ESCANDINÁVIA
– é uma região do norte da Europa, abrangendo a Dinamarca, a Suécia e a
Noruega, até a Finlandia e a Islândia. A península é o núcleo principal e sua designação
compreende o arquipélago danes ou dinamarquês dos dias atuais, inclusive a
parte meridional da Suécia e Noruega. Sua ocupação se deu por volta de 3 mil a.
C., quando os primeiros cultivadores sedentários se instalaram na Jutlandia. Foi
povoada por aqueles que originaram os germanos e os Vikings.
OS
VIKINGS – Os vikings eram povos guerreiros, exploradores, comericantes e
belicosos da Escandinávia na Antiguidade, que invadiram e colonizaram Europa
com seus navios dragão, contribuindo para a tecnologia marítima e construção de
cidades.
OS
GERMANOS – Trata-se do grupo etno-linguítico indo-europeu originário do norte
da Europa, há cerca de 1800 a.C., na planícia norte alemã. Expandiram-se pelo
sul da Escandinávia, compreendendo hoje os escandinavos, holandeses, alemães,
ingleses e outros povos das línguas derivadas dos dialetos ancestrais
germânicos. Foi o historiador latino Cornélio Tácito (60 – 116 d.C.) que fez o
primeito relato na sua obra Germania, identificando como um povo que possuía a
crença na pureza racial, na virtude dos costumes conjugais e no principio
fundamental da fidadelidade ao chefe na guerra.
A
MULHER ESCANDINAVA – A mulher escandinava na antiguidade possuía funções
bem definidas na sociedade, cabendo-lhe desde a administração da casa, educação
das crianças, do comércio, da fazenda, do plantio ou da colheita, além de funções
xamãnicas, guerreiras, cuidados com o lar e até de cura nas longas ausências
dos homens em caçadas, explorações ou guerras. Quando a menina escandinava
completava 8 anos de idade, já estava pronta para conhecer suas
responsabilidades de mulher com a sociedade e deixar sua família para aprender
com outras famílias as novas funções como tear, colher, plantar, cozinhar,
tecer, entre outras atividades. Aos 12 anos de idade, se preparava para o
casamento, não podendo escolher seu marido, cabendo aos pais a decisão do
melhor pretendente. Assinala Palma (2005) que as mulheres
escandinavas encontravam-se totalmente submetidas à autoridade masculina. Em
geral, elas cuidavam muito de perto de todos os afazeres domésticos. Também
aprendiam técnicas de combate, desde a proteção da casa até as primeiras aulas
de combate dos filhos, pois na falta do marido, poderiam ser ensinados por
elas. Segundo Roesdal (2005), cabia a mulher a responsabilidade
da casa e da educação das crianças. Na prática, várias mulheres desempenharam
um papel importante na sociedade: em razão da ausência de homens durante longos
períodos, elas eram freqüentemente responsáveis pela comunidade. Quando
as mulheres eram desonradas, elas eram vendidas imediatamente,
mas se os homens forem apanhados como culpados por traição ou qualquer outro
crime, eles preferiam ser decapitados a serem açoitados. A condição de
submissão na qual a mulher, obrigatoriamente, deveria se colocar perante o
senhorio do homem, pelo menos na sociedade viking, não era de modo algum
absoluta, porque ela poderia requerer o divórcio. Entre os motivos para o
divórcio bastava o homem se vestir de forma inadequada ou, como também, a
disfunção erétil também era uma das razões que permitia a mulher solicitar a
dissolução do matrimônio. Para tanto, bastava apenas ela declarar à porta de
sua casa, perante três testemunhas, que se divorciaria desde que fosse
especificado o motivo e repetive em casas próximas. Os bens seriam, a partir daí,
divididos pelos ex-cônjuges e a mulher poderia dar início a sua nova vida em
sociedade livre de interferências ou maiores discriminações. Por outro lado, as
mulheres eram impedidas de votar, nem herdar se tivessem irmãos, nem vender ou
comprar uma propriedade sem a aprovação de um parente do sexo masculino.
AS
DEUSAS ESCANDINAVAS – As deusas eram o reflexo da atitude, pensamento e
respeito da sociedade.
FREYA
–Cultuada por sua sexualidade era representada como a mulher livre, aquela que
escuta as emoções de seu coração, que não dá satisfação dos seus atos. Também
era dado a ela varias atribuições, desde uma Valkiria, uma Disir, uma Volva até
o mais importante: uma Mulher Independente. Filha de Skadi e Njord, teve como
irmão Frey, Deus ligado ao meio ambiente. Ela era a maior das deusas da fertilidade, do
amor e da morte. Também aquela que protegia o lar. Seu nome signfica
concumbina por isso ser tratada como a deusa do sexo e da sensualidade, da beleza e da atração, da luxúria,
da música e das flores. Ainda encontra-se que ela era a deusa da magia e da
adivinhação, como sendo a Senhora das Runas Sagradas; deusa da riqueza, porque as
suas lágrimas transformavam-se em ouro e ela aparece usando armas de guerra,
pois era líder das Valquírias, aquelas condutoras das almas dos mortos em
combate. Como Deusa da Batalha, Freya montava um javali chamado de Hildisvín e
como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Freya está associada entre os nórdicos como
entre os germanos e os celtas, às práticas sexuais proibidas, em particular o
incesto entre irmão e irmã, muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e
da renovação. É que durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual
de um sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a
Senhora Freya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os
celtas, sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de
coroar um rei e uma rainha de Mai. Há registros do Disirblot que era um
festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa
Freya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e
cevada. Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e
contava com o comparecimento de toda a comunidade. Seu culto tinha caráter
erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza. Além
disso, ela era uma Vanir, um povo ligado a natureza e foi morar com os Aesir em
um acordo de paz. Era também uma Volva e empregava o Seidhr com sua capa de
penas e seu colar viajando astralmente como um pássaro pelos nove mundos. Ela estava
ligada às Disis que são as valkirias que retornam da morte para proteger seus
familiares e foi a primeira a morrer no Ragnarok ao defender Odin de um ataque.
A sua beleza
exuberante era legendária e seu forte poder de sedução estava em sempre
aparecer com os seios desnudos, com um manto de penas de falcão nos ombros e
coberta por jóias. Até os gigantes cobiçavam-na. Ela se assemelha a muitos
arquétipos de deusas das mais diversas mitologias, como Perséfone dos gregos ou
ainda com Afrodite, as deusas Maeve, Morrigan e Mach dos celtas. entre outras
tantas de diversas mitologias. Conta-se que ela teve diversos amantes entre
deuses, humanos, elfos e mesmo anões, mas o principal deles foi o Deus Od, que
representa a luz do Sol. Ela só teve um grande amor, o Deus Od
ou Odr ou Odin e com ele teve duas filhas, Hnoss e Gersemi. Ele a trocou por Frigga porque achava que
ela gostava mais de enfeites do que dele. Ou seja, Odin
por não aceitar a maneira como Freya conquistou o colar de âmbar (Blisingamen) após
dormir com quatro anões, manda o Deus do Fogo, Loki, roubá-lo e só o devolve
quando ela aceita pôr em guerra duas tribos. Por essa lenda, ela conquistou os quatro
elementos (fogo, terra, ar e água) ou dos quatro quadrantes (norte, sul, leste
e oeste).
DEUSA
FRIGGA – Frigg ou Frigga era considerada a Mãe de Todos. Também a deusa da
administração e educação dos filhos, do matrimônio e considerada como uma Deusa
Analítica, fria em suas escolhas, que não demonstrava emoção em
suas decisões e representando tudo da mulher nórdica nas suas
responsabilidades. Era a mãe dos principais. Era filha de Joerd, Deusa de
Midgard e mãe de Thor, explicando-se como ela conseguiu o juramento de quase
todos os elementos para não ferirem Baldur, menos o visgo, que ela não achou
perigoso. Logo, Frigga seria uma meia-irmã-madrasta de Thor. Era casada com
Odin, Pai de Todos. Seu nome está ligado a palavra frigidez com o sentido da indiferença ou a falta de
emoção e prazer nos atos. Existiam boatos que ela poderia ter se deitado com os
irmãos de Odin, Ville e Vê, como também de que ela utilizou as próprias
afirmações de Odin para manipulá-lo na Lenda de Sigmund.
OSTARA – é uma deusa anglo-saxã teutônica da mitilogia nórdica e
germânica, significando Deusa
da Aurora. Também é conhecida como Eostre, Ostera ou Easter, significando
Páscoa. É a deusa da primavera, da ressurreição e renascimento e tem como
símbolo o coelho e também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza.
Ainda é o primeiro dia da Primavera, ocorre cerca de 21 de setembro
no hemisfério sul e 21 de Março
no hemisfério Norte. Por isso está relacionada com
festividades que se celebram durante o equinócio
de primavera. A celebração tem forte relação com outras celebrações pagãs. O
inicio da primavera marca também a volta do Sol e uma época do ano em que dia e noite tem a mesma duração
depois do inverno.
Para os wiccans é o despertar da Terra
com sentimentos de equilíbrio e renovação. Uma das principais tradições desse
festival é a decoração de ovos que representa a fertilidade da Deusa e do Deus.
Outra tradição muito antiga é a de esconder os ovos e depois achá-los. Para os
wiccanos também é época de começar a plantar, época do amor, de promessas e de
decisões, pois a Terra e a natureza despertam para uma nova vida. Lendas encontradas dão
conta de que Eostre tinha uma especial afeição por crianças, porque aonde quer
que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua
magia. Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças,
quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer
algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de
Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas
repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais
podia cantar nem voar. As crianças pediram a Eostre que revertesse o
encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o
encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu
esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. A
lebre assim permaneceu até que então a Primavera
chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar
a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro
botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças,
que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro,
transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo. Para
lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém,
Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por
nós.
HELLA
–Hell ou Hella é uma das Deusas que, assim como seu pai Loki, foi assimilada
pelo Cristianismo. O Reino dos Mortos ou Reino de Hella passou a ser o inferno
Cristão, Loki passou a ser uma personificação do mal, um demônio e Baldur, como
o sacrificado, o Cristo Católico. Foi profetizado pelas Nornes à Odin, no
nascimento de Hella, que ao atingir determinada idade, Hella se tornaria a
Senhora do Reino dos Mortos e o reinaria. Hella foi criada junto com os
gigantes, por sua mãe Angurboda, a mesma mãe que juntamente com Loki tem mais
dois filhos, irmãos de Hella: a Serpente de Midgard e o lobo Fenris. Foi Hella
que determinou que Baldur só retornaria à vida se tudo no Universo, ou seja, os
nove mundos lamentassem a sua morte. Não havia nada de bom ou mal em Hella,
assim como não havia nada de bom ou mau na morte. Hella era a Senhora do Reino
da Morte para onde iam todos os que morriam por velhice, por doenças ou de
maneira desonrosa.
SIGYN – Era uma das esposas de
Loki. Quando Loki é castigado e preso numa caverna com o veneno de uma serpente
pingando sobre seu rosto, Sigyn permanece com o marido, tentando minimizar o
sofrimento dele. Ela, então, representa cuidar do marido
ferido ou doente. E mesmo contrariada com a participação do marido na morte de
Baldur, se compadece de seu sofrimento e o socorre em seu tormento com o veneno
da serpente. Com um prato aplaca o veneno que, por ser muito ácido, machuca o
rosto de Loki. Mas toda vez que tem que esvaziar o prato, o veneno volta a cair
sobre ele.
DEUSA
SIF –Era a Deusa da fertilidade das colheitas, aquela que prover os alimentos.
Era uma das esposas de Thor e com ele teve dois filhos, Modi e Magni que
sobreviveram ao Ragnarok. Ela é considerada uma Aesir. Ela teve seus cabelos
negros como a noite, cortados e roubados por Loki, devido a sua vaidade. Thor
pediu ajuda aos anões que teceram com os raios do sol uma cabeleira loura que
substituiu temporariamente a antiga.
BRUNHILDA
–Ela era uma das filhas de Odin com uma humana e sua valkiria preferida. Mesmo
assim, ela era a melhor representação da relação pai-filha do povo nórdico.
Envolvida em uma trama entre Frigga, Odin e Sigmund, Brunhilda perde todos os
seus dons divinos por apresentar emoções humanas e, assim como uma filha que
perde tudo ligado a sua antiga família, ela torna-se humana e aguarda em sono
profundo num circulo de fogo a chegada do guerreiro valoroso para quem vai ser
entregue como esposa e mulher, um guerreiro escolhido por Odin, como o pai que
decide com quem a filha se casa. O guerreiro é Sigfried, filho de Sigmund e neto
de Odin. Ela é a filha que cresce e deixa a família para trás, com todos os
seus atributos formando uma nova família e representa amar e se entregar ao
homem escolhido por seu pai.
NANNA
- Nanna era a Deusa da Lua, assim como Baldur, seu marido, era o Deus do Sol.
Com ele teve um filho, Forseti, Deus da Justiça e Verdade. Nanna morreu de
sofrimento no enterro de Baldur e foram colocados juntos, em um barco para um
enterro Viking. Existem lendas em que Nanna retornará juntamente com Baldur
após o Ragnarok.
IDUNN
- Idunn ou Idunna era a Deusa da Juventude e esposa de Bagri, Deus dos Poetas e
Bardos. Era a responsável pelas maçãs douradas que concediam a junventude e
vitalidade aos deuses nórdicos. Sempre que se sentiam cansados ou com a idade
chegando, procuravam-na. Em uma trama dos Gigantes, Idunn foi raptada, mas foi
salva por Loki (que também ajudou no rapto dela).
HOLDA - Tambem conhecida como Holde,
Holle, Hulda, Bertha e Bertcha, era uma deusa germânica identficada como Senhora das Bruxas, da noite, da lua, do inverno, da bruxaria e da feitiçaria. É
representada sempre acompanhada de seu séquito de bruxas e pássaros noturnos, como também como a fada rainha que rege os ventos e as
tempestades de neve. È considerada
padroeira das mulheres que trabalham com a fiação. Entre as tribos germânicas, dizia-se que ela cavalgava com Odin
nas caçadas selvagens para recolher
as almas errantes e leva-las para recuperação em seus reinos, à espera de uma
nova encarnação. O azevilho era sua
planta sagrada. É também associada a
lagos e regatos, como também é tida como
uma deusa maternal, do lar, do tear e principalmente do cultivo de linho.
OUTRAS
DEUSAS: Na mitologia nórdica encontram-se outras deusas, como Sjofn, a deusa inspiradora das paixões
humanas; Joerd, a Deusa de Midgard, a Terra, mãe de
Thor e possivelmente de Frigga também. Enlaçou-se com Odin para unir o que
havia de melhor dos dois mundos, Asgard e Midgard, e forjar um guerreiro capaz
de combater o Ragnarok. Joerd era filha de um gigante com Nott.
AS VALQUÍRIAS – são filhas de
Odin. São nove as Valquírias: Gerhilde, Helmwige, Ortlinde, Waltraute,
Rossweisse, Siegrune, Grimgerde, Schwertleite e Brünnhilde. Brünnhilde é a
principal delas e a favorita de Odin. As Valquírias são representadas como
guerreiras usando capacetes e portando lanças, que cavalgam pelos céus sobre os
campos de batalha recolhendo os guerreiros que morrem heroicamente e levando-os
para Valhalla. Lá, eles aguardarão a chegada do Ragnarok, quando combaterão ao
lado de Odin. Assim, Odin vai formando um exército composto apenas de heróis
destemidos. Em "Die Walküre," a segunda ópera da esplêndida
tetralogia de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen", as Valquírias
são mostradas e Brünnhilde tem papel preponderante nesta e nas duas óperas seguintes
que formam o ciclo.
NORNES
–As Nornes eram as senhoras do destino. Elas que teciam, mediam e cortavam o
fio da linha da vida. Eram filhas do gigante Norvi e viviam sob a árvore
Yggdrasil. Seus nomes eram Urd (a mais velha que conhece o passado), Skuld (a
com o rosto velado que conhece o futuro) e Verdaniki (a jovem que conhece o
presente). Elas mantém guarda
junto ao Poço de Urd, na base da primeira raiz de Yggdrasill, a que mergulha em
Asgard. Era considerado impossível alterar os destino já traçado
no fio e desde o nascimento a morte já estava traçada. Podia-se decidir apenas
a forma de morrer: como herói ou covarde. Mas era possível conseguir favores ou
cair nas graças dessas mulheres. Outras visões concebem as Nornes como apenas
uma e que a visão de três seria muito mais uma influência Greco-Romano e, até
Cristã, nas traduções dos textos nórdicos, um sincretismo com as Hécates,
Parcas ou uma tentativa de aproximação a Wicca no aspecto tríplice da Deusa
(senhora, donzela e mãe), que representam o ciclo da vida, o que nada tem a ver
com o Asatrú. As
Nornas regam a raiz de Yggdrasill com água da fonte para preservá-la. Tanto os
mortais quanto os deuses estão submetidos ao poder das Nornas que são aquelas
sábias que confiam nos instintos.
A
PROFETISA GERMÂNICA VÉLEDA – A profetisa bructera Véleda, Aquela que vê,
possuía estatura elevada, túnica negra, curta e sem mangas servia apenas para
velar sua nudez. Carregava uma foice de ouro presa num cinto de bronze, e
estava coroada com um ramo de carvalho. A brancura dos seus braços e da sua
tez, seus olhos azuis, seus lábios rosados, seus cabelos longos louros que
esvoaçam soltos caracterizavam uma jovem gaulesa, e a suavidade do conjunto
contrastava com seu porte altivo e selvagem. É uma vidente do mais puro sangue
germânico.
SVAVA – Aquela que se
enamorou do jovem herói Helgi, dando-lhe este nome e ensinando-o a falar. Svava
porém seria outro nome para Sigrún, que é casada com Helgi, em outras duas
baladas da Edda Poética, todas essas baladas seriam então versões diferentes de
uma mesma história.
PRATICAS
FEMININAS DE XAMANISMO - Haviam técnicas femininas de xamanismo. Nas guerras as
sacerdotisas chamadas de volvas tinham grande importância, determinando quem
iria lutar ou não para se conseguir a vitória. O Sedhr exigia um treinamento
forte por parte das Volvas (sacerdotisas) e suas mensagens eram respeitadas por
todos.
SEIDHR DE FREYA - As mulheres pareciam ser as
únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um ritual-erótico
reservado as mulheres. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona,
eram sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras
sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas Galdr. Era o uso do canto
conjugado com a repetição de poesias que era criado o estado alterado de
consciência.
AS VOLVAS - Essas mulheres portavam cajados
com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais. As
volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas
pelo povo sobre todos os tipos de problemas. As Volvas moviam-se livremente de
um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem muitos
amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam
capas, capuzes e luvas de pele de animais. As Volvas podiam inclusive entrar em
contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de
problemas.
VOLLA
- Era a sacerdotisa ou Volva que acatava a invocação rúnica de Odin em sua
visita ao Reino dos Mortos e retornava à vida para explicar sobre a futura
morte de Baldur. Volla também representava o destino futuro e imutável dos
nórdicos, a verdade que estava para chegar.
RAGNAROK
– é um evento do cânone nórdico, registrado na Edda Poética e na Edda em Prosa,
que foram compilados no século XIII, por Sborri Sturluson, como sendo o
Crepusculo dos Deuses, signidicado o destino final dos deuses na mitologia
nórdica e correspondendo a uma série de eventos futuros, incluindo uma grande
batalha com vários desastres que resultaria na morte dos deuses.
O
AMOR DE BRUNEHILD E GUNTHER – Personagens da saga germânica dos Nibelunger, que
deu motivo às famosas óperas de Richard Wagner. Brunehild, rainha da Islândia,
além de muito bela, tinha uma força e habilidade esportiva prodigiosa. Quem a
quisesse desposar, teria primeiro que provar superioridade, vencendo-a e em
três jogos: o lançamento de um dardo, o de uma pedra e um salto a distância. Se
o pretendente falhasse em qualquer dessas competições, seria executado.
Gunther, o reu germânico de Worms, resolve tentar a prova, contando para isso
com a ajuda secreta do invencível príncipe Sigefredo, filho do rei Sigismundo.
Graças a um talismã que o tornava invisível, derrota Sigefredo a rainha nas
três provas, impulsionando o fraco Gunther e dando-lhe o valor atlético de um
verdadeiro gigante. Só a pedra que Brunehild atirava a uma distancia de 12
braças, mal podia ser carregada por 12 homens. Embora furiosa e revoltada, a
rainha cumpre o prometido, mas reage na noite de núpcias e humilhe Gunther,
amarrando-o de pés e mãos, e predendo-o a um gancho como se fosse um odre. Só
na noite seguinte, consegue ele dominar a hercúlia mulher, outra vez com a
ajuda de Sigefredo, de novo invisível, e exerce as suas prerrogativas de
esposo, obtendo de então por diante a submissão completa de Brunehild.
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