segunda-feira, janeiro 18, 2016

POESIA, VIDA & MORTE NO AMOR DE ÍSIS NEFELIBATA – CENA 4

 Imagens: acervo de Ísis Nefelibata


CENA 4

Ísis costumava sempre escrever. Bastava eu sair de casa e ela deitava na cama, pegava um maço de papeis e começava a rabiscar. Depois me ligava para dizer o que estava fazendo ou mandava recados pelo telefone ou pelo computador para mim. O acervo que reúno de dela vai pra mais de duas centenas de poemas, dezenas de cartas, milhares de fotos com ela de todo jeito e comigo, centenas de vídeos dela enviados para mim de todas as formas, muitos e diversos áudios com as nossas sacanagens, suas poesias e querências, enfim, um acerto que compreende mais de 10 mil mails tudo guardadinho com todo esse farto material. Entre os seus escritos trago este:


DENTRO DO MEU SER

Dentro do meu ser não há o meu “eu”... Há minha alma banhada dos seus desejos que me usurpam a identidade, a força, o domínio de mim mesma...

Dentro do meu ser há a serva que se entrega aos seus mais inimagináveis quereres e vou me despindo calmamente, me entregando aos seus poderes, aos seus negros olhos, olhos de lobo...

Dentro do meu ser não há razão e sim essa desenfreada paixão que me arranca o sangue das veias para derramá-lo em seu cálice, embriagando-o...

Dentro do meu ser há uma diva que você encantou, jorrando sua saliva na minha boca, deslizando sua língua no céu onde não há estrelas e sim os brilhos das gotas que se escorrem ao meu paladar, deixando-me totalmente louca...

Dentro do meu ser não há pudores que me salvem, há sim a ousadia de ser sua puta, livre de qualquer outra conduta, que me faz escancarar os portões do meu mundo secreto, entregue a todos os seus decretos.

Dentro do meu ser há desafios que se me colocam diante da sua espada, nessa batalha licenciosa da nossa imaginação fértil e descarada, quando sou caça e você o meu caçador.

Dentro do meu ser não há limites, quando na mesa sou a sua dama e na cama a sua Afrodite, para encantar o deus das minhas vontades e inspirar-lhe o que jamais Safo pôde sentir.

Dentro do meu ser eu sou rainha, sua dona, sua protetora, quando me chega com sua gula devoradora e me engole inteirinha, enquanto minhas contorcidas e retorcidas, o provocam além do seu próprio controle.

Dentro do meu ser eu nada peço e quanto mais você manda e desmanda, usa e me abusa, tanto mais se lambuza, mais eu imploro para que me dê de beber na bica do seu chafariz... Ah! E como você me faz feliz!...

Dentro do meu ser não há desejos desiguais e tanto mais me agarra os seios nas mãos, tanto mais me espreme sem compaixão, mais eu me esfrego e sinto o meu grelo, desesperado pelos seus gestos atrevidos. E tomam conta do silêncio, nossos roucos gemidos!...

Dentro do meu ser, sou a sua liberdade, sou a sua porta de entrada, seu beco sem saída... Sou sua vadia e adoro ser porque você me eleva, me pega de jeito e se apossa da minha cheba, deixa-me sem rumo, apenas me encontro em seu prumo e assim eu me aprumo, cavalgando no meu mais nobre Manga Larga Marchador, meu Quarto de Milha, meu devorador, meu dengo gostoso, meu menino safado, ladrão do meu amor...



Ísis adora escrever cartas, missivista de primeira. Ela costumava deitar-se nua, ardendo e sapecar parágrafos e mais orações acerca das suas mais loucas tesões. Eis uma delas:

A CARTA

Meu amor, minha vida mudou muito "depois de ter você"... sou mais mulher, mais forte embora eu desabe muitas vezes aqui no meu silêncio, mas renasço todos os dias por esse amor que lhe tenho. Você é uma luz em mim que não imagina... sua forma de apostar em mim, acreditar, quando critica, critica pra me elevar, é diferente do que já vivi pra trás, só ideias e apreciações derrotistas... talvez eu tenha escolhido as pessoas erradas pra conviver, mas também, devo ter feito essas escolhas antes de reencarnar, pra cumprir carmas... mas jamais se esqueça de que sempre, por toda a minha vida, eu sabia que você estava em algum lugar, sempre, sempre, busquei você, não sabia exatamente ser você, hoje eu sei, buscava, sentia como um pedaço de mim estava perdido por aí, por esse mundo, em algum lugar, sempre senti isso... minha mãe sempre me perguntava o motivo de eu me sentir tão vazia, às vezes amarga, triste... eu falava pra ela, "mãe, eu não sei  explicar, mas tem uma parte de mim que não está aqui comigo, está longe, eu sei, eu sinto, um dia vou reencontrar"... e chorava, chorava, sentindo falta desse algo, dessa parte de mim... e essa parte que faltava é você... é você, meu amor... o que escrevo é a mais pura verdade da minha vida... hoje eu sei que é você quem eu sempre senti falta... poxa, é preciso caminhar tanto, viver tanto e tantas coisas passar, pra um dia reencontrar o amor da gente... poxa, meu amor... meu amor... tudo o que já disse e disser, é pouco, é mínimo diante do que sinto... tenho sentido você mais a cada dia, fecho os olhos e sinto você em mim... é como sonhar um sonho bom, meu amor, você é o último homem da minha vida, o eterno, sempre fui sua, sempre, serei agora, daqui pra frente, uma promessa divina, eterna, não só dessa vida... quantas vidas me forem permitidas viver, eu sei que sem você, não terá sentido... eu sei que pra todo o sempre, quantas vidas eu viver, será como foi e tem sido nessa, eu sempre procurarei por você... daqui pra frente, eu sei, eu sinto, que nas próximas vidas, estarei sempre à sua espera... nesse momento, sinto sua boca, seu corpo, seu olhar, seu calor... ahhhhhhhhhhh, ahhhhhhhhhcomo sinto sua falta... se eu tiver que viver sem você... não será vida... você tem uma força, um poder de me fazer amar mais do que eu jamais pensei ser capaz... independente do que for, eu morrerei sendo sua, serei sua por toda a eternidade. Sempre sua... onde quer que eu esteja, quando for, quanto de vida me for concedida... serei sua... e sei que, quando eu me for, meu último pensamento será pra você, quando do outro lado eu me acordar, será pra você da mesma forma o meu pensamento e onde eu pisar, estarei sempre à sua espera... e pra sempre com a vontade de abraçar, beijar, agarrar você, meu amor, sentir você me apertar, me foder, que vontade de me sentir abraçada e nunca mais largada de você... nossa... meu Deus, me dá forças... eu preciso de você, mas eu preciso mais ainda, dar esse amor pra você... mais do que suprir as minhas necessidades de mulher tanto da parte do sexo como de amor mesmo, além disso, acima de tudo é essa necessidade de dar a você o que sinto, o que é seu... são vidas vividas sem lhe dar isso, eu sinto isso , eu sei que é isso, são muitas vidas que temos sido impedidos disso, só espero poder dessa vez lhe dar e pra todo o eterno viver... eu preciso dar o que é seu... é seu, sempre foi e venho trazendo isso comigo... o desespero de lhe dar o que é seu é demais... tomara isso lhe faça bem, tomara isso o realize e faça feliz, tomara... tomara...e nem dizendo tudo isso, ainda não consigo expressar o que realmente sinto... eu te amo... pouco demais só na palavras, mas você saberá... beijs desesperados em todo você... todo, sinto você, agora, viu e sempre... e um poema para você, meu amor:

AVE MARIA, EU PECADORA

Eu tenho cá minhas graças
Mas não sou Maria
Pois sou cheia das pirraças
Pirraça de mulher
Fêmea no cio
Enlouquecida pelo desejo
Desgraçada pelos pecados
Depois de conhecer os seus beijos
Escancarei meu abrigo
E deixei sua carne entrar
Eu não estou nem comigo
Porque minha alma eu vim lhe entregar
Maldita sou eu mulher pecadora
Que reza na sua escultura
E faz promessas no seu altar de nervos
E músculos quando me condena pecadora mortal
Nessa hora você me batiza e me lava o corpo nu
Se esfrega todo em minhas canaletas
Soca o cajado dentro do meu cu
É o meu batismo nessa porra escaldante
Sou sua serva, sua puta e amante
Se sobra-me amor, já não sei entender
Sinto-me santa para o seu prazer
E nas contas aqui do meu rosário
Percorro o inferno que se transforma em céu
Quando é na minha boca que você se torna réu.
Estou condenada mas não quero salvação
Pecarei por todos os séculos e séculos sem fim
Em pensamentos e atos, palavras e gestos
Libidinosos e indecentes por nossa consagração
No Éden de nossas vertigens orgásmicas.

De manhã eu sempre me acordava com os beijos, lambidas, engolidas e chupadas de Ísis no meu pênis. Delicioso amanhecer de vê-la sugando-o, babando-o, salivando-o e engolindo-o todo até eu quase não mais aguentar. E ela chupava e recitava:


FELAÇÃO

Amanhece e eu me estiro
Preguiçosa sobre a cama
Minha boca é como tiro
Rumo ao alvo da minha gana
Dormes ainda, que lindo
Mas já se faz breve a nossa hora
A língua escorrega por instinto
E sua pele sabor de amora
É meu desjejum é seu membro
Duro, gostoso, tão apetitoso
Tu te acordas, sorris prazerosamente
E mais te faço réu
Das minhas lambidas e chupadas
O nosso dia só começa
Após os nossos gozos matinais...

Ficar com seu pau na boca, chupando e sugando, feito criança que não larga da chupeta... quero ficar assim, lambendo, sugando, beijando, lambendo de novo e chupando você como jamais foi chupado, esfregado, amado na vida... ah, seu pau - hummmmmmmm, coisinha mais linda, gostosa, deliciosa, que já me fodeu, me desvirginou a buceta refeita e o cu que é todo seu... só e unicamente seu... esse pau que já enfiei na boca, eu quero mais... muiiiiiiitttttooooooo mais.... quero beber tudo o que sai dele, a porra gostosa e morna... quero que esse pau me inunda o cu lá no fundo, me inunde a buceta tarada e requerente de você... quero passá-lo nos seios, nos bicos, entre eles, simulando uma enfiada daquelas, alcançando-o com minha boca sedenta dele... depois de vê-lo gozar, jorrar pra mim essa gostosura de porra, fico vendo os os clipezinhos dele... fico me lembrando e querendo mais, o balanço dele dentro de mim, entra, sai, acelera, soca, meteeeeeeeeee.... o movimento mais gostoso que existe é esse de bailar entre as pernas um do outro... fecho os olhos... eu balançando e cavalgando em você, amazona nua, tarada, reboladeira, falando tudo o que é de libidinoso que possa existir... não me chame de sua putinha, me chame de sua puta, é mais excitante, me peça pra eu abrir as pernas, vou adorar, peça não, mande, ordene... me ordene ajoelhar-me aos seus pés e fazer todas as juras que cumprirei até o fim da vida para o seu pau, me vire de costas, mire minha bunda, afaste as nádegas e mire o meu cu que é todo e unicamente e pra sempre seu... depois eu mesma vou abrindo-o e rebolando pra vc, bem na sua cara safada e boca babenta de vontade de se enfiar nele...

Ísis sempre se masturbava. Ligava pra mim e ficava com a sua voz sensual sussurrando seus desejos ao meu ouvido:



MASTURBANDO

Nua...
E minha pele treme
O corpo arde
A alma suicida
Mergulha na dor da ausência
Abro as pernas e faço de conta
A cabeça explode, estou tonta
Mas o teu pau é o meu salvador
Cheiro que não se acaba
Sabor que se destaca
Na gula, na fome
Que dolorosamente me consome
Nua na madrugada
Meus dedos os teus imitam
Minha língua saliente
Ensaia inclemente
Lambidas que sinto
E que eu quero dar
Em mim o teu pinto
Esfrega-se na buceta
Minhas mãos se irritam
Pelo faz de conta
E brutalmente se aprontam
E me fazem laranja
E toda me espremem
Arrancam-me o caldo
Que é teu por excelência
E sinto o cu reclamar
Teu toque safado
Teu meter, enfiar
Que me enlouquece os sentidos
Que me dispensa as vestes
Rasga os meus vestidos
Nua na madrugada
Na carne sinto os teus dentes
Teu calor, braços e pernas
Imagino palavras indecentes
E me empino ali no sofá
Como se agora eu pudesse
Tua boca e teu cacete alcançar
Nua na madrugada
O silêncio me fala de ti
Olho na tela teu rosto que gosto
Abro um vídeo, teu gozo me libera
E nua na madrugada
Sou tua puta a gemer
E encharco-me no teu prazer

... eu me toquei e gozei, mas eu continuo fervendo e tarada... nunca fui assim... a cabeça quer explodir, associada ao útero que contorce de tanto desejo que dói por não ser satisfeito agora na carne, na sua carne... sinta, estou tocando o grelo, vou enfiar o dedo na buceta... nossa, tá pegando fogo... e o cu apertadinho, aguardando sua invasão priápica e indecente nele... estou me apertando na cadeira já cheia de tanto me sentir molhada, suada, cheirando cio... feche os olhos, imagine, me contorço como se fosse uma cobra... me esfrego com força... meus seio estão enormes, bico duros e pontudos... penso serem suas mãos a me esfregar... ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... quero o seu pau urgente... estou abrindo a buceta agora, estou sem calcinha... abrindo-a... ahhhhhh é sua, estou suando frio, estou tremendo, estou sussurrando o seu nome aqui no meu canto... passo a lingua nos lábios... sssssssssssssssss... o coração está aceleradíssimooooooo... eu vou morrer desse jeito... saudade e falta de você.... tô enfiando o dedo no cu, só pra dar o gostinho a ele de lembrar o que fazemos com ele... estou quase gozandoooo, silêncio e a quietude da casa me fazem ficar mais atiçada... gosto de me provocar, provocar você, vem, vem me foder, vem, vem!!!!!!!!!!! Estou nua e a me tocar e rebolar, pensando você com esse pau duro gosto... feche os olhos, estou abrindo a xana pra vc... sinta o cheiro dela e o calor... toma, chupa, me chupa vai... me lambe gostoso... sinta minha boca tarada sugando seu pau gosto como nunca foi... toma, esfregando bem na sua boca gostosa e linda... toma, é sua, toda suaaaaaaaaaaaaaaa.... tomaaaaaaaaaaaaa,ahhhhh,nossa,.... vem comigo e me fode, vem... fode sua fêmea, sua puta, taradamente puta sua.. ahhhhh, tô gozando, eu quero você, quero que me fodaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh!!!

PUTA NO CIO

Quero rebolar no seu pau, cavalgar gostoso...
Quero esfregar a minha xana na sua cara, sentir seus dedos me bolinando toda...
Quero passar minhas entranhas pelas suas pernas, pelos seus braços, por todo o seu corpo, se puder (não tem problema se não puder), sentir sua língua a me lamber, sua boca a me chupar, ahhhhhhhhh...
Estou enfiando o dedo aqui por dentro da calcinha, na buceta, e sonho em fazer chupeta do seu pau, como ganhar uma chupeta no cu, de suas próprias mãos... ahhh, quero todos os pecados do mundo, quero que me soque, se enfie em mim bem fundo, quero que acabe o mundo, quero sua foda, quero ser eternamente a sua puta, a mulher que mais desejou e deseja na vida, pr sempre desejada por vc... quero seu amor incondicional, quero seus gemidos, seus sonhos, os desejos insanos e libidinosos mais escondidos, quero tudo, quero ser tudo pra vc, faça de mim o que vc quiser...
toma, sinta, meus dedos melados dos meus desejos, das minhas vontades de vc... meu macho, meu homem, meu Rei, meu Sol, meu deus, meu tudooooooooooo
Você na minha boca, pra que eu possa lamber todo o seu pau delicioso, beijar sem parar, esfregá-lo em massagens, com as mãos e os pés, depois engolí-lo todinho, indo e vindo, até que me deixe beber o seu delicioso leite, vinho dos desejos, suco dos prazeres que vc nunca teve na vida, terá comigo, porque eu farei vc viver e sentir o que jamais sentiu...
E digo isso, dando uma reboladinha aqui na cadeira, apertando o grelo duríssimo de vontade de vc....
Você socado no meu cu, enfiando esse pau delicioso nele... e claro, brincando de me enfiar os brinquedos que quiser, fazendo em mim tudo o que lhe der o maior prazer do mundo, do universo...
Você na minha buceta, entrando e saindo, me molhando toda, e ficando em mim pra sempre....


DEPOIMENTO

Agasalhei os sonhos que guardei desde sempre com você...
E os descobri emergindo do mais íntimo do meu ser quando você reapareceu...
Chorei e sorri de alegria, havia acabado a minha agonia de tanto buscá-lo, querendo reencontrá-lo...
Vesti as estrelas com esses sonhos e banhei os mares com meus sentimentos engavetados, folhas brancas, tintas secas, desejos jamais sentidos.
Você trouxe a chave que há muito lhe entreguei, abriu-me os segredos, sonhos e me despertou vontades jamais conhecidas. Abriu-me também as entranhas e se há alguma força estranha, magia, mágica de fadas, não sei, só sei que me entreguei escancarada, buliçosa, safada, inquieta e nua ao seu amor, aos seus desejos de macho e nessas vertigens que me assolam o peito pela saudade incandescente, pelos minares que se escorrem feito larvas de vulcão a escaldar minha carne de tanto querer, eu me pego mulher criada, inventada, moldada, arrancada de alguma parte da minha alma por você, a esbanjar movimentos dissolutos, pensamentos pra lá de indecentes e confesso que quero mais, muito mais.
Se me percebes assim puta no jeito, acredite-me desejosa de ser no seu corpo uma devassa, sem restrições, sem pudores, sempre pronta para ser sua caça, sua presa, seu alimento, substância em abundância para drogá-lo de paixão e todos os sentimentos que nutrir por essa mulher deliciosamente condenada a viver só e unicamente para você.
Eu com meu jeito mulher, sou alma que não se acalma quando longe de ti...
E me esbarro nas crendices quando em minhas taradices, faço de conta que realmente vens do barro, pois quando eu te agarro, quero-te desmanchando em meu prazer. Ah, se sou feita de tua costela, abro-te todas as minhas janelas para que te adentres sem medo de nada e ao enlaçarmos braços e pernas, sou mulher da vida, vida que tu me deste, toda em ti largada. Sou tua condenada a pagar prenda pesada, altos preços com meus remelexos, pecados mortais com todos os meus ais, gestos e cenas, estas as mais obscenas a te provocar. Sou carente mas sou selvagem, sou mulher de não dar passagem pra homem nenhum além de ti porque sou tua escrava, refém. Sou dona de nada, mas te farei minha presa e por ti estarei em defesa, feroz, impiedosamente, fiel e despudoradamente indecente com mil coisas em minha mente, ideias para mais te prender pelos mesmos caminhos, meios e formas que me levaste ao teu paraíso. Ah, quero-te na perdição de todos os amanheceres, aqui na minha carne onde todos os teus afazeres estarão concentrados. Sirva-te dos licores, das frutas, de todos os sabores, na bandeja do meu corpo, enquanto com minha língua te faço meu alimento. Ergue-te com tudo e toma-me de vez, lambuze minha pele, boca e tez com teu esporrar, meu chantilly, que eu a ti jamais vou negar a melhor parte de mim. E quando já exaustos das cavalgadas, dos loucos beijos, doidos abraçares, de todos os exercícios, isso sem qualquer sacrifício, vou convidar-te ao descanso aqui em meu peito, mas antes quero-te uma vez mais e já com teu mastro em riste, não pensas duas vezes, não esperas mais nada... Estou convidada a te entregar também os meus anoiteceres... Assim, já que sou vida da tua vida, morro e renasço no balanço do que somos nós...



CRÔNICA DA TRANSA ANAL

Ele sonha com meu rabo empinado
Num chamado provocante, incinerante
Ele quer meu cu todo arreganhado
Na mais obscena pose, insinuante
Ele me quer... de quatro, depravada
Dedos dançantes e aquele rebolado
Pronta pro ataque, sua dama tarada
Aponta-me a lança, lobo esfomeado
Sou eu me erguendo, louca na dança
Dos prazeres secretos, tão desejados
Lambuza-me os vãos com vaselina
Quase enlouqueço com seus dedos levados
Uma roçada, um ensaio... seu jeito traquina
Logo me abre, me empurra o cajado
Entrando e saindo, me puxa e me agarra
Soca-me fundo, delírio extremado
Isso é só o começo da nossa farra.

A noite chegara após um dia estafante de trabalho...
Entramos em casa, exaustos, pensando apenas num banho gostoso, revigorante.
Após um beijo suado, corri a me lavar, sentindo no corpo a água quase fria a acarinhar o meu corpo.
Saí do banho enrolada na toalha, enquanto ele aguardava a sua vez, tomando água todo esparramado no sofá...
Ao me ver naquele traje, assobiou todo encantado pela minha semi-nudez, com seu jeitinho todo assanhado, safado, embora o cansaço lhe estampasse o semblante.
Joguei-lhe um beijo, ordenando carinhosa que fosse logo se banhar, enquanto o cansaço não tomava conta total dos seus sentidos...
O creme hidratante escapou-me das mãos e toda provocante, agachei-me para pegá-lo de costas pra ele, para que logo ele se animasse pelo que o aguardava...
Num salto repentino ele se levantou e não hesitou em passar-me a mão pela bunda cheirosa, chamando-me sua gostosa, quando então notei que por baixo do calção, ali estava o meu garanhão, animado para corresponder-me.
No banheiro ele cantava uma de suas canções e eu já me ouriçava com sua voz, sorrindo comigo mesma, pensando no quanto amo esse homem e no quanto esse homem me acende...
Ainda cantando ele saiu enrolado na toalha e eu já premeditando o que viria depois, fui ao seu encontro toda atrevida, lascando-lhe um beijo com a pele perfumada, intencionando mostrar-lhe o que realmente eu estava querendo...
Ao abraçá-lo senti o volume por baixo da toalha. Levei a mão até seu cacete apontando pra mim como uma tocha... Arranquei-lhe a toalha com um puxão, deixando-o totalmente nu, roçando-me os vãos com sua maravilhosa e deliciosa dureza...
Eu me virei, deixando-o que me abraçasse por trás. Suas mãos me apertaram os seios num gesto de doçura e ao mesmo tempo de loucura irrefreável. Cedi aos seus carinhos, desmanchando-me em seu corpo quente, sentindo-o teso, másculo, macio como seda, a me envolver e me fazer escorrer por toda a minha floresta.
Suas mãos me apertavam cada vez mais e quanto mais se moviam, mais me acendiam e eu bailava colada à sua esfinge... estava bom demais me esfregar na sua fogueira, me perder nas suas ladeiras e me deixar ser domada por todas as suas carícias.
Sussurrando palavras de amor entremeadas às taradices de nós dois, sacanagens gostosas que somente nós dizemos e fazemos em nossas intimidades... E como adoramos isso!...
Eu fui conduzindo-o até à cama, deitando-me toda garbosa, já que sou sua gata manhosa, para que eu pudesse sentir melhor seu corpo sobre o meu...
Eu estava de bruços, queria sentí-lo nas minhas costas, isso traz aquela sensação de proteção e ao mesmo tempo de delírio, de tesão, com aquele mastro me futucando todas as minhas entranhas...
Calmamente, fui me mexendo, relaxando, me soltando... Seu calor e suor me lavavam e me incendiavam cada vez mais... eu me revirando toda, me remexendo e deixando que cada vez mais ele se tornasse dono da situação... Adoro entregar-me toda à emoção dele, que seja sempre meu domador, meu rei, meu sonhador, meu D”Artagnan, meu menino e meu senhor...
Na verdade ele ainda não acreditava que o convite que sutilmente eu lhe ofertava, era um verdadeiro pedido, mais que isso, eu lhe implorava com minhas palavras sussurradas, meus gestos mais provocantes, que mais ele se atrevesse a me invadir com seu cacete, enrabando-me pela vez primeira...
Entendendo a minha súplica, ajeitou-me à sua maneira, para que mais fácil me metesse sua pica que já babava desde o roçar na minha vulva, especialmente com sabor de uvas, para o seu paladar aguçado...
Eu havia me preparado toda e lhe pedia sem parar: me foda, do jeito que sempre sonhou, porque seu querer é meu querer, seus sonhos são meus anseios medonhos, seu desespero de me possuir, minha lei para ouví-lo grunhir... de prazer... de êxtase...
Delicadamente ele se enterrou em mim, meu ânus não o rejeitou, aos poucos ele relaxou, deixando que sua invasão me arrancasse gemidos, sensações que vinham da alma, nós dois ali, aturdidos, perdidos em insano delirar... ele entrava e saía, eu nada mais pedia, apenas me empinava para sua gula, facilitando esse “ula-ula”, derramando lágrimas de felicidade por ser a sua amada, sua puta, sua dama, sua deusa, safada mucama, sua mulher... e serei sempre tudo aquilo que ele sempre quiser...
Exaustos e toda encharcada, ele se deitou ao meu lado, beijando-me com um sorriso acanhado, ajeitando-se para limpar o melado, olhou bem nos meus olhos e disse, com jeito menino e cara de anjo, no meio de todo aquele desarranjo, “menina, eu amo você”...

(Em nome de nosso amor desvairado, essa loucura, esse insano querer, de sua, sempre sua, eternamente sua e nua, Ísis Nefelibata).



Veja aqui e aguarde a Cena 5.