Imagens: acervo de Ísis Nefelibata
GINOFAGIA:
A CHEGADA DE ISIS
Luiz
Alberto Machado
Isis
ascendeu decidida no meio da multidão desgovernada e logo percebeu meu
desamparo naquela desordem.
Ela
então se fez esteio no centro do turbilhão, o meu completo refúgio. O seu jeito
manso me abrigou desde longe e seu olhar tocou meu sexo que virou lança
certeira para atingir o alvo da sua sedução.
No meio
daquela azáfama, ela me tomou nos braços e me encaminhou por todos os labirintos
recôndidos no Tietê transformando a tarde mormaçada na noite enluarada para me
fazer conviva no seu esconderijo mais íntimo.
Morto
de cansado pelo trajeto, ela providenciou em aliviar minha exaustão que me
tomava todos os meus músculos e ânimos. Sabidamente exaurido, ela me deu sobrevida
com o toque de sua mão hábil, ressuscitando cada parte do meu corpo. Regenerou minha
carne, deu mobilidade aos meus ossos, ressuscitou meus nervos e restabeleceu o
sangue a correr frouxo por minhas veias.
Revivido,
sua boca umedeceu minha vida com as lambidas mais acariciantes de afoguear com
labaredas deliciosas todo o meu ser, a ponto de me deixar pronto para tostá-la
em retribuição. E lambeu-me a possessão e abocanhou meu poderio e engoliu minha
vontade e sobejou minha glande e chupou meu orgasmo para que me desse renascido
por completo.
Ela
estava faminta e eu, qual Hércules viril e priapo, a tomar conta do pedaço. Mandei
ver e a submeti às minhas travessuras safadas para apalpar-lhe as ancas,
lamber-lhe os seios, domar-lhe as pernas, apriosioná-la ao meu poder e deixá-la
de quatro, mãos tomadas, ela completamente subjugada, lambuzando sua carne com
meu sêmen para que se sinta completamente lavada pela fúria do meu desejo, para
me apoderar completamente do seu sexo e nele sentir meu caralho louco invadindo
suas entranhas para esborrar a loucura do prazer mais desmedido. E com isso
constatamos que fomos feitos exclusivamente um para o outro.
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