quinta-feira, setembro 03, 2009

PAULA LEE



Imagem: xXx de Pedro Gonçalves.

UM SONETO E DOIS CONTOS DA AMANTE PROFISSIONAL PORTUGUESA PAULA LEE

SONETO

Pelo meu corpo as mãos passeiam macias
relaxo, viajo, estou quase dormente
paraíso achado, sem mapas, nem guias
sem regras, sem horas e sem expediente.
As mãos que outrora estiveram tão frias
agora aquecidas estão indecentes
apalpa, escorrega, me acaricia
e descobre o prazer já tão iminente.
Quando menos espero ele me enfia
o pênis - e me segura pela bacia
o meu corpo segue o seu, obediente.
Meu corpo em desejos já se pronuncia
Gritos, gozos, convertem-se em calmaria
E o que resta agora é paz, somente.

FOSTE UMA DAS MINHAS MELHORES FODAS

Tenho 19 anos e sempre quis ir para a cama com o João, um militar de 28. É melhor amigo do meu irmão, e por isso trata-me como se eu fosse uma criança.

Apesar das minhas investidas, inúmeras, ele não se atreve a ir comigo para a cama, por causa da bendita amizade.

Lourdes, a minha melhor amiga, já havia tido sexo com ele. Fizemos um pacto de que não destruiríamos a nossa amizade por causa de homem. Caso encontrássemos alguém a sério, por quem estivéssemos apaixonadas e cegas de desejo por uma vida conjunta, alguém por quem sentíssemos uma reciprocidade a nível sentimental, diríamos à outra, e aí não haveriam divisões ou concessões. Confessávamos aberta e liberalmente os nossos desejos e fantasias em relação ao João, sem sentir que a outra seria uma ameaça. Se existisse um homem que não se pudesse ter por inteiro, dividiríamos a metade. Como o João só me olhava como se eu fosse uma criança, era natural que a Lourdes fosse a primeira. Fiz com que ela me contasse todos os detalhes. Ela andou muito eufórica durante alguns dias, mas depois confessou-se um pouco desiludida e não queria tocar no assunto. Na última semana ela apenas tinha me ligado a dizer: “Agora é a sua vez.” O João deve ter perdido a graça para ela. A Lourdes costumava perder o desejo pelos homens, depois que conseguia levá-los para a cama. Apesar de ser cinco anos mais velha que eu, dizia nunca ter se apaixonado. “Eu não acredito em amor, pois não consigo acreditar em nada que eu não possa tocar” – era a sua afirmação de praxe, que usava para justificar que o sexo para ela era uma espécie de sentimento. Nunca acreditei que seria assim para sempre. Um dia ela experimentaria o amor, mas, quando isso acontecesse, talvez ela não me contasse, por ser dominadora e não gostar de se sentir frágil ou vulnerável.

Eu já tinha percebido: o João era um homem mulherengo, do tipo que gosta muito de sexo. Estava sempre a sair com várias mulheres. Era casado há apenas dois anos, mas isso não impedia seu louco desejo de experimentar novas ratas. Não era o tipo de homem que inventa que é solteiro, ou que conta que a mulher está acamada, em estado terminal. É o tipo de homem que, se você o conhece de forma diferente da familiar qual o conheci, te diz que é casado mesmo, mas gosta de sexo e quer ir contigo para a cama. E termina a frase com uma pergunta simples e directa: "Topas?" Não consigo imaginá-lo a levar um "não" como resposta, também porque, o João é um homem irresistível. Tem 1.80m, cabelo escuro, olhos castanhos enigmáticos, e um corpo muito bem definido. Alinha-se como uma espécie de homem que gosta de seduzir, e parece estar a fazê-lo todo o tempo. Um dia ouvi uma conversa em que ele contava para o meu irmão que a situação estava um pouco complicada, porque uma mulher com quem tinha saído estava apaixonada por ele. “Eu não represento nada para você?” – era o que ela parecia ter-lhe dito, aos prantos. Mas a sua resposta não havia deixado margem de dúvidas de que ele não queria nada mais além de sexo: “Sim, claro que representas. Foste uma das minhas melhores fodas.”

Já tinha apreciado seu belo corpo na piscina, todo molhado e bronzeado, mas toda a família e amigos estavam reunidos, e não tive oportunidade de abordá-lo.

Pobre João…Ele ainda não sabe que eu consigo tudo o que quero! Peguei uns dvds no quarto do meu irmão e resolvi ir até o seu apartamento. Quando cheguei, quem abre a porta é a Sofia, sua esposa. Calculei mal a hora; pensava que ela já tinha saído, pois tinha marcação feita no salão da minha irmã, e pelos vistos demoraria, já que reservou hora para fazer cabelo e depilação. Eu disse que tinha uns dvds para entregar ao João. “Deixe comigo que eu entrego.” – ela interpelou. “Mas ele não está em casa? É que não tenho bem certeza se são esses, e quero ver se não está algum a mais.” – foi o que eu consegui inventar na hora. Deu um grito no João para que ele se despachasse, informando brevemente que eu tinha que entregar-lhe umas coisas. Pediu desculpas porque estava de saída, mas disse que eu aguardasse na sala, porque ele estava no banho. Despediu-se de mim e saiu. Fui até a janela e vi-a arrancar com o carro. Contei dez segundos e subi para o quarto deles.

Ele acabava de sair do banho, vestindo apenas numa toalha branca, amarrada na cintura. Fez uma cara de espanto inicial, mas depois já não parecia preocupado com a minha presença. Receoso talvez, porque sabia que sempre que eu estava por perto era sinal de que eu tentaria seduzi-lo. Sentou-se numa poltrona cor de vinho que estava na frente da cama, puxou por um cigarro, e perguntou: "O que mesmo você disse que tinha que me entregar?" Tirei o meu vestido e sentei-me em cima do seu colo, apenas vestindo uma cueca fio dental. Senti o pau dele crescer debaixo de mim. "A minha virgindade" - respondi.

- Mas eu já te disse que contigo eu não vou para a cama. Sou o melhor amigo do seu irmão. Eu prometi-lhe que serias a única mulher com quem eu não iria para a cama. – e deu uma tragada longa, colocando o cigarro no cinzeiro.
- És o melhor amigo dele; não vais para a cama com ele.
- Não seja malcriada… Eu posso ir para a cama com todas as mulheres que eu quiser, mas não vou estragar a minha amizade com seu irmão por causa disso…
- Meu irmão não precisa de saber. Fica sendo um segredinho nosso… - eu falei meiguinha com voz de gato. – Veja bem… Você me quer que eu sei. E não adianta esconder a verdade, porque o Joãozinho não te deixa mentir. – E desfiz o nó da toalha, colocando o pau dele pra fora, erecto e cheirando a xampu. – Veja só como eu estou nervosa por estar aqui contigo…- falei mansinho, pegando na sua mão e colocando-a no meu peito esquerdo, nu e rijo. – Sente as batidas do meu coração? E não é só o meu coração que está assim. - Puxei minha cueca para o lado e mostrei minha rata. – Está vendo? Ela está ansiosa para encontrar com o Joãozinho, que está aí, bem na minha frente. Vem cá… Me dá a sua mão… Sente como ela está molhadinha? Já estou sentindo-a inchar por dentro, de tanto desejo… Parece que meu coração está agora dentro dela, pulsando, cada vez mais forte. Acho que vou explodir se o Joãozinho não cuidar dela. Agora seja um bom menino e faça o que tem que fazer. – ordenei num tom suave e insinuador.

Ele calou-se, pois não teria mais como resistir. Puxou o resto da toalha para o lado e meteu o seu pénis dentro de mim. Ele deve ter sentido que eu mentia em relação à virgindade, mas possivelmente não estava a se preocupar com isso naquele instante. Como já estava dentro, agora não ia parar antes do objectivo final. Beijou-me na boca intensamente. Brincou com a ponta da língua nos meus seios, depois pegou-os com as mãos e começou a beijá-los, a chupá-los, quase mesmo a sugá-los para dentro da sua boca. Beijou-me o pescoço e deu uma lambidela na minha orelha. Continuamos metendo ali sentados no sofá, suas mãos ora tocavam meu rabo, ora segurava na minha cintura, e ele ficava dizendo o quanto eu era apertadinha e gostosa. “Me chama de sua putinha” – pedi. “Arranca meu cabacinho todo!” Era tanto desejo que eu sentia, era tanto tempo que eu queria aquela foda, que nesse momento eu já estava a ter meu primeiro orgasmo. Ele notou que eu estava completamente molhada, e chegou o rabo um pouco mais para a frente no sofá, permitindo que eu passasse os meus pés em volta das suas costas. O movimento ficou mais sincronizado e nossos corpos ficavam cada vez mais juntos. O sofá parecia se mover junto com a gente, e já quase chegava na cama. Levantou-se do sofá, me levando junto, ainda com as minhas pernas em volta das suas costas. Continuou me metendo de pé, e depois deitou-me na sua cama, que ainda estava desfeita, e continuou a penetrar-me, chamando-me nomes e suspirando. Depois saiu e tirou a minha cueca, que possivelmente já deveria estar a incomodá-lo. Colocou-me de quatro na beirada da cama, e ficou de pé do lado de fora. Começou a meter de novo na minha rata, segurando-me pelas ancas e dizendo: “Sua putinha deliciosa! Toma todo o meu pau, toma!” Vez ou outra dava-me tapinhas no rabo, e continuava no movimento de vai e vem, até que ele gritou: “Ahhhhh. Estou quase… Quase… Qu… Hum…” E senti ele tremer, e o pau dele a latejar dentro de mim.

Ficamos ali deitados na cama. Olhamos um para o outro, como dois namoradinhos, e de repente vi no seu olhar que ele parecia encabulado. Depois levantei-me e pedi que me emprestasse uma toalha. Entrei no quarto nua, depois de um duche rápido, e ele ainda estava deitado, a olhar-me e sem dizer muitas palavras. Peguei na minha cueca e coloquei dentro da minha bolsa, pois ela estava completamente molhada.

Ele não havia conseguido ser fiel ao seu melhor amigo, mas eu tinha sido fiel à minha. Ele viu-me a sair sem cuecas e sem palavras, mas antes de fechar a porta eu disse:

- Foste uma das minhas melhores fodas.



Foto: sem título de Pedro Gonçalves.

GOSTO DOS TÍMIDOS

Nada me excita mais do que um homem tímido. Desde a escola era assim. Os tímidos eram caçoados pelos outros homens, mais espertos e aventureiros. Certa vez o Artur, um rapazito muito tímido, o mais inteligente da classe, de óculos de grau e sempre cabisbaixo, era humilhado por esses rapazes, que diziam que ele seria gay. Jogavam os seus livros no chão, e pressionavam para que ele confessasse sua homossexualidade. Ele mal pronunciava as palavras, de tanto que tremia e gaguejava. Cheguei e pus-me no meio da conversa, para saber o que acontecia. Logo me olharam, pois todos eles me desejavam, sem nunca ter conseguido nada comigo. Mas eu não lhes dei atenção. Fui até o Artur e dei-lhe um grande beijo na boca, e depois disse: “Adorei a nossa noite de ontem. Estou ansiosa para repeti-la”. Desde então ganharam respeito pelo Artur. O Artur veio agradecer-me pela mentirinha, e viramos grandes amigos. Até tive vontade de ir para a cama com ele, mas a nossa amizade havia virado algo mais importante que o tesão.

Os garanhões estão literalmente riscados da minha lista. Já estive com alguns, mas sempre me decepcionaram. Fazem todo aquele jogo de sedução, mas depois, quando acham que já me têm, esquecem de todas as boas maneiras iniciais.

Mas eu gosto é de seduzir, e não de ser seduzida. Não vou à caça dos meus homens nos lugares mais badalados, como as discotecas, festas ou na praia.

Minhas presas geralmente frequentam bibliotecas, livrarias, sarais de poesia, ou se escondem com um nick suspeito na Internet.

O Gabriel eu conheci num ambiente em que eu não esperava conhecer ninguém razoavelmente interessante. Foi numa discoteca. Possivelmente levaram-no amarrado. Eu observava de longe, sentada no bar. Ele parecia ser diferente de todos os outros. Até parecia tentar agradar, mas não se encaixava no ambiente. Levaram-no para a pista, mas ele não sabia dançar, e voltou para a mesa quando notou que estaria sendo ridículo. Olhava muitas vezes para o relógio. Dois dos seus amigos voltaram para a mesa com mais duas miúdas. Beijavam-nas e apalpavam-lhes os rabos, na sua frente, e eu via que ele ficava constrangido. Três dos outros rapazes ainda estavam na pista de dança, à caça. Um deles aproximou-se de mim, e começou a lançar conversa. Qual o seu nome? Sua idade? Onde moras? Vens sempre aqui?... Ele bombardeou-me de perguntas, até dizer que eu era muito gira e que gostaria de me dar uns beijos. “Na verdade…” – eu comecei. “Estou interessada num amigo seu.” Ele ficou parado, chocado, e quis logo perguntar qual deles. “Daqui a pouco vou até a sua mesa e te mostro.” – eu disse. Ele foi para a pista, e começou a falar com os amigos e a apontar para mim. Todos foram para a mesa. Acabei de beber o meu drink. Levantei-me e fui até lá. Sentei-me do lado do menino tímido e disse, abraçando minha mão no seu ombro: “É esse que eu quero.” Vi várias bocas abrirem na minha frente. Convidei-o para beber no balcão comigo. Ele ficou confuso, mas foi, talvez porque qualquer coisa seria melhor do que estar junto daquele montão de marmanjos, que só queriam intimidá-lo.

- Por que você me chamou aqui? – ele perguntou-me depois de um longo silêncio.
- Porque gostei de ti.
- Foi meus amigos que te pediram para me pregar uma peça, não foi? Pois se foi…
- Ei… - eu interrompi. – Seus amigos não têm nada a ver com isso. Nem os conheço, nem quero conhecer. Gostei de ti, e é você que eu quero.
- Mas por quê? – ele corou.
- Porque só gosto de homens tímidos.

Ele deu um gole no whisky fazendo careta. Tinha 26 anos, mas não parecia nada experiente. Todo aquele ambiente parecia contrastar com a sua postura reservada, quase acanhada.

A música mudava, e só víamos pessoas a balançar a cabeça no meio da pista. Alguns já bêbados, pareciam tocar guitarras e baterias invisíveis.

- Vamos sair daqui. – eu disse-lhe.
- Para onde?
- Importa?

Levei-o para a minha casa. Sentei-me no sofá e indiquei que se sentasse, e estive a observar o seu silêncio.

Descalcei as botas, e estive a brincar com os meus pés nas suas pernas. Ele parecia tremer.

- Tens medo de mim?
- Não, não é isso.
- Então é o quê?
- Na verdade… nunca imaginei que estaria com uma mulher como você.
- Então não imagina nada… Deixa acontecer…
- Não sei o que fazer.
- Não precisa… Deixa que eu faço tudo.

Sentei-me no seu colo. Tirei minha roupa de cima e fiquei com meus dois seios nus, bem à frente dos seus olhos. Parecia que ele estaria vendo uns seios, ao vivo, pela primeira vez na vida. Peguei nas suas mãos e coloquei em cima deles, devagar.

- Vês? Pode tocar…

Ele tocava, apertava, como se experimentasse pela primeira vez, como se fosse comprovar que eles eram mesmo reais. Meus biquinhos rosados ficavam excitados, como se estivessem com frio.

- Também podes colocá-los na sua boca… - eu sugeri, já chegando os meus peitos bem perto dos seus lábios.

Ele chupou, como um bezerro desmamado. Eu tirava uma mama e colocava a outra, bem devagarinho. Ele foi ganhando o jeito, e chupando uma enquanto acariciava a outra com a mão.

Senti o seu cacete crescer, bem debaixo da minha cona. Minha xota parecia ferver, de tanto desejo.

Tirei sua camisa. e encostei meus seios, rijos, quentes e molhados pela sua saliva, no seu.

- Gostas? – perguntei.
- Muito. – ele respondeu, quase a gaguejar.

Desencostei-me e saí do seu colo. Abaixei e tirei seus sapatos. Continuei de joelhos e abri o zíper da sua calça. Senti suas pernas contraírem. Deixei que ele continuasse de calça, mas coloquei o seu pau para fora. Senti que ele tinha vergonha de expor o seu membro para uma quase desconhecida, e eu disse para que não tivesse medo, pois seria muito bom. Acariciei seu pau com as minhas mãos, ágeis e delicadas.

Abandonei seu mastro, e sentei bem ao seu lado no sofá, lançando-lhe um olhar sedutor, ameaçador, traiçoeiro e misterioso. Tirei a meia calça, e depois, bem devagar, fui arrancando minha cueca. Continuei com a saia. Sentei em cima do seu instrumento, sem meter, apenas para que ele sentisse o calor da minha cona. Depois virei de posição, sentando com o rabo no seu pénis, deixando-o bem no meio do meu rego, e deitando minhas costas no seu tronco nu. Peguei nas suas mãos e coloquei novamente nos meus seios. Estive a rebolar por cima dele, seguindo os movimentos circulares das suas mãos. Coloquei uma das suas mãos na minha cona, por baixo da saia, para que ele sentisse com os dedos o que sentiria com o pénis, metido dentro dela, alguns minutos depois. Enfiei um dedinho dele na minha coninha, e ele conseguiu notar o quanto já estava molhada.

Tirei seu dedinho e levantei-me novamente. Nesse instante ele já se sentia um bonequinho, que não sabia o que eu faria a seguir. Pus-me de joelhos, e coloquei o seu pirilau na minha boca. Coloquei-o todo lá dentro, e ia subindo e descendo. Ele começou a gemer. Parei o broche, começando a dar beijinhos no seu cacete, e a lambê-lo com a ponta da língua. Passei a língua nas laterais e depois enfiei-o todo na minha boca, novamente, num golpe de misericórdia. Levantei-me e abri o zíper da minha saia, deixando-a cair. Arranquei-lhe as calças e os boxers. Peguei um preservativo na minha bolsa, e ensinei-o a colocar. Sentei no seu colo, mirando o seu pau no meu buraquinho. Fui descendo bem devagar, de modo a sentir cada centímetro a entrar. “Vamos brincar de elevador…” – eu disse, marota. Quando eu cheguei no fundo, ele gemeu. Continuei rebolando, subindo e descendo.



PAULA LEE – A escritora, blogueira e amante profissional portuguesa, Paula Lee (ou Paulinha para os íntimos), mora em Lisboa e é terapeuta sexual, se diz loura de 27 anos de idade, meiga, educada e discreta. Ela foi operadora de linhas eróticas, fez circuito nas boites e é massagista profissional. É autora dos livros “Alugo o meu corpo”, “O dobro e a metade” e “Sexo não rima com nexo”. Para ela, ser prostituta se resume em receber a massa e abrir as pernas. Ser amante profissional "[...} envolve todo um trabalho terapêutico, que por acaso envolve sexo, e que consiste em muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto deverei abrir as pernas. Envolve carinho e principalmente respeito pelo ser humano, suas carências, suas fragilidades, seus desejos e suas limitações. Entre quatro paredes, pelo menos por alguns instantes, na minha cama que também serve de divã, um cliente se torna um homem livre". Ela edita o site Amante Profissional e o blog Amante Profissional.

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