sexta-feira, setembro 14, 2007



Imagem: The Rape of Proserpina, detail, 1621-22 Gian Lorenzo Bernini [Pintor, Escultor e Arquiteto Italiano, 1598-1680 - Barroco]

RAPIDINHA

Luiz Alberto Machado

Toda sexta-feira, meio-dia em ponto, ela chega do trampo toda avexadinha. Logo desalinha a me soltar corda na vontade que engorda com sua boca cangula. E me abocanha com gula, me agarra e me beija, começando a peleja no maior pega-pega. Ela esfola e se esfrega enquanto se despe. E eu com a peste a romper seus atalhos, me apegando ao seu talho, a maior sopa quente. Tudo bem rente na sua carne guisada pras minhas dentadas e pro meu repasto. Eu vou de arrasto arrancando a calcinha, o sutiã e a blusinha, tudo jogado. E começo com impado enchendo a pança com folia e festança de cabo a rabo. Não há menoscabo, inteira tigela. Ela que se escalpela aos grandes bocados. Eu viro ajegado quando o beijo debréia, eu pulo na boléia da sua caçarola. Ela cai de gabola e me faz seu cambão, acende a ignição a toda voltagem. Pego bigu na viagem e engato a primeira, ela enverga a traseira e me deixa tantã. E vou tal bambambam botando a segunda no rego corcunda do seu cardam. E arreia no divã toda fagueira, eu sacudo a terceira a lhe dar o que falta. E mais se engata, balança a rabeira e de forma matreira sacudo na quarta. Pra ela não basta, acelero pra quinta, ela quer mais a pinta e eu mais atolado. Bem mais que socado no seu labirinto, ela quer mais meu pinto, quer toda bilôla. Porque não é tola ela fica sapeca na minha munheca e o mundo pega fogo. Isso vai só no rodo da maior safadeza. E com toda esperteza atrepo o seu capô com cheirinho de fulô no fundo do prato. Como desiderato tomo a dianteira, ela vira farofeira, se lambuza demais. E não se satisfaz, de ré me atenta, quando se arrebenta, toda disminliguida. E como é sabida me dá seu roçado que ancho e tão pabo eu mato a pau. Já me faz seu mingau e seu acostamento, a reta é o firmamento, odisséia sem fim. Provo o seu bocadim pelo escape aprumando o tacape pelos catabis. Atravesso o menir quando ela odalisca se vira e se arrisca e chora na rampa. Eu atiro às pampas sem protocolo e a trago pro meu colo amolegando seu seios. Eu desço sem freio ladeira abaixo, seu chassi eu encaixo no maior xambrego. E nesse brinquedo está emboscada, até sentir a varada no bocal da quartinha. E mais quero mais minha e arregaço o tareco dentro do caneco aos golpes fustigantes. É mais minha amante, fêmea vezes mil, minha puta servil, linda meretriz. Não faz o que diz se entregando inteira, maior quenga rameira cheia dos ardis. E goza o que quis com a carinha mais lisa onde o olhar só reprisa a gente numa conchinha feliz.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

Veja mais no MY SPACE.