segunda-feira, outubro 08, 2007



Imagem: The Birth of Venus, detail, c.1485, de Sandro Botticelli (Pintor Italiano, 1445-1510 - Primeira Renascença)

“(...) ajoelhou aos pés da noiva; tomou-lhe as mãos que ela não retirava; e modulou o seu canto de amor, essa ode sublime do coração que só as mulheres entendem, como somente as mães percebem o balbuciar do filho. A moça com o talhe languidamente recostado no espaldar da cadeira, a fronte reclinada, os olhos coalhados em uma ternura maviosa, escutava as falas de seu marido; toda ela se embebia dos eflúvios de amor, de que ele a repassava com a palavra ardente o olhar rendido, e o gesto apaixonado (...) Aqui estão as chaves de minha alma e de minha vida. Eu te pertenço; fiz-te meu senhor; e só te peço a felicidade de ser tua sempre!”. (José de Alencar, Senhora).

Veja mais Crônica de amor por ela.