(Imagem: arte de Meimei Corrêa)
ARDÊNCIA
(letra e música: Luiz Alberto Machado)
Que seja como for
A chama desse fogo
Ardendo o nosso amor
No vício do prazer
Me deixe exangue
E lânguido te querer
A te querer demais
E desfaleço com o tempo
Que o vento isento
Me traz o tormento
A hostil solidão
A te procurar
E vem teu corpo e revigora
A pureza do tom
Do teu dom de tocar
Se acercar dos sonhos
Meu corpo, desejos
Lampejos seduz
Meu afã
Minha estrela manhã
Amuleto de luz
Meu talismã
Esperança de vida
Que traz escondida
No teu olhar
E a tua voz a me embalar
Nos segredos vadios
Das nuvens lençóis com furor
Nos mistérios sedentos
Que invadem ardentes
E saciam o amor
É novo dia
É a mais rara poesia
Que descubro a cada via
Do teu corpo a me roçar
Vem o átimo de um novo beijo
E eu recolho o teu sobejo
E revejo a fantasia
Cada nervo é uma folia
A cada perna a se enroscar
Ritual do tempo
O firmamento a confundir-se em céus
Em gemidos sensuais
Luas, bocas e ânsias tão iguais
Refaz o nosso amor
(Gravei essa música num show que fiz.
Ligue o som e curta aqui)