domingo, junho 12, 2011

DELÍCIAS DO PASSADO



EU & ELA NO JEJU LOVELAND


Luiz Alberto Machado


Como sempre ela chega de forma inusitada para me surpreender com seu jeito inheto de se acercar dos meus domínios. Não há fortaleza, fonteira ou batalhão que ela não usurpe na minha lucidez.



O seu beijo ardente sempre é a chave exata para suplantar qualquer limite e me convida para uma viagem às paragens mais distantes e a roubar do meu senso qualquer possibilidade de firmeza no meu ser Anteu. Nem podia ser de outro jeito, vez que ela logo se entrega nua, vestes despencadas, corpo sedento para ampliar a gula da minha cobiça.



Ao primeiro contato de seus lábios nos meus já estávamos no nosso Jeju Loveland, misturando nossas carnes às mais buliçosas formas de nos entregarmos um ao outro, perdendo a noção de tudo. E somos grama, toldos e bancos. E somos botão, galhos e pétalas minguando no chão. E somos o passeio louco das labaredas, acrobatas no passeio das alamedas, numa pugna amável de buscar a melhor forma de se amar.



Eu já me sentia um dos graduados da Honjik University, de Seul, e modelei sua geografia e moldei seu corpo para produzir esculturas nunca dantes manipuladas por minhas mãos errantes que sentiam a vitalidade do seu corpo trêmulo a se render às minhas investidas. Ela era só uma inquietude inexplicável, dada, doada, toda minha e da forma que eu quisesse.

Aos beijos demorados, já sentia a súplica do seu desejo pelo tomada da posse que eu devia subjugá-la sem reservas ou pudores, a explodir todas as dimensões de 8 ao 80 ampliadas pelos esfregões, roçados, apertões, alisados, enleios, arrastados, até a sofreguidão da batalha amável das conjugações.



Sempre alada, ela estava toda minha nos meus braços, com os ductos dos seios duros, a pele arrepiada, o ventre minando, as pernas inquietas e sedentas, o coração aos pulos e o ser tremulando de volúpia.



Afaguei-lhe os seios e apalpei seu sexo. Ela desfalecia suspirando como a pedir da minha língua a ciência de todos os seus mais apetitosos sabores. E eu servo cão a lamber sua carne e suas entranhas para que desmaiasse deliciada a gritar o gozo mais exaltado de todos os seus orgasmos.

E na quentura de nossas ebulições, ela se virou, vergou alucinada e sentou-se no meu colo. E foi ajeitando tatilmente o meu membro rijo por suas maciais entranhas. E gemeu e se assanhou. E remexeu e rebolou, saracoteou. E acendeu a alma para voarmos nus para El Parque Del Amor, em Miraflores, Lima no Peru, quando entregues um ao outro fizemos a pose da escultura de Victor Delfin.



Bafejei meu gozo na sua nuca e ela agarrando-se a mim ainda de costas, solfejou Latin Lover, insinuando a dança “Dois pra lá, dois cá” de Bosco e Aldir, e inauguramos o parque temático de Chongqing que depois foi demolido pela violência das minhas investidas no seu pódice, segurando suas ancas para que não fugisse ao ser arrastado pelas traquinagens que me fez bicicleta para ela pedalar impune ciclista nua pelas ruas de Londres ou como a modelo de Munch ou de Enrico Bianco pelas ruas de Paris.

E já estávamos em Barrow Wake, Cotswold, na Official Dogging Area completamente molhados de prazer e prontos para a verdadeira vida quando fomos expulsos e afugentados para o interior da nossa mais profunda intimidade.

A lua tomou conta e adormecemos felizes noite adentro até que o dia raiasse e refizéssemos todas as estripulias inimagináveis de toda satisfação humana.



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