quinta-feira, junho 04, 2009

PIERRE-JEAN DE BÉRANGER (1780-1857)



Imagem: The Death of Sardanapal, detail, 1827, do pintor do Romantismo francês, Eugene Delacroix (1798-1863)

O RATO DAS CANÇÕES DE PIERRE-JEAN DE BÉRANGER (1780-1857)

O RATO

Medrosa, a jovem Lisa
Teme qualquer ratinho
E berra de ojeriza
Se um lhe cruza o caminho.

Fazer tanta zoada
Por um bicho tão fraco!
Fica, Lisa, calada:
Deixa que ache o buraco.

Gritando, Lisa tenta
Fugir-lhe, mas em vão:
O rato que a atormenta
Lhe salta para a mão.
Ela aperta, assustada,
O tal bicho velhaco.
Fica, Lisa, calada:
Deixa que ache o buraco.

É tão grande o pavor
De Lisa, que desmaia.
Se mete o roedor
Por sob a saia.
Sem medo de mais nada,
Põe-se a comer seu naco.
Fica, Lisa, calada.
Ele achou o seu buraco.
(Tradução de José Paulo Paes)

PIERRE-JEAN DE BÉRANGER (1780-1857) – O poeta, libretista, cançonista e letrista musical francês, Pierre Jean de Béranger, foi participante ativo do movimento da convulsão social que se seguiu à Revolução Francesa, obtendo popularidade como Victor Hugo e Alphonse de Lamartine. Deixsou uma obra lírica vibrante que ainda hoje desperta o interesse do público erudito. Sua primeira coletanea tem o título malicioso de Chansons morales et autres (Canções morais ... e outras), publicada em 1815. Segue-se outras coletâneas posteriores até Chansons nouvelles et dernières (Canções novas e últimas). É autor de mais de uma centena de canções inéditas e romanceiros. Suas canções foram reunidas em vários volumes celebrando o amor e a juventude em diapasão báquico, atacando revolucionariamente os padres e os novos pobres, tornando-se, por isso, grande poeta popular da Fraçam do séc. XIX.



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