quarta-feira, dezembro 28, 2011

GINOFAGIA: A CHEGADA DE ISIS


Imagens: acervo de Ísis Nefelibata

GINOFAGIA: A CHEGADA DE ISIS

Luiz Alberto Machado




Isis ascendeu decidida no meio da multidão desgovernada e logo percebeu meu desamparo naquela desordem.
Ela então se fez esteio no centro do turbilhão, o meu completo refúgio. O seu jeito manso me abrigou desde longe e seu olhar tocou meu sexo que virou lança certeira para atingir o alvo da sua sedução.
No meio daquela azáfama, ela me tomou nos braços e me encaminhou por todos os labirintos recôndidos no Tietê transformando a tarde mormaçada na noite enluarada para me fazer conviva no seu esconderijo mais íntimo.
Morto de cansado pelo trajeto, ela providenciou em aliviar minha exaustão que me tomava todos os meus músculos e ânimos. Sabidamente exaurido, ela me deu sobrevida com o toque de sua mão hábil, ressuscitando cada parte do meu corpo. Regenerou minha carne, deu mobilidade aos meus ossos, ressuscitou meus nervos e restabeleceu o sangue a correr frouxo por minhas veias.
Revivido, sua boca umedeceu minha vida com as lambidas mais acariciantes de afoguear com labaredas deliciosas todo o meu ser, a ponto de me deixar pronto para tostá-la em retribuição. E lambeu-me a possessão e abocanhou meu poderio e engoliu minha vontade e sobejou minha glande e chupou meu orgasmo para que me desse renascido por completo.

Ela estava faminta e eu, qual Hércules viril e priapo, a tomar conta do pedaço. Mandei ver e a submeti às minhas travessuras safadas para apalpar-lhe as ancas, lamber-lhe os seios, domar-lhe as pernas, apriosioná-la ao meu poder e deixá-la de quatro, mãos tomadas, ela completamente subjugada, lambuzando sua carne com meu sêmen para que se sinta completamente lavada pela fúria do meu desejo, para me apoderar completamente do seu sexo e nele sentir meu caralho louco invadindo suas entranhas para esborrar a loucura do prazer mais desmedido. E com isso constatamos que fomos feitos exclusivamente um para o outro.