sexta-feira, outubro 19, 2007
Imagem: Biblis, 1884, de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905), Pintor Francês (Classicismo Academico).
ELA NUA NA MANHÃ
Luiz Alberto Machado
Quando me procuras alucinada com teus desejos incontroláveis e teu semblante de deusa manhosa no cio, eu já te espero insone desde sempre para redimir meu suplício de querer-te robusta tenda do meu viver.
Vem, meu amor, que eu te persigo enlouquecida e nua para te fazer protagonista do meu triunfo perante a nobreza do teu corpo febril e desarvorado.
Vem, meu amor, vem me fartar com tua ardência rara e latejante da tua carne trêmula para me refugiar em tuas sinuosidades na acolhida dos teus braços aconchegantes apertado ao teu seio de mamilos cheios a me recolher no teu jeito singelo de me agasalhar no teu útero entusiasmado.
Vem, meu amor, que quero me sentir alentado pelo roçar de tua superfície sedosa sobre meu membro teso, me deleitando com a seiva do teu monte de Vênus que se contrai e se expande às minhas investidas acrobatas como troco de nossa entrega.
Vem, meu amor, que me esfregarei no teu fogo enquanto te contorce a clamar pelo meu nome com sabor de calda de morango na tua boca estuosa que faz da manhã de setembro o mar das nossas reinações.
Vem, meu amor, que o dia faiscando na luz dos teus olhos revelam meu gozo prenhe de paixão.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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