LILITH
E EVA – O livro Lilith e Eva: imagens arquetípicas da mulher na atualidade, de
Valéria Fabrizi Pires, trata de temas como revisitando mitos, Lilith a lua
negra, Eva e a serpente, a fala das mulheres, trazendo uma consideração da
filósofa Marilena Chauí a respeito do sexo, sob o qual observa: “O sexo é o pecado original: primeiro pecado
e pecado da origem. É a queda vertiginosa dos seres humanos que se descobrem
separados e diferentes de Deus porque possuem corpo, nascem e morrem, isto é,
não são seres infinitos nem eternos, mas finitos e mortais. O pecado original é
a descoberta e a articulação, impossível de ser desfeita, entre sexo e morte. É
também a descoberta da vida como pena e trabalho: trabalhando a terra (para
sobreviver) e trabalho do parto (para perpetuar a espécie mortal). Destruição
da felicidade primordial”. Traz também o postulado de Carl Jung de que a
mulher não deve buscar a igualdade com o homem, mas a coexistência de
diferenças. Assinalam a respeito que: “Portanto,
homens e mulheres devem procurar uma relação harmônica, respeitando suas
diferenças, e não tentar se igualar. Seria cometer o mesmo erro anterior, pois
nem o sistema patriarcal nem o matriarcal devem dominar, mas se unir. [...]
O equilíbrio está em a mulher não viver
polarizada e rígida – Lilith ou Eva. Sua jornada deve ser vivida de modo que
ela possa transitar entre os aspectos positivos e negativos do feminino e,
dessa maneira, tornar-se um ser inteiro e único”.
REFERÊNCIAS
PIRES,
Valeria Fabrizi. Lilith e Eva: imagens arquetípicas da mulher na atualidade.
São Paulo: Summus, 2008.