segunda-feira, setembro 29, 2008
MATHURIN RÉGNIER
Imagem: Woman with Parrot, 1866Oil on canvas, 129.5 x 195.6 cm, do pintor do Realismo francês Gustave Courbet (1819-1877)
UM EPIGRAMA DE MATHURIN RÉGNIER
EPIGRAMA
A língua ontem me atraiçoou.
Conversando com Antonieta,
Disse eu "Que foda!", e ela, faceta,
Fez cara de quem não gostou.
Muito embora comprometido,
Vi, pelo rubor do seu rosto,
Que o que eu disse dava-lhe gosto,
Mas noutro lugar, não no ouvido.
MATHURIN RÉGNIER – o poeta satirico frances Mathurin Régnier (1573-1613) é autor de inúmeras coleções de desregrado e satíricos poemas e epigramas, tendo, sua obra, várias classes poéticas a partir das regulares satiras em alexandrino, ou com vários metros vigorosos e peças leves com considerável licença de linguagem com formato ocasional, sem pormenores, mas de forma licenciosa, pitoresca e violenta. Para José Paulo Paes, ele levou uma vida de libertinagem. Enquanto poeta, opôs-se ao classicismo de Malherbe e retomou a lição de Villon e Rabelais para, com veia satírica, pintar os vícios da sociedade francesa de sua época.
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