no sexo oral. E já na horagá, puxei por seus cabelos e trouxe seu priquito rente ao meu cacete e lhe enfiei com vontade dela gemer gozando até arrear desacordada no chão. Fiquei assustado, arrumei os meus guardados e zarpei dali o mais depressa que pude.



Dias depois me vi num salão de beleza, quando conheci a sonsa cabeleireira que me fez passar o maior chá de cadeira até altas horas, para me premiar com a mais acrobata das expressões do Kama Sutra, numa foda ruidosa que durou até o raiar do dia. Tudo começou timidamente com cheiros, afagos, alisados e toques nos meus cabelos, se insinuando com pegadas no queixo, beijinhos nas faces, mão boba na minha perna de quase tocar na minha pêia, olhos fechados, luzes apagadas e uma trepada que ela começou sentada nua no meu colo e, depois, virou mirabolantes investidas, enrabadas, chupadas e gozadas até perder a noção completa da hora. Amanheceu e eu nem me dava conta de nada, a vida prosseguia.



Era pleno São João quando conheci Ezined, uma adolescente da minha idade, doida por mim, com uns beiços salientes, bunda expresiva, uma boceta de cuscuz e umas pernas de bater o mundo e a vida. Ela era virgem e eu descabacei numa tarde de junho, embaixo de uma palmeira na beira do rio. Eu já havia aprendido a guiar e roubava o carro do meu pai para fugir com ela para Pirangi e lá descobrir o seu ponto G. A gente sarrava no capô do carro, quando eu de cunilíngua deixava ela molezinha de se estirar, de bruços, bunda arrebitada pra minha maravilha. Aí ela dizia: - Agora faz o que eu quero e gosto! O que é? – perguntei. – Come meu cu. É assim que eu gozo. Nossa, era presente de aniversário todo dia comer aquela bundinha apetitosa. Dia sim, dia não, a gente fugava pra Pirangi e lá eu emprenhei ela 3 vezes e 3 vezes ela abortou, baixando hospital na internação por dias, até se desvencilhar de mim e nunca mais.



Não demorou muito e eu já estava envolvido com outra como protagonizando o Último Tango em Paris. Ela, a minha Maria Schneider. E eu um Marlon Brando tupiniquim, sem um tostão furado e muito vento na cabeça. Dessa vez me viciei e enrolei de apaixonado. O corpo dela era uma provocação. E eu usava e abusava de todas as formas, oral, anal, vaginal, de gozar nas coxas, nas dobras dos cotovelos e joelhos, nos pés, no sovaco, pelo pescoço, no rego dos peitos e da bunda, contaminado pela luxúria que emanava do sexo por todo corpo dela. Desmedidamente amei e fodi, me emporcalhei nas menstruações, enrabei desinterias, me safei com suas entregas e ejaculei por todas as imundícies e delicias porque seu sexo era a minha vida.



Não discriminei mais, o que caísse na rede era peixe. Estava plena a crise do petróleo e eu combustível farto para incendiar qualquer corpo de mulher. Todo mundo questionava que país era este e eu, sem-vergonha, caçando uma mulher como a repressão no pega pra capar por terroristas procuradíssimos pela Lei de Segurança Nacional. O milagre para mim era fazer a minha pornochanchada pela transamazônica da beldade que me permitisse ser o dendroclasta Rainol Grecco nas suas entranhas e me servindo do seu vinhoto para me embriagar de prazer.



Tornei-me viciado, dependente. Eu queria um corpo de mulher todas as manhãs, todas as tardes, todas as noites. Eu queria devastar sua Amazônia, degradá-la com meu justiçamento sexual, seqüestrá-la encapuzada para sucumbir à minha tortura e explorar cassiterita na sua Rondônia, seviciá-la como o Martinho da Vila Isabel inaugurando a ponte Rio-Niterói no seu latifúndio. Virar um Doca Street que mata de prazer uma Ângela Diniz. Comemorar o sesquicentinário da independência que não houve na sua nudez oara eu fazer farra de raspar o prato, de lamber o tacho e me empazinar de gozo.



A vida para mim era um Império dos Sentidos em todo momento. Era a hora da minha Eiko Matsuda – minha Sada Abe inocente, íntegra e bem-aventurada que será seduzida e brilhará nua e linda como uma capixaba Aracelli justiçada, que vai cair na minha lábia como uma Sônia Braga nua na cena do meu filme, que será uma Claudia Lessin ressuscitada feliz na nossa liberação orgásmica e dançando todos os forrós que eu tocar. E eu farei na sua nudez a guerrilha do Vale da Ribeira e defenderei sua estirpe e invadirei sua terra indígena como os irmãos Vilas-Boas, e cantarei sua deidade como um arauto Teotônio fugando do câncer e da meningite secreta para sacralizá-la no coito exacerbado.



Quando Raoom apareceu, foi cantando pra mim “Abra os braços pra me guardar...”. Eu lhe fiz Paixão Legendária e guardei por anos o amor que foi cometido sobre os birôs, estúdios, motéis e beira de estrada. E eu a fiz mulher como quem vai com o pau elétrico de Moraes Moreira. E lhe dei xeque mate como um Mequinho vigilante e fiz nela a guerrilha do Araguaia. Incendiei seu corpo como o edifício Joelma e dei uma de Fradinho do Henfil nas suas costas que explorei de Cuiabá até Campo Grande.



A Carmen de Bizet foi uma das mordomias que eu tive enquanto gritava Diretas Já: foda na ópera em pleno nascimento da política neoliberal. A gente se engalfinhava no nosso Sambódromo particular: as ruas do Recife. Ela, a cantora lírica à La Elba Ramalho, sensual que só Fafá de Belém, doidona que só Rita Lee, fazia de tudo no malabarismo de pernas, braços e bocas. Tudo começou quando a gente comemorou o campeonato mundial do Flamendo e findou com o choro da derrota do timaço do Brasil com Zico & Cia., depois de nos perder nas cenas dos filmes de Carlos Saura na AIP, de viver na praça do Diário seus arroubos de uma Emmanuelle ressuscitada para se entregar por inteiro num beco da Boa Vista.



Tudo vira loucura quando apareceu a pecadora na sucursal dos meus infernos, com seu jeito Kelly LeBrock na Dama de Vermelho saída da tortura e das prisões de Médici. O seu ar Nossa Senhora de Fátima com carinha de Sula Mazurega, nada mais sonso escondendo a safadeza. Eu, a União Soviética: pronto para papá-la; ela, os Estados Unidos: cheia de amor pra dar. Imperialista, mandona, orgulhosa. A nossa guerra não era fria, era fogo em brasa. Ela tomava pílula para não engravidar. E quando a gente chegava no muquifo, ela se deitava à espera de torturá-la até gozar. É quando ela vira Linda Lovelace no Deep Throat, e engolia tudo que eu tinha de não sobrar nada mais.



Era como a Diná que parecia uma major mandona, cangula dos lábios rubros, batom vermelho, corpo escultural, ameaçando raptar-me sempre a se curvar sobre a mesa, expondo o decote dos seus seios lindos nus, alardeando me enquadrar na lei penal porque eu era de alta periculosidade e vivo atentado ao pudor público, imoral que merecia ser sacudido no seu cárcere privado. Assim o fez. Raptado, ela veio com seu olhar amendoado, penetrante, boca de língua afiada de todos os idiomas, faminta, sedenta e engolidora do meu fogo, da minha espada, devorando meu caralho como quem se apodera da sua caça. Prisioneiro feito, antes da felação, ela dançava nua Roundabout, para que eu me deliciasse com a sua pericia de chupóloga inesquecível.



Era como Ana, uma Meg Ryan com ar de dominatrix, com suas lingeries e fetiches, se exibindo com seu bustiê de látex preto, sua calcinha de couro negro, adereços, correntes, cordas, grilhões, coleiras, vendas, mordaças, pronta pro BDSM. Queria me fazer voyeur. Na horagá, se rendia escrava dominada nua para ser a minha serva, algemada, amarrada, dominada. Tinha ela por religião o prazer. O hedonismo, a sua lei, à tripa forra. Deu-se sádica de todas as formas que já imaginei fodê-la. Queria apanhar, não bati. E me provocou masoquista, queria a dor na carne e foi mordida, cravei-lhe os dentes. Foi estrupada, enfiei-lhe tudo de esfolar o ânus, unhas na carne, puxavanques nos cabelos, pressão nos ombros, apertões grosseiros com beijos e gozadas.



Enfim, era tudo como Marta, Martinha – uma capturada esguia mustelídeo, a Suplicy, a melhor do mundo camisa 10, a escritora chilena Brunet, a miss Rocha, a escritora Lynch argentina, todas naquela que era perita frotteurista excitada, se esfregando em mim, como quem desfila tarada roçando ao meu redor, como quem negaceia na ginga aos toques de um drible de corpo, como quem escreve na minha pele todas as suas seduções, como quem rasteja na minha carne dos pés à cabeça, adorando ser por mim encoxada nos locais mais improváveis de nossa loucura libidinosa, e de levantar a saia para ser possuída num recanto recluso dos templos, embaixo das escadarias dos prédios, nas últimas poltronas dos ônibus, no escurinho do cinema, nas toiletes de restaurantes, embaixo do arvoredo das praças, nos terrenos baldios, sempre o perigo do flagra. Inusitadamente certa vez ela me viu na rua, saiu correndo e me alcançou para completamente extasiada se insinuar louca por um sexo ali na hora. E me puxou apressada pelo trânsito até o meu automóvel, obrigando-me a me entocar no banco de trás para ela, enlouquecida, me atacar, primeiro com uma chupada de escurecer o dia, até montar ávida sobre meu sexo rijo, explodindo aos gritos de gozo até ser saciada e, no fim, em tom de ameaça, dizer desgrenhada se ajeitando: - Esteja pronto! A qualquer hora eu quero de novo!



* CARLOS ZÉFIRO (1921-1992) – O famoso roteirista, ilustrador e editor carioca Carlos Zéfiro (Alcides Aguiar Caminha, funcionário público), era considerado um criador pornô-erótico de histórias em quadrinhos entre os anos 1950 e 1970, publicando obras conhecidas como “Catecismos”.





Confira mais no Rol da Paixão.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

quinta-feira, junho 23, 2011

ROSANGELA ALIBERTI



Imagem do fotógrafo português José Coelho.

A POESIA EROTICAMENTE SUAVE DE ROSANGELA ALIBERTI

EROTICA_MENTE S...U...A...V...E

............................................d
e
s
e
j
o
s,
gotas
transparentes
serpenteando
sobre a vidraça
...flashes de imagens
cirandas criativas
contatos
quadriculações
o assinalar rítmico
de olhares
murmúrios
secretos sinos
ecos afrodisíacos
dando o timbre
...a colcheia
as...mãos...
nas...co-xas...
notas musicais,
beijos carimbados...
No nosso céu!!!
O deslizar de bocas,
O ardor na nuca
corpos embalando
um suor perfumado
eminente_mente
s...u...a...v...e
instalando
vibrações
pelos poros
estalos Ballets
emanações
de emotividade
múltiplas explosões
p r a t e a d a s
Erotica_mente
S e l v a g e m
O olor do incenso!
Banhos de Amor...
gotas de desejos
transparentes
erótica
é a mente
s u a v e
aves
tocam nas
nuvens
Tua
boca
e o
céu...

CAMA DE GATO SUI GENERIS

nas orquídeas
os sorrisos
não nascem distraídos
são toques
claros
que abrem os sentidos
extraordinaria_mente
improvisados são os
abraços
irados entre as pernas
[doce e raro
o mel dos apaixonados
jorra com cheiro
de frutas frescas
nas travessas
aos domingos]
assim...
foram teus braços
unidos aos meus
num movimento simultâneo
com um sabor de sonho,
nada sofrido.

ELE & ELA

I
entregas
na flor do seio da pele
abrem-se as portas das revelações
a sensibilidade prega
arde
(des)encarde peças
lentamente antigos amores
tornam-se desimportantes
- artigos indefinidos
atrás do muro do cemitério
restos de pó, levantam
ossos
que se desgrudam dos calçados
tudo começa
com uma lingerie fora da caixa...

II

um poeta despe vestes
em febres passageiras
ele nunca terá dona
sonho, astro-rei no silêncio
vento em movimento...
uma poeta versa a fala do amor
nos labirintos de papel
ela nunca terá dono
como nasce a chuva?
- no balançar na rede
pronomes pessoais
pressentem banhos de estrelas
em metamorfoses
despertam-se pássaros
acima de fios conectados
borboletas
[fogem de algemas
nunca de desafios.

&

desencontros linguísticos
nunca formarão pares
(nunca minta para si mesmo)

PROGESTERONA

donos de fartas percepções...
há poetas natos
na demarcação de territórios
o punho finca letra pós letra
nos dias e meses dos calendários
dando um gosto latente
guerras de morangos cerejas
& pequenos frascos de perfumes
bandeira e mastro
no espaço do meio fio
no cio do silêncio
se sobe a temperatura...
fecham-se os corpos com um poema
deixando outros a verem navios...
na sala das revelações

POEMINHA SEM-VERGONHA

Saíram de casa
desagarradinhos
como pingos da mesma nuvem
sem guarda-chuva
começou uma garoa fininha
fininha...
fininha... mesmo
foram dividindo
batatinhas
ruídos ao vento
de outro saco plástico
no banco detrás no carro

no caminho a esperança
que a água
no vidro cessasse
antes do último
pedaço de pão francês
prá dois
os pêlos dos casacos
estavam molhados
fora do quarto escuro
só espeques

gargantas rasgavam
ao luar
sem chopp
conhaque mel ou chicletes
tropeçaram noutras delícias
saíram de casa
esquecendo das identidades
cheios de fome
grávidos de mágoas
sem vergonha
das pobres paisagens
aborrecidas
rock e pé da estrada...

dois bicos dos seios
denunciaram
que ainda havia
um restinho de T
suando sem pudor...
mudaram o ritmo da respiração
viajaram até os anéis de Saturno
versos saltaram da boca
feito peixes
- o que restou...?
da última recordação
do choro na camisinha?

na barraca do camping
ocorreu o interesse
em se desligar do ar
do hospital
outro tipo de sonda
se aproximou de Vênus
voltaram cúmplices
depois de desfazer
as velhas dores
tornaram a ser
amantes
ao trancar a porta na
home sweet home
a pressão abaixou

PARA MEU ALQUIMISTA

´Merlin´ meu amor, dono dos lábios cor de granada
não troco tua lábia e teus beijos de fogo, por nada.
Vendo bombons: o supra-sumo do afrodisíaco
a gosto do freguês (de janeiro a dezembro)
meu chocolate é mágico querido, tu sabes...
à ti reservo O especial cujo recheio é todo... teu
(sem nenhuma pitada de virtualidade, no dia 12.06)
Só, contigo... distribuo estrelas multicoloridas...
- Vamos reacender as labaredas?
Tua namorada´altamente light´dietética:
´Md.Minzinha´.

ROSANGELA ALIBERTI – A escritora e psicóloga clínica paulistana ítalo-brasileira e geminiana, Rosangela Aliberti, trabalhou como Química na área de Metalúrgica, atua como Psicoterapeuta Floral de Bach e Minas; concluiu Especialização em Psicologia em Hospital Geral pelo Hospital das Clínicas em São Paulo (FMUSP), onde atuou como coordenadora de apoio às escolas públicas. Ela é integrante da Oficina de Rascunhos Poéticos na Casa das Rosas em São Paulo, desde 2005. Seus textos literários estão reunidos no Recanto das Letras e no Fórum do Guia de Poesia.

Veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

sexta-feira, junho 17, 2011

PAMELA REIS



A ARTE ERÓTICA DE PAMELA REIS















PAMELA REIS – A artista plástica capixaba Pamela Reis edita os blogs Pamela Reis e Artes da Pamela Reis, onde ela reúne sua arte e informa suas exposições.

Veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.

domingo, junho 12, 2011

DELÍCIAS DO PASSADO



EU & ELA NO JEJU LOVELAND


Luiz Alberto Machado


Como sempre ela chega de forma inusitada para me surpreender com seu jeito inheto de se acercar dos meus domínios. Não há fortaleza, fonteira ou batalhão que ela não usurpe na minha lucidez.



O seu beijo ardente sempre é a chave exata para suplantar qualquer limite e me convida para uma viagem às paragens mais distantes e a roubar do meu senso qualquer possibilidade de firmeza no meu ser Anteu. Nem podia ser de outro jeito, vez que ela logo se entrega nua, vestes despencadas, corpo sedento para ampliar a gula da minha cobiça.



Ao primeiro contato de seus lábios nos meus já estávamos no nosso Jeju Loveland, misturando nossas carnes às mais buliçosas formas de nos entregarmos um ao outro, perdendo a noção de tudo. E somos grama, toldos e bancos. E somos botão, galhos e pétalas minguando no chão. E somos o passeio louco das labaredas, acrobatas no passeio das alamedas, numa pugna amável de buscar a melhor forma de se amar.



Eu já me sentia um dos graduados da Honjik University, de Seul, e modelei sua geografia e moldei seu corpo para produzir esculturas nunca dantes manipuladas por minhas mãos errantes que sentiam a vitalidade do seu corpo trêmulo a se render às minhas investidas. Ela era só uma inquietude inexplicável, dada, doada, toda minha e da forma que eu quisesse.

Aos beijos demorados, já sentia a súplica do seu desejo pelo tomada da posse que eu devia subjugá-la sem reservas ou pudores, a explodir todas as dimensões de 8 ao 80 ampliadas pelos esfregões, roçados, apertões, alisados, enleios, arrastados, até a sofreguidão da batalha amável das conjugações.



Sempre alada, ela estava toda minha nos meus braços, com os ductos dos seios duros, a pele arrepiada, o ventre minando, as pernas inquietas e sedentas, o coração aos pulos e o ser tremulando de volúpia.



Afaguei-lhe os seios e apalpei seu sexo. Ela desfalecia suspirando como a pedir da minha língua a ciência de todos os seus mais apetitosos sabores. E eu servo cão a lamber sua carne e suas entranhas para que desmaiasse deliciada a gritar o gozo mais exaltado de todos os seus orgasmos.

E na quentura de nossas ebulições, ela se virou, vergou alucinada e sentou-se no meu colo. E foi ajeitando tatilmente o meu membro rijo por suas maciais entranhas. E gemeu e se assanhou. E remexeu e rebolou, saracoteou. E acendeu a alma para voarmos nus para El Parque Del Amor, em Miraflores, Lima no Peru, quando entregues um ao outro fizemos a pose da escultura de Victor Delfin.



Bafejei meu gozo na sua nuca e ela agarrando-se a mim ainda de costas, solfejou Latin Lover, insinuando a dança “Dois pra lá, dois cá” de Bosco e Aldir, e inauguramos o parque temático de Chongqing que depois foi demolido pela violência das minhas investidas no seu pódice, segurando suas ancas para que não fugisse ao ser arrastado pelas traquinagens que me fez bicicleta para ela pedalar impune ciclista nua pelas ruas de Londres ou como a modelo de Munch ou de Enrico Bianco pelas ruas de Paris.

E já estávamos em Barrow Wake, Cotswold, na Official Dogging Area completamente molhados de prazer e prontos para a verdadeira vida quando fomos expulsos e afugentados para o interior da nossa mais profunda intimidade.

A lua tomou conta e adormecemos felizes noite adentro até que o dia raiasse e refizéssemos todas as estripulias inimagináveis de toda satisfação humana.



Veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.