sábado, novembro 01, 2008

ROCHESTER



Imagem: The Deliverance of Arsinoe, c.1560, do pintor do Maneirismo italiano Jacopo Tintoretto (ca. 1518-1594).

A CARNALIDADE DOS POEMAS LIGEIROS DE JOHN WILMOT, O CONDE ROCHESTER

QUARTETO

Quando despeço-me do rei a jeito,
A língua em sua boca e a mão no rabo,
Portsmouth que feche a cona de despeito,
E Mazarino que me beije o rabo

Quando o rei da Inglaterra em mim se aninha
E a minha cona com seu pau labuta,
Um peido mando para Nelly, essa putinha;
Dane-se Mazarino, a grande puta!

UMA PUTA

Ela era de tal modo uma puta,
Que antes mesmo de nascer
Virou sua boceta, diminuta,
Para a ambas o pai foder.

Era uma puta precoce e consumada:
Deu no ventre da mãe uma guinada
Tal que juntou cona a cona e, maravilha,
O pai fodeu conjuntas mãe e filha

JOHN WILMOT – O CONDE ROCHESTER (1647-1680), segundo José Paulo Paes, celebrizou-se como um dos mais dissolutos cortesãos de Carlos II e deixou um bom numero de poemas ligeiros, de uma carnalidade sem rebuços. Além disso ele assumiu perante a espiritualidade a missão de divulgar e solidificar a doutrina espírita, revelando ao mundo material as leis que regem o universo, elucidando e desmistificando, assim, os mistérios da então nascente doutrina.

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