segunda-feira, janeiro 19, 2009

VERS&PROSA DE AMOR PARA A MENINA AZUL



Imagem: Derinha Rocha

SEGUNDO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL

Luiz Alberto Machado

O segundo poema vem como emblema do amor por ela que trago na lapela e no meu coração. É como a canção que canto pra ela todos os dias e em todo momento.

É o segundo beijo renovando o desejo. O segundo sobejo de nossas carnes amadas e curtidas

Um segundo afeto de valor descoberto. É a segunda premência de nossas querências.

O segundo poema de amor por ela é uma parcela fragmentada de toda expressão da pessoa amada porque eu não sei quando a noite vem, porque seus olhos eternizam o riso do sol em mim.

É nela que eu vivo mesmo quando ela faz da gente um dramalhão de tv. Ou quando arenga engrossando o pirão e azedando o pavê. Ou quando embola o meio de campo empancando com tudo pra virar o meu mundo só no empate. Aí ela frisa o capricho revirando a lata do lixo a forçar disparate. Até que ela me tira do lance querendo que eu dance. Catimba na graça fazendo trapaça. E passa recibo mandando rebote. E me faz de inimigo, me dá baixa no estoque. Enfim, não me dá chance, tudo fora do alcance. E me passa calote fazendo pirraça: - Dessa não passa! E arma a desgraça e logo se intriga, piora a cantiga só de reprimenda. E não se emenda, não tem oferenda e revolve o passado, remove montanhas, me larga de lado sem lençol, nem fronha. E eu fico jogado, morto de vergonha.

Aí ela me dá a vida dela e exige que eu dê jeito. E me joga despeito na lata sua rispidez insensata. O balde ela chuta: - que filho da puta! E se desengraça quando tudo extravasa na beira do fim. Acabou-se o quindim, acabou-se a doçura. Vira uma pedra ruim na minha ternura.

Então já despejado, vou abatumado, coração consternado pra longe dali. Quando menos espero, ela vem me resgata daquela cena trágica. E meu ser arrebata em suas mãos mágicas. E me aquece com seu calor me fazendo a vassoura pro seu vôo. E me aperta tão bem a me fazer de refém de sua bruxaria. Maior ventania. E me abraça com o paraíso na boca quando eu percebo que de amor ela está louca.

E eu só sei que a vida passa quando ela cheia de graça vem se despedir eterna nos meus pensamentos como se daquele momento amanhã eu morresse. E dali procedesse nessa urgência no vôo pelo amor que celebra toda ventura da vida, pelo amor que me traz a razão de viver

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