Imagem: Acervo de Ísis Nefelibata.
INDECÊNCIAS
Eu quero todas as suas indecências
Banhadas de todos os meus desejos
Escandalizadas nos meus remexeres
Amarrotadas nos meus rebolares
Espremidas nos meus apertares
Perdidas nos meus esfregares
Atiçadas nos meus incendiares
Sacudidas nos meus ventares
Sugadas nos meus beberes
Eu quero todas as suas indecências
Em festa nos meus lamberes
Comungando nos meus prazeres
Delirando nos meus cavalgares
Desnudando os meus pensares
Ordenando-me poses
Registrando-me em closes
Condenando-me pecadora
Selando-me empinadora
Fodendo-me selvagem
Roubando-me as bagagens
Deixando-me sem saída
Pronta sempre
Pra todas as suas investidas
Foda-me sem piedade
Estupra-me os sentidos
Assim me soque com vontade
Bem fundo até que os gemidos
Implorem por tudo de novo
Ah!... Eu quero todas as suas indecências
Fazendo-me escrava
E com sua porra vem e me lava
E me mate e me renasça
E me reanime com sua língua devassa
Desvendando-me os segredos
Enfiando-me os dedos
E vingue-se de tudo em minha carne
Venha meu príapo canibal
Surrar-me com seu pau
Alimente-se de mim
E faça de novo e sempre e pra sempre assim
Pois eu quero todas as suas indecências