domingo, novembro 15, 2009

ANTÍGONA DE SÓFOCLES



Imagem: Desenho de Jack Bice


ANTÍGONA DE SÓFOCLES – O CORO


“Amor, invencível Amor, tu que subjugas os mais poderosos; que repousas nas faces mimosas das virgens; tu que reinas, tanto na vastidão dos mares, como na humilde cabana do pastor; nem os deuses imortais, nem os homens de vida transitória, podem fugir a teus golpes; e, quem for por ti ferido, perde o uso da razão!

Tu arrastas, muita vez, o justo à pratica da injustiça, e o virtuoso ao crime; tu semeias a discórdia entre as famílias...

Tudo cede à sedução do olhar de uma mulher formosa, de uma noiva ansiosamente desejada; tu, Amor, te equiparas, no poder, às leis supremas do universo, porque Vênus zomba de nós!”


ANTÍGONA DE SÓFOCLES – Antígona é uma das grandes tragédias escritas há mais de 2 mil e 500 anos pelo dramaturgo grego Sófocles, colocando o confronto entre a coragem da princesa Antígona e a tirania do rei déspota Creonte. A tragédia trata dos filhos de Édipo, os irmãos Polinices e Etéocles, que se atraiçoam e reciprocamente se matam pelo poder, restando apenas da linhagem edipiana as duas filhas Antígona e Ismenia. Com a morte dos irmãos, assume Creonte o poder, uma vez cunhado de Édipo e tio de seus filhos, indignado com Polinices e honrando a memória de Etéocles. Por isso, lança édito condenando Polinices ao relento sem sepultamento, o que leva Antígona a se indignar e descumprir suas ordens. Indignado com Antígona Creonte planeja uma morte dolorosa e lenta, determinando que fosse levada a sua última morada, para se juntar com o que ela venerava: os mortos. Após esse desfecho, Creonte ouve do adivinho Tirésias o que poderia acontecer se concretizasse todo o seu ódio em relação à filha de Édipo.Com receio que suas premonições se realizassem Creonte vai ao local onde mandou aprisionar Antígona, chegando à tumba encontra ao lado do corpo dela o de seu filho, que num ato de revolta volta-se contra seu pai e não conseguindo aplacá-lo, suicida-se. Não bastando à morte do filho sua esposa ao tomar conhecimento do fato também suicida. (Tradução de J. B. Mello e Souza).

FONTE:
SÓFOCLES. Antígona. São Paulo: W. M. Jacnson Inc, 1969.

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