sábado, novembro 26, 2011

OS SONHOS DE ÍSIS


Imagens acervo de Ísis Nefelibata.

O SONHO DE ÍSIS


Era tarde...
Bem tarde da noite estrelada,
após adormecer tão cansada
dos momentos mágicos que passamos...
Eu acordei sentindo-me assim,
ainda com seu gosto na minha boca
e a sensação de sentí-lo dentro de mim.
Nos ouvidos, ressoava a sua voz rouca
e ecoavam em meu íntimo
as bobagens de amor proferidas...
Ah!... são as deliciosas coisas da vida!
Eu olhei para o lado, pensando ainda sonhar
e você dormia tranquilo,
parecendo um menino feliz
quando ganha o presente que mais deseja...
Que rosto lindo!
Eu queria saber dos seus sonhos;
queria adentrar-me em sua alma
e percorrer todos os caminhos transitados
naquele momento de profunda calma...
Delicadamente eu toquei o seu rosto,
seus braços, seu peito, que pele macia!...
Desmanchando-me de amor, seu calor eu sentia.
Fui acariciando seu corpo calmamente
e todo o meu ser se despertava mansamente
daquelas horas de sono profundo,
após os delírios de amor que vivemos...


Percebi por baixo dos lençóis que algo em você também acordava,
independente do sono que ainda o mantinha largado...
Seu membro, sentindo as carícias das minhas mãos, me pedia
que eu o cuidasse, não o deixasse sozinho...
Encantada com a magia da natureza que vibra sem parar,
eu tomei o seu membro entre os dedos
e num passe maravilhoso de mágica, ele cresceu mais ainda,
para me dizer que não sentisse medo
porque logo, seu dono iria mesmo acordar...
E num ímpeto frenético de desejo, eu o coloquei na boca
e assim, como me senti a mulher mais louca
por amá-lo com tanta paixão!
Era a fêmea que exalava o perfume do amor carnal,
se esquecendo até mesmo do coração
que batia descompassadamente, como se afinal
ele morresse naqueles espasmos de meu orgasmo.
Você acordou sorrindo, como se prevesse o desfecho
daquela madrugada orvalhada
e vi, então, tremer o seu queixo,
querendo sussurrar palavras de delírio
pelo membro que em minha boca sumia...
E na volúpia daquele instante,
eu o sugava com tanta avidez
que nem mesmo percebi que você
me abria na posição inversa, para também me beber...
Ali, naquele momento, nos perdemos em nós mesmos,
tanto quanto eu o chupava, o engolia, me fartava de você,
você também me devorava, como um lobo faminto
quando devora a sua presa...
E eu era a presa mais feliz naquele instante,
estava ali, solta e aberta ao meu amor, ao meu  amante
e tudo o que eu mais sentia era a certeza
de que o gozo, o prazer de nossos corpos
se refletiam em nossas almas unidas
pelos escorreres de nossas seivas
naquele final de madrugada,
quando a noite se despedia e o dia chegava
para acolher o nosso prazer e nossas juras de amor...


(De sua Ísis Nefelibata)

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