Imagens: Acervo Isis Nefelibata.
NUDEZ
Ela se aprontou e toda se
aprumou
para o encontro marcado.
Tanta era a saudade que
toda a sua vaidade
cheirava a perfume bom...
Estava toda ansiosa e toda
jóia preciosa,
guardara no tesouro de sua
mina.
O tempo se arrastara em
alegria pois,
na intimidade do seu dia,
o amor havia se
declarado...
O coração palpitava
e quanto mais a hora
chegava,
mais ela se enchia de
sorrisos e luzes.
O momento chegou, a hora
passou...
foi-se embora o brilho...
Ela era sonho desfeito,
com aquela dor no seu
peito,
não conseguia nem chorar.
Assim a madrugada chegou
e ela nem se quer se
deitou,
não se moveu do lugar...
O sono não soube reagir
e tudo o que ela conseguia
sentir
era solidão e a dor da
saudade...
Fui para o banho escorrendo paixão, mal podendo esperar para me livrar da
roupa. Arranquei-a sonhando ser você a me despir e isso me fez remexer as
ancas, na loucura dos desejos latejantes entre as pernas. Abri o chuveiro e me
permiti um banho morno, bem morno após a longa e sofrida noite e tudo o que eu
sentia, era como se seu corpo me cobrisse no lugar da água morna... cheguei a
sentir sua pele de seda a me roçar, esfregar e me toquei com calma, porém com
certo desespero pelo gozo há dias reservado, contido. Meti o dedo na buceta,
percebi o calor lá dentro e tudo o que eu queria era o seu pau se enfiando em
mim. Depois de socar o dedo lá nas passagens vaginais, eu meti dois dedos no
cu, socando-o com cuidado mas metendo de fato como se fossem os seus mágicos
dedos a me explorarem toda. Não me contive, meus lábios agiam como extrema
vontade diante de um prato gostoso, irresistível, suculento e passei a língua
nos lábios, desejando seu falo brincando neles até que minha boca ansiosa,
gulosa, abocanhasse esse troféu da minha querência. Remexi novamente as ancas
como se me abrisse ao seu prazer, à sua boca, à sua língua e queria mesmo estar
cavalgando como louca no seu remo encantador. Com os dedos no cu, encostei o
punho na xana, me recostei na parede suada pelo ar morno, quase quente do
chuveiro e em movimentos esfregadiços, vai e vem, montando o meu safado e
delicioso macho, eu gemi, gemi, gemi e me deixei desmanchar em gozo, misturando
meu champagne à água daquele banho inesquecível... chamei o seu nome, lágrimas
desceram no meu rosto de corpo trêmulo. Lavei-me sentindo o carinho do sabonete
por toda a minha pele e entranhas, sentindo apenas o seu delicioso mastro
passando por todos os meus cantos e recantos sem fins, sem rumos, com destino
apenas voltado para o meu homem, você, meu amor...