quinta-feira, janeiro 14, 2016

POESIA, VIDA & MORTE NO AMOR DE ÍSIS NEFELIBATA – CENA 3


 Imagens: acervo de Ísis Nefelibata

CENA 3

A FELAÇÃO – Ísis sempre foi achegada a uma felação. Escreveu centenas de poemas de louvor ao meu caralho, manifestando sempre o seu delicioso desejo de saboreá-lo todo dia e o dia todo. 

  
BEBENDO-TE

Eu sequestro os teus sentidos
Com o meu rebolar provocante
Finjo que nada percebo
Tu nem notas que o meu desejo
É fazer do teu pau o meu mirante
Descobres que nada há por baixo do vestido
E mais te inquietas, te encho os olhos
Ao agachar-me simulando pegar algo
Tu me agarras, me jogas sobre a cama
De surpresa me atiro como tigresa
Pronta para o ataque ao teu falo
Tu me impões o galho rijo
E te ofereço meu embalo
Cavalgo feito louca
Não é pouca a minha intenção
Retiro-me de cima lambendo os lábios
Tu que és meu rei e meu nobre sábio
Percebes onde eu quero e vou chegar
Fera faminta, me ponho a lamber
Num ritual pensado, deliciado
Dança a minha língua
E teu membro mais endurece
Teus gemidos me enlouquecem
Entro em delírio e como se fosse um sorvete
Minhas lambidas vão de baixo pra cima
De um lado a outro, o que mais me alucina
E faço-te o melhor e mais delicioso boquete
Encho a minha boca com o volume do teu cacete
Aperto, sugo, implacavelmente
Até que não mais suportas
E me abres as tuas comportas
Inundando-me com a tua porra
Que bebo sofregamente.



A MASTURBAÇÃO – Até a masturbação de Ísis começava por louvar meu pênis e sempre escrevendo poemas e versos às centenas para expressar seu gozo solitário.



O GOZO SOLITÁRIO

O meu nível de loucura
Evolui-se a cada noite
Quando febril fico à procura
De tua presença que não te faz
Real em minha alcova
Mas teu vulto está bem perto
Fruto do meu delirar
E já que não te alcanço
Inicio desesperadamente o meu balanço
Ancas vibrantes
Pernas escancaradas
Ansiedade no peito arfante
Seios que te oferecem indecências
Mamilos duros na ponta da minha língua
O meu rabo a saculejar
Torturando o meu colchão
No toque dos dedos
O êxtase do prazer
E grito, choro, te chamo
No gozo solitário
Agonia do meu viver.

ENTRE AS PERNAS

Incomoda-me o silêncio da noite
E entre sonhos, delírios, pesadelos
Estão esparramados os meus desvelos
De largar-me em ti, ter teu membro como açoite
Até que as estrelas se estremeçam e se desmanchem
Em riachos onde me banharei nua em pelo
Com rituais provocantes, gestos mirabolantes
Que me farão mais deusa que todas as deusas
Diante de tua visão contempladora
Ofereço-te vinhos, frutas e minhas grutas
Embalo-te nos meus seios
Imploro-te nos meus inícios
Desfaleço-me em teu colo nos meus fins
Mas prendo-te para sempre em meus meios
A noite insiste e o silêncio me chama
Procuro-te instintivamente em minha cama
E percebo então que tua imagem é meu delírio
Estou em brasa, ao mesmo tempo sinto frio
Escorro por entre as pernas, molho os meus dedos
Gemendo te chamo e levo à boca o meu gosto
Que tem o sabor da nossa mistura
Em breve tu chegarás
E eu revelar-te-ei todos os segredos
Que guardo n'alma, no coração e entre as pernas.

POR BAIXO DA CALCINHA

Adoro provocar-te com minhas despudoradas amostrações, exibições de meus dotes mais surpreendentes, um vai e vem de nádegas e o prazer de saber que estás aí me olhando, me bebendo, me engolindo com teu olhar embevecido, afiando a pêia para o que me aguarda mais tarde...
Adoro que adivinhes os meus pensamentos, que te arrisques, que te lances à sorte, que me bote um norte onde eu me focarei, enquanto me exploras todinha ao teu bel prazer...
Podes tocar-me, podes cravar-me os dentes, podes passear os dedos por todos os meus cantos que eu te faço encanto nos teus atrevimentos e me deliciarei com teus toques divinos, traquinos, sem quaisquer reservas...
Ah, vou adorar que por cima da calcinha me acaricies os regos, que tua língua me experimente e me deixe mais excitada que já fico com nossas pecaminosas conversas de alcova, delícias de puta e amante que foram feitos um para o outro...
Ah, vais me enloquecer quando puxares pro lado as minhas rendas buscando de mim todas as prendas que são tuas, somente tuas... Ali, por baixo da calcinha há surpresas, há convites e sedução sem limites, há opções pra tua imaginação criar e recriar na minha geografia humana, relevo de teus enlevos, nas minhas valas a te esbaldares.



A FODA – O ápice das delícias era quando enfim, depois da sua felação eu retribuir com a cunilíngua a ponto de deixa-la louca para me sentir inteiro e completamente me apossando de seu gozo.

NO TÁXI

Esse período sem teu contato, que me desconheço, não sei mais o que é recato e me descubro atrevida, tão liberta de mim mesma, solta na vida, presa de tua gula.
Não tenho uma cartilha, não sigo bula e tudo o que eu lhe faço em nada me espanta, pois me sinto natural, mais que mulher, fêmea normal, cheiro de cio, mulher que encanta com toda essa entrega, sem quaisquer reservas, certa do que quer, fera radical...
E ao rever-te, ali mesmo no meio da multidão, não havia calmante para o meu coração, menos ainda para os desejos em ebulição. Ao chegarmos à lanchonete para um café, certa do que eu queria, eu botei fé, sem mais questionar minha condição de ré, apertei entre as mãos o teu volume e gemi baixinho, discursando os meus queixumes de não poder mais esperar para te ter.
Corremos pro taxi, rumo ao hotel, mas a distância se fazia cruel e sem me importar com os passageiros do ônibus ao lado, apertei e esfreguei por cima das calças o teu cajado, sentindo-me mais excitada ainda aos olhares espantados e se o motorista percebeu, não sei dizer, talvez esteja acostumado e se mantenha discreto, atento ao seu trabalho.
Assim permaneci lhe massageando, cada vez mais o teu mastro se avolumando e me senti escorrendo entre as pernas, momentos marcantes que me tornam eterna na lembrança do macho, meu amado amante.
Com meus dedos já sentindo a pele sedosa, minha mente percorreu num relance a ideia do que seriam desde então, os dias e noites que viriam de nossas peripécias prazerosas...

POETANDO GOZOS EM MINHA CARNE

Surpreendeste-me com teus mistérios e me socorreste nas noites vazias de mim mesma...
Chegaste me envolvendo com teus abraços repentinos em tardes de longas horas, jeito travesso, ar de menino e nas armadilhas dos teus beijos ardentes, não havia mais por onde eu escapar.
Não hesitei, ali mesmo me entreguei corpo e alma, roubaste de imediato a minha calma e lhe abri as pernas para que provaste das minhas fontes, oh doce veneno que te faria um suicida renascente de todos os meus riachos.
Era a vulva inteira que te oferecia como maçã sem promessas de paraíso,  afinal tudo o mais que fosse preciso, descobririas ao longo de todo o tempo de nossas fodásticas alucinações...
Surpreendi-me fêmea, como jamais chegara a ser um dia e sem qualquer razão para pudores, ergui-me freneticamente, ancas e coxas, com as pernas a te puxarem cada vez mais para dentro de mim.
Ah... e eu te engolia com todas as minhas bocas e com jeito atrevido, compus acordes em gemidos, falei mil besteiras aos teus ouvidos e na gangorra de nossas esculturas, estavas te lambuzando em meus caramelos.
E quanto mais o tempo passa, mais somos um... Mais caminhos te ensino rumo às minhas grutas... Assim, tu me fazes puta e pecadora e eu me delicio com o corpo em brasa, sangue fervente, enquanto me regas com teu sêmen os jardins secretos e com teu delicioso membro, todo meu por decreto, quando vens poetar gozos em minha carne nua, completamente tua.



Veja mais aqui e aguarde a CENA 4.