terça-feira, agosto 19, 2008

MAURA DE SENNA PEREIRA



Imagem: Diana and her Bather , 1715-16, do pintor do Rococó francês Jean Antoine Watteau (1684-1721).

A MISTERIOSA CISTERNA

Maura de Senna Pereira

Desde que me falaste naquela misteriosa cisterna, meu coração não sossegou mais. Vive nutrindo a idéia e o desejo de ir até lá, como um peregrino quase morto de sede, para beber na cisterna misteriosa a água iluminada da verdade.
Mas tenho tanto medo de ir só!
Vamos nós dois, de mãos dadas, como duas crianças curiosas, vencendo caminhos impérvios ou ladeando canteiros cheirosos de resedás, até a cisterna misteriosa que entesoura a água iluminada da verdade?
Meu coração já conhecia as crucificações deliciosas da beleza, mas a revelação da tua palavra adorada – nem imaginas, meu príncipe e meu pastor, nem imaginas – fê-lo desejar ainda esse outro estremecimento.
Mas tenho tanto medo de ir só!
Vamos nós dois, de mãos dadas, como duas crianças curiosas, vencendo caminhos impérvios ou ladeando canteiros cheirosos de resedás, até a misteriosa cisterna que entesoura a água iluminada da verdade, e beber, beber, beber?

FONTE;
PEREIRA, Maura de Senna. Poesia reunida e outros textos. Florianópolis: Academia Catarinense de Letras, 2004.

VEJA MAIS:
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
PRÊMIO NASCENTE DE POESIA
CONSORCIO LITERÁRIO NASCENTE
BRINCARTE
PALESTRAS
FAÇA SEU TCC SEM TRAUMAS
RADIO TATARITARITATÁ – LIGUE O SOM E VAMOS CURTIR!!