sexta-feira, setembro 25, 2009

LOLITA



Imagem: Cerca... de Nelson Perez

OS TEXTOS PICANTES DE LOLITA

TERAPIA DO SEXO

Quando estou com problemas, preciso transar. Sou uma mulher sensível, que precisa de amor e carinho, mas quando estou angustiada não me importa fazer amor, quero o sexo puro e simples. Preciso de um homem que me deseje até a raiz dos cabelos e me faça sentir pura e simplesmente mulher.
Sempre senti fascinação e respeito pelo sexo desde a mais tenra idade; dois corpos, duas almas em um abraço sem controle, sem razão, mágico.
Meu companheiro entende muito bem quando chego amuada, sem muitas palavras, me aninhando em seu peito como uma gatinha acuada. Foi assim que cheguei, ontem. Sei que isso o excita e a mim também, me fazendo pensar que essas são nossas melhores performances.
O encontrei no shopping, no final de uma tarde fria e nublada. O mau tempo só acentuou minha melancolia. Entrei em seu carro e o beijei. Quando estou assim, não pergunto pra onde vamos e ele também não me diz. Acendi um cigarro e fiquei observando a paisagem sem ver. Conseguia ouvir sua respiração, dirigindo tão concentrado. Às vezes, passava os olhos nos meus e voltava a fitar o trânsito, sem sorrir, sem demonstrar qualquer tipo de emoção. Isso me excita ainda mais por me dar a impressão de estar com um estranho. Como se tivesse pegado uma carona pensando ir a um certo lugar e, na verdade, estar a mercê de sabe-se lá quais intenções do motorista.
Fiquei observando este que é meu homem; pele morena, braços torneados e adornados com uma bela tatuagem... Um homem bonito e viril. Entramos em um motel. Chegamos ao quarto superluxo e meu companheiro sentou na cama, tirou os sapatos e continuou fitando o chão. Tomei um gole de vodka com gelo. Estava de vestido. Começou a chover. O quarto estava escuro. Levantei o vestido e tirei a calcinha, dobrando o corpo até os pés. Ele parou pra me observar. Cheguei a sua frente e sentei em seu colo, com as pernas abertas, encharcada de desejo. Ele segurou minha nuca e me beijou. Desabotoei sua camisa, enquanto ele apertava meus seios. Fiquei de joelhos entre suas pernas, abri sua calça e descobri seu sexo pulsante. Antes que eu fizesse qualquer coisa, ele estava completamente ofegante. Sabe como se chupa um picolé? ... Exatamente!
Ele ficou fora de si, me pegou pelo braço, me apoiou na cama, senti sua mão roçando entre minhas pernas, depois afastando minhas nádegas... Nunca fizemos isso! Tentei me virar, ele me imobilizou com firmeza e me penetrou por trás. Dor! Gritei mas ele continuou firme, gemendo, me arranhando e aos poucos fui sentindo que ia ficando gostoso. Friccionei meu clitóris e gozei longamente sentindo meu homem gozar comigo.
Me levantei e entrei no banho. Estava me sentindo leve, bem. Nada como um bom sexo selvagem pra relaxar! Liguei o chuveiro, mas quando bati o olho na banheira, mudei de idéia. Deixei que a água morna fosse me cobrindo, massageei meus seios, meu clitóris... Abri um pouco mais as pernas, deixei o jato d’água bater lá dentro... quando me dei conta de que ele estava lá, parado na porta, me olhando com o sexo ereto. Andou, entrou na banheira sem tirar os olhos de mim, agarrou meus cabelos, se enfiou entre minhas pernas e me penetrou impetuosamente sem se importar se eu estava pronta ou não. Ora, tentava segurar na borda da banheira, ora cravava-lhe as unhas. Seus movimentos eram tão violentos que a água estava revolta. Pra mim, era uma mistura de tesão , dor e prazer, às vezes eu pensava em pedir pra parar mas a verdade é que eu não queria. Ele me abraçou e ficou de pé, comigo no colo saiu da banheira e me deitou na cama, me beijou carinhosamente e sussurrou no meu ouvido um pedido de desculpas. Eu não tinha o que desculpar. Deitou sobre mim e me beijou como se fosse a primeira vez. Eu me sentei na cama e quando vi que ele fez o mesmo, sentei em seu colo e assim cavalguei às estrelas o mais rápido que pude. Caímos exaustos e molhados na cama. Nunca tinha dito e não foi dessa vez, mas principalmente nesses momentos eu sentia que o amava com todas as minhas forças. E naquele exato momento eu soube que deveria vender as ações sem medo. Melhor terapia que essa não há.

UMA CARONA PARA AS NUVENS

Dia cheio. Dia quente. Mas eu prefiro isso a um dia vazio e molhado. Um dia, ainda vou ter um carro. Embora só por hoje eu possa agradecer por não ter um. Se tivesse e não precisasse andar até a parada de ônibus, não teria pegado a melhor carona da minha vida.
Estava fazendo minha caminhada de sempre, depois do trabalho, quando ouço uma buzina e vejo um carro encostar ao meu lado. Loucos tarados costumam fazer isso e eu morro de medo porém quando olhei direito pra direção, vi que não se tratava de um tarado e sim de um colega de sala da faculdade me oferecendo carona. Legal! Engraçado ele ter me visto e parado. Na faculdade, a gente conversa e tal mas não anda junto nem nada.
Sempre o achei uma gracinha mas não sou do tipo que dá em cima mesmo sabendo que, aparentemente, ele não tem ninguém. Chamem de lerdeza, o que quiserem. Não sou muito boa na arte da sedução, confesso.
Fomos batendo um papo tão agradável que eu pedi que ele me deixasse na rodoviária. E continuamos discutindo sobre a obra do destino de termos nos encontrado tão por acaso e podia não ser acaso, etc. Paramos em um sinal vermelho e aconteceu um lance mágico. Não consigo me lembrar o que estávamos conversando exatamente quando olhamos um para o outro sorrindo e o tempo parou. Senti uma vontade enorme de beijá-lo mas fiquei quieta. Ele rompeu o transe avançando pra mim de sopetão, me dando um beijo. Levei um susto e por impulso virei o rosto, de modo que o beijo pegou na bochecha. Foi, então, que reparamos que o sinal estava verde há muito tempo com um monte de carros buzinando e arrancando em mil xingamentos. Caímos na gargalhada. Paramos de falar, contudo, havia alguma coisa ali, um clima descontraído e algo mais de misterioso, excitante.
Sem dizer nada ele tomou o caminho do Parque e como se eu intimamente quisesse, desejasse o que nem sabia direito, consenti sem dizer palavra. Em poucos minutos, estávamos estacionados em uma área incrivelmente deserta do Parque, onde não se via sinal de viva alma. Meu coração batia no estômago quando mal ouvi ele dizer:
--- Se chegamos até aqui, é porque nós dois sabemos o que queremos.
E por incrível que pareça, nessa hora, eu o beijei. Um beijo forte, quente, cheio de desejo. No fundo, no fundo sempre o quis. E me sentia mais solta, relaxada e excitada sentindo que ele me queria também. Ele me beijava com força, com fome punha a língua reta, dura na minha boca, me sugando como se quisesse mostrar com o beijo o que iria fazer com meu corpo depois.
Eu estava completamente mole, entregue. Entre beijos incendiários, praticamente sem fôlego, sussurrei em seu ouvido:
--- Faça o que quiser comigo...
Ainda tive tempo de tirar a calça. Ele me puxou pra cima dele, então, estava em seu colo, tendo-o entre minhas pernas, grudados de cima a baixo por causa do volante logo atrás de mim. Ele tirou a blusa e eu desabotoei sua calça. Assim, sentada em cima dele, pude sentir como estava excitado. Eu mexia o quadril pra deixá-lo ainda mais louco e ele segurava minha cintura com força e dizia:
--- Vou por tudo dentro de você, você vai ver!
Eu mordiscava sua orelha e sussurrava:
--- Vem, eu quero sentir você todo dentro de mim.
Ele tirou minha blusa, desabotoou meu sutiã e ficou beijando meus seios, mordiscando o bico. Enquanto isso, ele enfiou os dedos por entre minha calcinha e introduziu dentro de mim. Eu estava completamente molhada. Ele dizia:
--- Eu quero você todinha!
Ele tirou pra fora, completamente latejante, eu segurei e coloquei a pontinha quente por entre a calcinha. Ele me olhava de um jeito extremamente selvagem. Fui descendo, sentindo-o entrar quente e rijo dentro de mim. Não conseguia mais segurar os gemidos e ouvia os dele junto com a respiração acelerada. Ele estava todo dentro de mim, um caminho sem volta. Daí pra frente só sentíamos a ânsia violenta dos corpos na busca da satisfação. Ele segurava minha cintura com uma força incrível, movimentando meu quadril e me beijando. Em certa altura, ele deitou o banco do passageiro. Entendendo o que ele queria, rapidamente passei para o outro banco e ele veio por cima de mim, abriu minhas pernas e com um beijo de tirar o fôlego me penetrou com força. Indescritível o êxtase de sentir seu corpo pressionando o meu, suas mãos me segurando, me apertando, senti-lo me penetrando com força e me beijando com carinho, seus movimentos ficando cada vez mais rápidos.
Em uma mistura de suspiros e gemidos, com os olhos fixos em mim, senti seu gozo quente invadir meu corpo, provocando o meu cheio de espasmos de prazer. Ficamos um tempo assim, imóveis.
--- Quem diria... --- disse ele --- você esperava por isso? Nem eu.
Vestimos as roupas e retomamos minha carona como se no meio do caminho tivéssemos sobrevivido a um furacão. O que não deixa de ser metaforicamente verdade. Nos despedimos com um beijo e cada um seguiu seu caminho. Nos encontramos depois, na faculdade e é engraçado ver como ambos encaramos tudo como uma simples carona e de vez em quando trocamos olhares cúmplices. Quem sabe um dia repetimos a dose...

LOLITA – Lolita é o pseudônimo da escritor Suzana Naihara Fernandes Pereira Silva, que é forma em Letras pela UCB, Cidade Ocidental – Goiás. Ela reúne suas poesias e textos eróticos no Recanto das Letras.

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