quarta-feira, março 19, 2008
GINOFAGIA
Imagem: foto/arte Derinha Rocha.
PRIMEIRO POEMA DE AMOR PARA A MENINA AZUL
Luiz Alberto Machado
Foi com seu jeito franzino que ela tirou um fino no céu e acertou em cheio e com escarcéu a minha retina. Esse jeito menina cheia de vida traquina virou a noite do dia dentro de mim que sem guia e na maior fantasia ficou tatuada na minha memória. Era a sua vitória, uma asa torta, pá virada. Eu de chapa: será roubada? Era não, era uma deusa em plena profanação. Ah, que festão no meu coração. O cheiro da sua carne amena, uma menina falena cheia de truques e simulação. Eu na maior perdição, ela apontando pro norte, seguia pro sul sua sorte, maior gamação. Eu, então, sigo seu jeito que ofusca quando ela aonde me busca e não me dou por vencido. Sou enxerido e muito pelo contrário, sou vencedor. Sou o domador dessa andeja presente. E a gente, coração cheio divide a vida meio a meio sem prova dos nove ou descarte. Ela faz estandarte da minha expressão. E me leva nas mãos pelo rio do seu ventre. Eita, chaleira quente das boas esquentadas, seu chamego ponto de chegada que de mim resta quase mais nada porque sou simplesmente um reles dependente, humano reincidente querendo seu colo e suas miragens, suas as paisagens oníricas de sua boca fatídica dos meus naufrágios. Ela cobra então ágio no nosso céu de beijos, multiplicando os desejos de abraços, cobiças e ânsias. Santa extravagância! E a vida treme nos seios dela, entre o meu coração e apalpadela no seu sexo gostoso, é aí que vem o gozo de todos ais e uis porque os nossos sonhos são todos tão azuis.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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