Imagens acervo de Ísis Nefelibata.
HEDONISMO
Ela
chega toda imoderada feita Ísis esplêndida e insone qual fêmea nua alada a
carregar outros nomes de antanho na guarda louca de em si ser todas as outras
inominadas efêmeras ao banho no bálsamo das noites e dias lascivos do amálgama intemperante
da loucura do meu hedonismo para lá de despudorado.
Ela
chega venturosa à minha vida vesga desmedida com seus lábios sedentos como se
fossem sábios em polvorosa reunindo todas as prendas amealhadas a me premiar
por comenda todas as suas oferendas aprazíveis de tudo e de nada.
Chega
etérea de guarida úbere tal fruteira guarnecida de todas as seivas dos deleites
incontáveis, ardendo de cio e minando de viço no antro inguinal de todas as
iguarias apetitosas que me apetecem e tornam-me corsário reinando sobre todos
os seus pertences.
É
nela que vou idôneo e contumaz de fato, sem licença pelo cheiro da fenda fêmea que
ao meu tato subjaz perdulária pelo desacato de prendê-la pelo ancôneo e me
apraz submetê-la com toda a abastança do seu pódice na varanda feudal da minha
grei abastada até rompê-la aviltada, vou feito um bei a devorar o seu mignon
filé que é onde faço o meu cânon e escrevo a minha lei.
Nela eu vou prear carniceiro ginófago, esfolando matreiro canibal a sua carne vadia
arfante e sensual, feito priapo galante festeiro aos sopapos escarnecendo dos
seus selos intactos, seus contornos esfregados aos montões a valer, seu dorso
morno fulgurante a me embevecer, a lhe aprisionar com os grilhões do meu poder.
É
quando ela soluça toda tinhosa atávica, desaprumada errante e idílica,
ninfomaníaca ensopada, agarrada no meu galho rijo na sua boca volúvel de todos
os devaneios onde ouso jorrar queda dágua na sua cuia e seus meios com a minha
cunha e todo estandarte do meu carnaval.
Espalmada
e nua ela rendida me presenteia a sua grelha emergida para que eu possa
espargir meu gozo na sua carne suada, delineada e tépida, nítida na escuridão.
Mais
eu lhe encharco e sinto seu gozo chiando farto e eu sorvendo seus regatos que
escoam no guante do meu desejo, a matar a minha sede na sua vulva férvida onde
vejo o palco inusitado para minha língua e meus dedos traquinos vasculharem
seus vãos femininos e me acendem para arregaçar minha nova gula na sua altivez que
me enlouquece a bússola e de vê eu tomo e crivo pra me apoderar de toda a sua languidez
espalmada, tomo enfim posse do que é meu na raça e como um deus furtivo em
estado de graça nela faz a morada por onde a vida passa e eu vivo.
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