segunda-feira, abril 07, 2008

ARTUR GOMES



Imagem: Jan Saudek

A CARNE VIVA DE ARTUR GOMES

Poderia abrir teu corpo com os meus dentes rasgar panos e sedas. Com as unhas arreganhar as tuas fendas desatar todos nós. Da tua cama arrancar os cobertores rasgando as rendas dos lençóis. Perpetuar a ferro e fogo minha marca no teu útero meus desejos imorais. Mal/dizendo a gora soberana com a força sobrehumana dos mortais quando vens me oferecer migalha e fruto como quem dá de comer aos animais. (Lençóes de rendas)

GIRAssóis pousando nu teu corpo: festa beija-flor seresta poesia fosse... esse sol que emana no teu fogo farto lambuzando a uva de saliva doce (Tropicalirismo)

Ah! Meu amor não te esqueci ainda procriando no meu corpo os micróbios do teu sangue (BR-101).

FONTE: GOMES, Artur. Couro cru & carne viva. Rio de Janeiro: Damadá, 1987.

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