

Imagem: Harry Candelario / Arte Derinha Rocha
AMBIÇÃO
Luiz Alberto Machado
O relógio. O beijo e seu contágio: o desejo. Revejo ontens, prevejo manhãs, dias. Toda orgia, teréns, Teerãs. Corpos expostos. Somos nós sem rostos, sem pudor. Valendo o amor dos inominados, endemoninhados nos ventres alados, insaciáveis. E que se entregam amáveis, felizes com seus atos condenáveis feito meretrizes com seus machos, no meio de trizes e esculachos mútuos, sem tudo a ver, revolutos, provocando circuitos por puro prazer de transgredir os limites, como reais pedintes em ação, com toda transgressão sexual, toda felação no plural, toda danação, toda ambição canibal tecendo o querer pra ser muito mais que barato de estupefato animal de estimação com um pássaro na mão e ela voando à vela, eu viajando nela qual furacão que devasta sua compleição para nos satisfazer na paixão.
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