sexta-feira, janeiro 11, 2008
Imagem: Overflow, 1978, do pintor realista norte-americano Andrew Wyeth.
A DELÍCIA DO BEIJO RELUZENTE
Luiz Alberto Machado
A tua reluzência de indelével pajuçara te faz dominante na alcova serena de nossa entrega, onde eu juro querer-te a mais da conta sob a sedução de um espectador da tua dança gambeta que torna a nossa fogueira nefanda mais queimante no galardão da oferenda a nos premiar um gozo próximo da overdose real.
Ah, quanta majestade nua saltatriz para a minha sentinela indômita que no desespero procura alcançar tua freguesia inteira e fazer-te minha, capaz de invadir tripetrepe todos os teus esconderijos de Ménade lépida, de Tiade acessível à palma da minha mão pedinte.
Ah, vem, Iara minha, vem com o teu beijo alucinado litigar nossos vadios desejos com a chama que faísca de teus lábios de cocksucker gulosa, de gulp-girl mais que desejada, para que eu possa enlouquecido blow-job ofertar-te minha satisfação de sorvete de morango lambido e chupado.
Ah, vem, Iara minha, Iara nua, vem tépida como a quintessência de tua manifestação que eu quero à mão-tenente explorar teu rendengue com minha língua a apoderar-se do teu chanisco com tucuras providentes até que nossa perversão possa explodir tua compleição robusta ingênita e possuir-te inteira com teu sabor agridoce de freguesia desejada.
Ah, vem, Iara minha, Iara nua, quero possuir-te toda de popa à proa, minha enlouquecida, minha transbordante que remexe, que se vira, se arrepia a dar-me o dorso nu, os ombros de santantonio para que eu possa probo mais diligente ocupar-me de tuas ancas, que pai-joão delicioso, que pódice saboroso, que capitel de sonhos desejados!
Ah! Iara minha, como sou feliz em fazer-te mais que lua possuída a me saciar nos teus queixumes de fogosa insone, nos teus dotes de gostosa imune, na tua alma de maravilha realizada.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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